sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cangalha prevista, cangalha vista

Major Juvenal leva rasteira e Ricardo e Espíndola se tornam tenentes coronéis da PM

Tudo como havíamos anunciado e mais um ponto para nossa fonte de informação de dentro do QCG. A fim de mostrar para a sociedade que se preocupa com os militares, o governador Tião Viana promove apadrinhados políticos e realiza entregas de motocicletas para a PM para desfocar os holofotes da imprensa local.
A solenidade aconteceu na manhã de hoje, 24, em frente ao Quartel do Comando Geral (QCG) e contou com a presença de autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário. Na oportunidade, discursaram o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Flávio Pires, o comandante geral da PM, coronel José dos Reis Anastácio, e o governador Tião Viana.
A promoção já havia sido adiada diante da repercussão da matéria do Blog 4 de Maio dando conta da cangalha. Hoje, as viaturas foram adicionadas para tirar o foco da injustiça que estava acontecendo.

Tião não engana

Ciente de que estava cometendo uma injustiça ao promover oficiais modernos, o governador Tião Viana falou que suas benção são realizadas pela competência, conquista individuais e critérios técnicos. Leia o que disse Viana ao site da PM.
- A carreira militar precisa do reconhecimento, ela é pautada em competência, em conquistas individuais e o governo assegura a promoção através de critérios técnicos, isso sendo cada vez mais elevado, significa uma sociedade mais protegida, mais tranquila e os militares mais em paz consigo mesmo, disse o governador para os militares que eram cientes da rasteira que estava acontecendo.
O que o Tião Viana não informou quais foram esses critérios técnicos utilizados pela sua equipe. Juvenal é o mais antigo entre os majores e realiza um trabalho reconhecido pela sociedade. Mas a questão para o governo não é essa, a conivência política sempre fala mais alto.

Para aprender

Juvenal se negou a participar de qualquer atividade em prol do reajuste salarial, chegou a transferir militares de sua unidade, agora é hora de arregaçar as mangas e se juntar ao coro dos descontes. Não virão mais promoções, o governo já mostrou quem merece e que não merece o respeito dele. Juvenal o movimento lhe espera. Talvez outro governo lhe dê o respeito que você merece.

Ações de um oficial “Encangalhado”

Seus passos eram lentos. Caminhava de cabeça baixa em direção ao dispositivo dos oficiais superiores, próximo ao governador Tião Viana. A solenidade de promoções da PM já havia começado. Seu semblante estava abatido. Quantos pensamentos invadiram sua cabeça na noite anterior ao confirmar que a estrela não iria para seu ombro. Quantos palavrões, homem de Deus? Talvez nenhum. Eu pensaria em milhares, não por não ser um homem de Deus, mas por não ficar parado diante de injustiças.
Sua voz não foi ouvida durante seu percurso entre os policiais militares. O homem acostumado a dar entrevistas para diversos jornalistas de Rio Branco se comunicava com gestos, cumprimentando seus amigos. Ajeitou o cinto, tomou posição no dispositivo dos oficiais. Ficou em posição “descansar”. Baixou a cabeça e passou a mão no rosto quando o governador disse que a carreira militar precisava de reconhecimento. Contradição, conivência política, politicagem, desrespeito. Major Juvenal é a prova, só se dá bem na PM, os apadrinhados do governo. O combate ao crime não está em primeiro lugar.

9 comentários:

  1. PARA REFLEXÃO DO GOVERNO E OS SEUS...

    Quando os justos governam, o povo se alegra; quando o injusto governa, o povo reclama. (provérbios 29, 2)
    O rei que governa conforme o direito mantém estável o estado, mas o insensato o transtorna. (Provérbios 29,4)

    ATÉ QUANDO NOSSO POVO FICARÁ RECLAMANDO E TRANSTORNADO?... 2012 vem aí!!!!!

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  2. Não se preocupe, homem de Deus. A vitória é de quem persevera. O seu galardão já está preparado e este é incorrupível.Não espere nada de mortais.Espere de Deus, que é AMOR.Nos veremos na Glória.

