O QUE A POPULAÇÃO NÃO SABE SOBRE O CBMAC

Como já é do conhecimento de todos os milicianos, no CBMAC tudo que é bom não chega e o que é ruim o Comando ainda consegue piorar. Neste relato, abordarei apenas o contrato entre CBMAC e INFRAERO. A população não sabe, mas o Bombeiro está prestando serviço nos Aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul sob força de contrato, que rende aos cofres do CBMAC mais de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) por mês.

  

QUEM GANHA E QUEM PERDE COM ESSE CONTRATO

Quem ganha

 Quem mais ganha com este contrato é o GOVERNO DO ESTADO que economiza dinheiro, pois, teria que disponibilizar recursos para o Bombeiro custear despesas rotineiras e assim não é mais preciso, ou seja, é muito conveniente para o governo sempre pressionar o Comandante Geral para a renovação desse contrato, este último por sua vez sempre diz “sim senhor, sim senhor...”, tendo em vista que não quer contrariar seu patrão, o Governador, para não correr o risco de perder seu “pequeno” salário de Secretário de Estado, míseros R$ 18.000,00. O outro grande beneficiário é a INFRAERO, esta ultima é a “boba”, economiza contratando o Bombeiro perto de R$ 100.000,00 (Cem mil reais) por mês, isso é se ela formasse sua própria brigada de incêndio, como faz no aeroporto de Confins - Belo Horizonte MG. Essa Infraero é engraçada mesmo, se aproveita total da situação, contrata o bombeiro e assim também não gera vínculo empregatício, ficando claro assim que vários pais de família poderiam estar empregados, gerando assim emprego e renda. Para se ter uma idéia um bombeiro custa para Infraero não mais que R$ 1.400,00, e não tendo a referida empresa que arcar com direitos trabalhistas, um bombeiro civil, ou seja, se a Infraero fizesse concurso publico para montar uma Brigada de Incêndio cada Brigadista receberia um salário em torno de R$ 3.000,00 mensais.

Quem perde e automaticamente se F...!

Só tem dois perdedores na história, a população e os militares BM, pois, enquanto na Infraero (Aeroportos) trabalham 07 bombeiros por dia, em Cruzeiro do Sul, por exemplo, local onde eu já servi em duas ocasiões e recentemente recebi relatos de como estão as coisas lá, trabalham apenas 5 militares por dia para atender uma população de cerca de 130 mil habitantes (um Comandante de Guarnição, um Motorista, e três combatentes), sendo que um desses combatentes não pode se ausentar do quartel, pois é responsável pelo serviço de guarda, resumindo: são apenas 4 bombeiros para atender as ocorrências da Cidade de Cruzeiro do sul, sem contar com os outros municípios da regional do Juruá, vale a pena ressaltar que na Infraero ficam 07 Militares BM por dia. Assim fica difícil, a população é prejudicada e os bombeiros nem se fala.

Outro fator que a população não sabe é que os BMs muitas vezes trabalham com uma escala de serviço desumana de 24 horas por somente 24 horas de folga, assim ficando difícil de prestar um serviço de qualidade, pois, enquanto a maioria dos funcionários públicos trabalham no máximo 40hs semanais os BMs chegam a cumprir ate 90hs, ou seja, em um regime de Escravidão, sem contar a forma humilhante que os BMs de CZS são tratados na entrada para o serviço no aeroporto, existe um sistema de revista que é quase igual ao utilizado para entrar em uma penitenciária, revista humilhante para verdadeiros anjos salvadores de vida e sem falar das péssimas instalações da Seção de Contra Incêndio da INFRAERO onde vários BMs já contraíram  doenças respiratórias por conviver diariamente com morcegos, ratos e baratas nos alojamentos .

Apelo Final

Senhores Governador e Comandante (Coronel Pires), já passou da hora de extinguir esse contrato vergonhoso entre o CBMAC e INFRAERO, pois, mais da metade do efetivo operacional do Bombeiro de Cruzeiro do Sul esta preso as cláusulas contratuais no Aeroporto, já passou da hora da INFRAERO montar sua própria Brigada de Incêndio através de concurso público, assim veremos que o Governo e Comando querem melhorar o atendimento a população e dar a esses verdadeiros heróis melhores condições de trabalho e principalmente DIGNIDADE.