Trabalho é realizado desde 2000 para aliviar a tensão do trabalho policial.
GLAUCO ARAÚJO Do G1, em Salvador
O efetivo de 22 mil policiais militares que atuam na segurança do carnaval de Salvador passam por um trabalho de relaxamento pré e pós trabalho nos circuitos da folia baiana. O Centro de Educação Física da Polícia Militar da Bahia usa hits do carnaval para fazer gisnástica laboral na corporação. Apesar dos pedidos insistentes dos policiais, o “Rebolation” ainda não foi usado, mas a animação fica por conta do “Pode pular” e “Querendo namorar”, ambas do grupo Psirico. A última música é uma composição em homenagem ao Bloco Os Muquiranas, que desfila com homens vestidos de mulher, preferencialmente de rosa, e que tem a participação de policiais militares. O trabalho consiste em prevenir lesões no corpo dos policiais e prevenir a fadiga muscular. “Além disso, eles passam a ter uma consciência corporal maior e um aumento no desempenho das atividades de segurança”, disse o major Genival Moncorvo, chefe do Centro de Educação Física da PM.
A corda do Psirico é considerada uma das mais delicadas do carnaval de Salvador pela quantidade de pessoas e pelo ritmo do pagode baiano. “O fato de tocarmos música do grupo para os policiais serve para desmistificar que o policial não gosta de quem ouve o Psirico. Se você perguntar para eles, todos vão dizer que têm um CD do grupo em casa”, disse Moncorvo.Além da ginástica laboral e da dança, o comando da corporação ainda oferece aos policiais os serviços de massoterapia e acupuntura auricular para todos que atuaram nas ruas e que vão entrar no serviço. “Eu me sinto pronto para mais cinco carnavais seguidos. Isso é muito bom. Levanta o astral e a gente fica com a estima bem elevada”, disse o soldado Amaro Paulino da Silva, que entrou no turno da madrugada desta terça-feira (16) no circuito Dodô (Barra-Ondina).
Um dos objetivos do uso da dança e da música é tirar toda a tensão e o estresse que o policial possa trazer para a corporação, seja de casa como dos circuitos de carnaval. “Colocamos um policial equilibrado nas ruas e o devolvemos da mesma maneira para seus familiares”, disse Moncorvo.
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