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  3. O cara fica em casa de sobreaviso e quando nós prendemos até um rato roubando queijo, somos obrigados a ligar pra ele pra que ele apareça na mídia.
    Desse jeito, qualquer um merece promoção...

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  4. sgt 3º bpm


    a solenidade aconteceu propositalmente nas primeiras horas da manhã, justamente para que a imprensa não comparecesse...para registrar a injustiça... mas quem cala a boca de milhares que conhecem o trabalho e a intensa dedicação de nosso comandante. Quandodo queremos falar com o mesmo basta irmos ao 3º batalhão, seus telefones a disposição da comunidade 24 horas, não tem inverno ou verão, dia ou noite, cangalha ou não, servir, dar segurança, assistenciar etc., está no sangue, quanto a recompensa, a maior de todas: o reconhecimento de subordinados e superiores(exceto comandante geral e Paulo César)por tudo o que nosso comandante é e representa para a policia do Acre. está previsto um GRANDE manifesto em repúdio ao governador e comando da pm, organizado por militares e comunidade da baixada... não nos calaremos, o opinião pública pode não ter vez, mas tem voz.....

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  5. Relembrando um comentário anônimo da postagem do dia 6 de Maio tratando sobre cangalha.

    PIADA DO DIA

    MAJ: Governador, consegui diminuir os índices de criminalidade da baixada. Vou ser promovido?

    Governador: Você ainda não sabe a lição número 1 da cartilha do governo.

    MAJ: Sou o major mais antigo da PMAC e o único major a comandar um batalhão em Rio Branco, os outros já são Tenentes coroneis.

    Governador: Você não está apto, falta o principal.

    MAJ: Mas como? Além dos índices, faço um serviço social com a comunidade, esporte, lazer, promoção, entretendimento, solidariedade e muitos outro serviços que só são desenvolvido neste batalhão...

    Governador: Já disse, você ainda não aprendeu. Falta a lição número 1.

    MAJ: Eu até aceito não ser promovido, apesar de todos os esforços trabalhando em prol da comunidade, mas pelo armor de Deus me explique senhor governador que lição número 1 é essa? Me esclareça!

    Governador: Meu filho, a lição número 1 é bem simples: "QUEM NÃO TEM PADRIM, MORRE PAGÃO". Entendeu?

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  6. JUVENAL AINDA TEVE CORAGEM DE IR PRA ESA FORMATURA PELEGA? QUE VERGONHA JUVENAL PEDE PRA SAIR, VOCE NAO PRECISA TRABALHAR 160 HORAS SEMANAIS PRA SER PROMOVIDO, TEM QUE TER PEIXE

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  7. ESSA E PRA VOCE JUVENAL..

    O arquivo

    Victor Giudice


    No fim de um ano de trabalho, Juvenal obteve uma redução de quinze por cento em seus vencimentos.

    Juvenal era moço. Aquele era seu primeiro emprego. Não se mostrou orgulhoso, embora tenha sido um dos poucos contemplados. Afinal, esforçara-se. Não tivera uma só falta ou atraso. Limitou-se a sorrir, a agradecer ao chefe.

    No dia seguinte, mudou-se para um quarto mais distante do centro da cidade. Com o salário reduzido, podia pagar um aluguel menor.

    Passou a tomar duas conduções para chegar ao trabalho. No entanto, estava satisfeito. Acordava mais cedo, e isto parecia aumentar-lhe a disposição.

    Dois anos mais tarde, veio outra recompensa.

    O chefe chamou-o e lhe comunicou o segundo corte salarial.

    Desta vez, a empresa atravessava um período excelente. A redução foi um pouco maior: dezessete por cento.

    Agora Juvenal acordava às cinco da manhã. Esperava três conduções. Em compensação, comia menos. Ficou mais esbelto. Sua pele tornou-se menos rosada. O contentamento aumentou.

