quarta-feira, 15 de junho de 2011

Manifestação de Militares, Policiais Civis e servidores da saúde em Cruzeiro do Sul



Servidores públicos querem que os 20% de aumento salarial seja pago de duas vezes
Depois de quase três horas percorrendo as principais ruas do Centro de Cruzeiro do Sul, cantando, exibindo faixas e cartazes em protesto contra o governo, os servidores públicos decidiram no vale do Juruá que o aumento de 20% oferecido pelo estado deve ser pago em duas parcelas.
Após os discursos, os Policiais Civis, PMS, Bombeiros e funcionários da saúde, decidiram que os servidores públicos em todo o estado devem se unir para não aceitar a imposição do governo de querer parcelar em quatro vezes o reajuste de 20%. Na opinião dos trabalhadores, esse pagamento pode ser feito em duas vezes, a primeira parcela agora em julho e a segunda em janeiro de 2012.
A proposta dos manifestantes no Juruá foi encaminhada à Rio Branco. A esperança dos servidores é que todos os funcionários públicos do estado tenham a mesma posição. Caso o governo não aceite a proposta dos servidores as manifestações continuam, e em último caso, os manifestantes dizem que estão dispostos em receber o aumento em no máximo três vezes, mais com direito a novas reivindicações em 2012.
Os Policiais e Bombeiros exigem que o aumento de 20% seja aplicado em cima do salário base que hoje é de R$ 512,91, menos de um salário mínimo. Para os militares esse é o vigésimo pior salário das três categoria em todo o pais.

Em Rio Branco deputados e sindicalistas chegam a um acordo de pauta
Depois de horas de debates e discussão, os sindicalistas que fizeram o movimento de hoje (14) por melhores salarios e os deputados estaduais, Major Rocha, Toinha Vieira [ambos do PSDB] e Moisés Diniz [PCdoB] chegaram a um acordo com relação a pauta de negociação com a equipe econômica do governo.
Os sindicatos voltam a se reunir na sede do SPATE às 17 horas de quinta-feira (16) e sentam as 11 horas de sexta-feira (17) com a equipe econômica do governo na Secretaria de Articulação Institucional. A intermediação foi feita pelo líder do governo, deputado Moisés Diniz, que bastante à vontade na mesa de negociação, disse que participou da reunião como sindicalista. “O líder do governo ficou daquela porta para trás”, brincou.
Foi proposta do comunista que além da reunião de sexta-feira, o governo marque uma pauta individualizada com cada sindicato para debater e chegar a um consenso sobre as especificidades de cada categoria. “Serão seis dias até o dia 28”, acrescentou Moisés.
O SPATE puxa a ideia de paralisação geral dos sindicatos para o dia 28, caso não aconteça nenhum avanço nas negociações individualizadas. Na quinta, os representantes de categorias decidem se aderem ao aumento dado a educação e imposto aos demais funcionários.
- O governo não negociou com as demais categorias, nivelou o aumento do funcionalismo público com base no que acertou com a educação. Isso é um descaso – disse Raimundinho do SPATE.
Até agora, a proposta dos sindicatos é de aumento de 7% parcelado em três vezes e com direito a greve e reinvidicações em 2012. Os representantes dos militares na mesa, também manifestaram insatisfação da categoria com a proposta de governo e também à falta de informação sobre risco de vida, uma das principais bandeiras de especificidade dos PM´s.
O deputado Rocha reforçou a força sindical afirmando que graças ao esforço dos representantes sindicais, o governo vem abrindo o caixa em benefício do servidor público.
- Esse dia foi vitorioso pelas conquistas que temos buscado. Se tivéssemos baixado a cabeça, o aumento ficaria naquele 1% proposto pelo Carioca. Acredito que uma parte da educação não ficou satisfeita, assim como os demas funcionários públicos não estão – comentou Rocha.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
http://www.tribunadojurua.com/

CORREÇÃO




O Soldado Gleidson Holanda, servindo em Cruzeiro do Sul, vem através do Blog corrigir matéria publicada pelo site Tribuna do Juruá. De acordo com o soldado, a reivindicação não deseja apenas os 20% de reajuste salarial, mas 117% que são as perdas dos últimos anos. A fim de compatibilizar os interesses do Estado com o dos militares, reivindicamos o piso salarial posto em tabela pela comissão que representa a categoria na negociação salarial. 
Os militares de Cruzeiro do Sul na luta por um salário digno, aguardam o desfecho das negociações em Rio Branco e apoiam as decisões tomadas pela categoria na capital, sejam quais forem diante da desvalorização salarial e profissional desse governo e de governos passados.

Mais uma vez queremos agradecer aos colegas que participaram do evento, bem como ao deputado Maj. Rocha que tem contribuído significativamente nesta luta por reposição salarial, e solicitar aos demais que abracemos esta causa com mais afinco. 

Um comentário:

  1. Indolência: nossa de pensar
    A inépcia está no proselitismo dos nossos supostos representantes recém-cooptados as nossas causas, advindos de onde suas vontades não aconteciam, perderam de vista a premência que nossa classe deveria dar às condições de trabalho e, claro, ao nosso módico salário. A eminência de nossa briosa categoria funcional esmaeceu frente à austeridade de “alguns” que buscam possíveis benesses egoístas.
    O fulgor de um movimento nosso, foi mitigado pela avidez que fomos à fonte, como que se tivesse que abandoná-la após o primeiro gole. “Queimamos o último cartucho”. A “greve’ que agora se mostra perniciosa, não mais é solução, mas ato de desespero que sucumbiu ao medo de punições. Inócua, a paralisação nos colocou como um pária resignado ao que a aristocracia nos impõe como melhoria, e às suas punições.
    Outrora tratados como uma horda pelo antigo governador, o atual insiste em dizer que gosta da PM. Mister de um político é dizer o que queremos ouvir, pelo menos isso o “novo velho governo” aprendeu.
    Com boa intenção, talvez, fomos caudatários às classes da educação e saúde, erro crasso, pois o governo nos comparou dando o mesmo aumento linear. Linear? Não. A idiossincrasia trabalhista foi desprezada pelo governo e todos caíram no mesmo “paneiro” de farinha. Por que o chefe do executivo não cria uma classe única de trabalhadores? Facilitaria para eles. Essas atitudes governamentais de equiparar ilegalmente, inclusive, nossas classes através de um aumento exíguo não justifica a existência de tantas gratificações “específicas” nos contracheques dos militares como: etapa alimentação, atividade policial, risco de vida (ou de morte).
    A ortodoxia dos nossos oficiais (intermediários e superiores, principalmente) que insistem em “puxar brasa para suas sardinhas” não é novidade num meio em que rasteiras são comuns, sejam elas por promoções ou classificações. Esses ostracismos são ocultados no Boletim (nada) Reservado. Em reuniões secretas eles impedem, de forma abjeta, que o aumento chegue aqui embaixo, sem que o deles seja melhor. Mesquinharia.
    Será que nada pode emular nosso Chefe Geral? Governador igualdade do risco de vida (ou de morte) já!
    Sem querer vaticinar, sei como isso tudo termina. Os oficiais com aumentos pomposos e as praças com um pequeno cala-boca. Aqui – e alhures- isso sempre será assim.
    Abraços Milicianos!!!

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