Da Redação ac24horas
Rio Branco (AC)
A Secretaria de Planejamento do Acre (SEPLAN), através do
Departamento de Estudos e Pesquisas, liberou nesta quarta-feira, 12, o
relatório mensal da Cesta Básica acreana. O documento apresenta
acréscimo de valores em quase todos os municípios.
Segundo dados, na Capital, o preço saiu de R$ 218,56, para R$ 222,25
Na contramão disso, em Cruzeiro do Sul (AC), considerada a segundo maior
cidade do estado, os consumidores conseguiram economizar durante as
compras. Os valores saíram de R$ 230,80 para R$ 229,91. Mesmo assim, o
decréscimo no valor final é pequeno.
As cidades fronteiriças de Epitaciolândia (AC) e Brasiléia (AC), na
fronteira com a Bolívia, apresentam o menor valor de cesta: R$ 206,25,
em outubro. Houve aumento. Em setembro o valor da cesta básica estava em
R$ 205,84.
Sena Madureira, que em setembro apresentou o maio custo da região,
sofreu redução neste mês de outubro. Por lá a cesta completa pode ser
adquirida ao custo de R$ 228,75. No mês imediatamente anterior
(setembro), o valor chegou a R$ 231,21.
Numa análise panorâmica, pode-se perceber que o segundo menor valor
no preço dos alimentos foi verificado em Feijó, seguido pela capital Rio
Branco (AC) e Sena Madureira (AC) que ficaram em 3º e 4º lugar,
respectivamente. Além disso, a pesquisa revelou que Cruzeiro do Sul (AC)
apresentou o maior custo total da cesta em relação às demais cidades.
LIMPEZA DOMÉSTICA
A Cesta Básica de limpeza doméstica também apresentou acréscimo. Em
Rio Branco, o custo saía por R$ 39,10, mas agora custa R$ 39,99. Mesmo
que pequeno, o aumento de R$ 0,89 ajuda consideravelmente quem
comercializa os produtos do gênero.
Em Cruzeiro do Sul (AC), a Cesta saía ao custo de R$ 45,24, mas
agora, após aumento relativamente interessante, só sairá dos
supermercados se o consumidor desembolsar R$ 46,07. O acréscimo foi de
R$ 0,83. A cidade, juntamente com Feijó (AC) permanece com o custo total
da cesta mais elevado em relação ao mês anterior. Isso também aconteceu
em setembro.
HIGIENE PESSOAL
No mês de setembro, pós-análise de resultados das pesquisas, a cesta
básica de higiene pessoal mais barate estava em Rio Branco (AC). Logo
depois veio Sena Madureira (AC). À época, Feijó continuou apresentando,
em relação a agosto, a cesta mais cara de todo o Acre.
Já em outubro, comparando dados com o mês de setembro, o município de
Feijó (AC) continuou liderando o ranking da cesta mais cara entre as
cidades pesquisadas.
GERAL: PRODUTO/PRODUTO
Na Capital, o aumento mais interessante foi sobre o preço do tomate. A
fruta havia reduzido de preço em setembro (-13,14%), mas em outubro
cresceu 11,76%. Apenas a taxa de 1,38 separa o fruto dos preços
altíssimos cobrados em agosto deste ano. Em contrapartida, itens como
farinha de mandioca e café, por exemplo, sofreram redução de -7,44%, e
-3,66%, respectivamente.
Em Cruzeiro do Sul (AC), o levantamento mensal aponta que dos 14
produtos que fazem parte da cesta básica alimentar, apenas seis não
recuaram. Ao todo, oito produtos sofreram queda nos preços. Entre eles o
destaque é para a banana (-5,85%), açúcar (-2,79%) e feijão (-2,60%).
Mesmo assim, o aumento acabou se disseminando na mandioca e na carne
bovina. O acréscimo nesses itens foi de 2,56% e 2,19%, respectivamente.
Na fronteira com a Bolívia, os produtos de Brasiléia (AC) e
Epitaciolândia (AC) apresentaram mais decréscimos de preços do que
acréscimos, ou seja, as baixas superam os aumentos de preços.
Segundo levantamento, produtos como leite e feijão, por exemplo,
foram os mais abalados com as quedas: -18,29% e -14,76%,
respectivamente. Isso levando em consideração o mês de setembro. Mas os
acréscimos também se estabeleceram em alguns produtos, dentre eles a
banana, que apresentou, em outubro, aumento de 13,67%, em relação ao mês
anterior.
No Vale do Iaco, sediado por Sena Madureira (AC), os dados apresentam
queda de preços em seis produtos da Cesta. A redução de preço foram
atingiu o feijão (-6,52%) e o tomate (-6,40%). Na contramão, carne e
banana sofreram aumento de 6,50% e 5,43%, respectivamente.
GERAL: LIMPEZA DOMÉSTICA
Em Rio Branco (AC) o aumento do assoalho (8,48%) e vassoura piaçava
(3,39%), foram os produtos com maior elevação de preços. Já o
desinfetante sofreu queda de -0,80%, em relação a setembro passado.
Em Cruzeiro do Sul (AC), produtos como a esponja de aço e água
sanitária tiveram recuo de preço, com variação negativa de
aproximadamente -1,02% e -0,85%, respectivamente. O aumento que se
destaca é o do inseticida, que atingiu acréscimo de 5,03%.
Epitaciolândia e Brasiléia emergem queda de preços no desinfetante e
água sanitária. Ambos tiveram variação negativa de aproximadamente
-10,00%, segundo o estudo. Contudo, a vassoura piaçava e a esponja de
aço apresentaram altas 0,61% e 0,45%, respectivamente.
GASTO PADRÃO COM A FAMÍLIA
Segundo levantamento, quem tem uma família com composta por dois
adultos e três crianças, tendo como pressuposto que uma criança consome a
metade da provisão de um adulto, em Rio Branco, é de R$ 966,35. Quem
ganha no ranking é Cruzeiro do Sul, onde o valor gasto supera os R$
1.016,00. Nesse contexto, em Feijó, quem vai às compras teria gasto R$
910,03 – Epitaciolândia/Brasiléia; R$ 978,10 – Feijó; e R$ 985,42- Sena
Madureira.
A pesquisa aponta ainda que “revertendo esses valores em quantidades
de salários mínimos necessários para a subsistência dessa família, o
custo estimado para aquisição dos três tipos de cestas, foi de 1,26 em
Epitaciolândia/Brasiléia, 1,33 em Rio Branco, 1,35 em Feijó, 1,36 em
Sena Madureira, e 1,40 em Cruzeiro do Sul”, finaliza.