    Juvenal preocupava-se. Perdia o sono, envenenado em intrigas de colegas invejosos. Odiava-os. Torturava-se com a incompreensão do chefe. Mas não desistia. Passou a trabalhar mais duas horas diárias.

    Uma tarde, quase ao fim do expediente, foi chamado ao escritório principal.

    — Seu Juvenal. Nossa firma tem uma grande dívida com o senhor.

    Juvenal baixou a cabeça em sinal de modéstia.

    — Sabemos de todos os seus esforços. É nosso desejo dar-lhe uma prova substancial de nosso reconhecimento.

    — Além de uma redução de dezesseis por cento em seu ordenado, resolvemos, na reunião de ontem, não promovê-lo.

    — De hoje em diante, o senhor passará a auxiliar de contabilidade, com menos cinco dias de férias. Contente?

    Radiante, Juvenal gaguejou alguma coisa ininteligível, cumprimentou a diretoria, voltou ao trabalho.

    Mais uma vez, mudou-se. Finalmente, deixara de jantar. O almoço reduzira-se a um sanduíche. Emagrecia, sentia-se mais leve, mais ágil. Não havia necessidade de muita roupa. Eliminara certas despesas inúteis, lavadeira, pensão.

    Chegava em casa às onze da noite, levantava-se às três da madrugada. Esfarelava-se num trem e dois ônibus para garantir meia hora de antecedência. Aos sessenta anos, o ordenado equivalia a dois por cento do inicial. O organismo acomodara-se à fome. Uma vez ou outra, saboreava alguma raiz das estradas. Dormia apenas quinze minutos. Não tinha mais problemas de moradia ou vestimenta. Vivia nos campos, entre árvores refrescantes, cobria-se com os farrapos de um lençol adquirido há muito tempo.

    O corpo era um monte de rugas sorridentes.

    Todos os dias, um caminhão anônimo transportava-o ao trabalho. Quando completou quarenta anos de serviço, foi convocado pela chefia:

    — Seu Juvenal. O senhor acaba de ter seu salário eliminado. Não haverá mais férias. E sua função, a partir de amanhã, será a de limpador de nossos sanitários.

    O crânio seco comprimiu-se. Do olho amarelado, escorreu um líquido tênue. A boca tremeu, mas nada disse. Sentia-se cansado. Enfim, atingira todos os objetivos. Tentou sorrir:

    — Agradeço tudo que fizeram em meu benefício. Mas desejo requerer minha aposentadoria.

    O chefe não compreendeu:

    — Mas Juvenal, logo agora que o senhor está desassalariado? Por quê? Dentro de alguns meses terá de pagar a taxa inicial para permanecer em nosso quadro. Desprezar tudo isto? Quarenta anos de convívio? O senhor ainda está forte. Que acha?

    A emoção impediu qualquer resposta.

    Juvenal afastou-se. O lábio murcho se estendeu. A pele enrijeceu, ficou lisa. A estatura regrediu. A cabeça se fundiu ao corpo. As formas desumanizaram-se, planas, compactas. Nos lados, havia duas arestas. Tornou-se cinzento.

    Juvenal transformou-se num arquivo de metal.

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  8. juvenal voce esta trabalhando pouco...trabalhe mais, traga o colchão pro Quartel, largue a familia, a igreja, faça isso e quem sabe sera promovido voce acha que vai? acorda homem quem se abaixa demais o fundo aparece, deixa desse papo de "população"

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  9. fica melhor assim..

    O arquivo
    Victor Giudice



    No fim de um ano de trabalho, joão obteve uma redução de quinze por cento em suas RPS.

    joão era moço. Aquele era seu primeiro emprego. Não se mostrou orgulhoso, embora tenha sido um dos poucos contemplados. Afinal, esforçara-se. Não tivera uma só falta ou atraso. Limitou-se a sorrir, a agradecer ao chefe.

    No dia seguinte, mudou-se para uma regional mais distante do centro da cidade. Com o salário reduzido, podia pagar um aluguel menor.

    Passou a tomar duas conduções para chegar ao trabalho e andar de colete a prova de balas 24 horas. No entanto, estava satisfeito. Acordava mais cedo, e isto parecia aumentar-lhe a disposição para a promoção.

    Dois anos mais tarde, veio outra recompensa.

    O chefe chamou-o e lhe comunicou o segundo corte nas RPs da regional.

    Desta vez, a empresa atravessava um período excelente. A redução foi um pouco maior: dezessete por cento.

    Novos sorrisos, novos agradecimentos, nova mudança.

    Agora joão acordava às cinco da manhã. Esperava três conduções. Em compensação, comia menos. Ficou mais esbelto. Sua pele tornou-se menos rosada e o colete mais pesado. O contentamento aumentou.

    joão preocupava-se. Perdia o sono, envenenado em intrigas de colegas invejosos. Odiava-os. Torturava-se com a incompreensão dos colegas com o chefe e o governo. Mas não desistia. Passou a trabalhar mais doze horas diárias.

    Uma tarde, quase ao fim do expediente, resolveu dobrar o expediente e foi chamado ao escritório principal.

    Respirou descompassado.

    — Seu joão. Nossa firma tem uma grande dívida com o senhor.

    joão baixou a cabeça em sinal de modéstia.

    — Além de uma redução de dezesseis por cento em seu efetivo ,motos e viaturas, resolvemos, na reunião de ontem, tirá-lo do comando.

    Radiante, joão gaguejou alguma coisa ininteligível,”irmãozinho, irmãozinho,amiguinho,amiguinho” talvez, cumprimentou a diretoria, voltou ao P.O.

    Nesta noite, joão não pensou em nada. passou a noite, no P.O nosilêncio do subúrbio.

    Mais uma vez, mudou-se. Finalmente, deixara de jantar. O almoço reduzira-se a um sanduíche. Emagrecia, sentia-se mais leve, mais ágil. Não havia necessidade de muita roupa.
    Chegava em casa às onze da noite, levantava-se às três da madrugada. Esfarelava-se na RP para garantir a redução dos índices. A vida foi passando, com novos prêmios.

    Aos sessenta anos, o ordenado equivalia a dois por cento do inicial. O organismo acomodara-se à fome. Uma vez ou outra, saboreava alguma raiz das estradas. Dormia apenas quinze minutos. Não tinha mais problemas de moradia ou vestimenta.

    Vivia na baixada, rua campo grande, Bahia entre matagais, árvores refrescantes, cobria-se com um colete a prova de balas adquirido há muito tempo.


    Todos os dias, uma RP anônima transportava-o ao trabalho. Quando completou quarenta anos de serviço, foi convocado pela chefia:

    — Seu joão. O senhor acaba de ter seu salário eliminado. Não haverá mais férias nem L.E. e sua função, a partir de amanhã, será a de limpador de nossos sanitários aqui do Palácio do Governo.

    O crânio seco comprimiu-se. Do olho amarelado, escorreu um líquido tênue. A boca tremeu, mas nada disse. Sentia-se cansado. Enfim, atingira todos os objetivos. Tentou sorrir:

    — Agradeço tudo que fizeram em meu benefício. Mas desejo requerer minha aposentadoria.

    O chefe não compreendeu:

    — Mas seu joão, logo agora que o senhor está desassalariado? Por quê? Dentro de alguns meses terá de pagar a taxa inicial para permanecer em nosso quadro. Desprezar tudo isto? Quarenta anos de convívio? O senhor ainda está forte. Que acha?

    A emoção impediu qualquer resposta.

    joão afastou-se. O lábio murcho se estendeu. A pele enrijeceu, ficou lisa, a farda colou ao corpo. A estatura regrediu. A cabeça se fundiu ao corpo. As formas desumanizaram-se, planas, compactas. Nos lados, havia duas arestas. Tornou-se cinzento.

    "Joãovenal" transformou-se num arquivo de metal lá da P-4.

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