quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Major Rocha desabafa:


Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


O deputado Major Rocha (PSDB) afirmou na audiência pública da CPI do Tráfico de Pessoas, nesta quinta-feira (28), na Aleac, que a Polícia Civil do Acre estaria sendo usada de forma politiqueira nas investigações da Operação Delivery, que investiga uma agência de exploração sexual de mulheres.
O parlamentar disse que ficou preocupado como a forma que às investigações foram conduzidas, já que o acusado de chefiar a agência de exploração sexual, Jardel Nogueira denunciou que teria sido coagido por um dos delegados que participou das investigações, para incriminar o deputado Major Rocha e o desembargador Samuel Evangelista.
“Não tenho dúvida que essa tentativa apresenta as digitais do atual chefe da quadrilha que comanda o Acre. Não vai ser dessa forma que vão me calar. Infelizmente pessoas que se apossaram do poder pela força do dinheiro e pelo uso da máquina pública, agora se acham no direito de usar as instituições públicas para perseguir seus adversários políticos.  Para infelicidade desses meliantes, essa ação nefasta me deu mais um atestado de idoneidade.  Vou adotar todas as medidas cabíveis contra os autores dessa lambança e seus capachos”, diz Rocha.
Fonte: AC24Horas

Jogo baixo

Jardel Lima diz que foi coagido por delegado para incriminar deputado Major Rocha e desembargador Samuel Evangelista




28 de fevereiro de 2013 - 3:40:15
Gleydison Meireles – Fotos de Willamis França
ggreyck@gmail.com

“Eu sou o bucha”, disse Jardel Lima Nogueira, de 33 anos, que prestou depoimento durante a audiência pública da CPI que investiga o Tráfico de Pessoas no Brasil. Segundo o acusado de integrar a rede exploração sexual de mulheres e adolescentes desmantelada pela Operação Delivery da Polícia Civil, ele teria sido coagido por um delegado que participou da investigação para incriminar um deputado e um desembargador.
JARDELJardel Nogueira começou a falar aos membros da CPI e disse que é vitima da imprensa que o acusou de tráfico de pessoas, pedofilia e exploração sexual, mas que nunca teve envolvimento com a polícia. Preso desde outubro de 2012, Jardel acusou o delegado da Operação Delivery Nilton Boscaro de coação, afirmando que a autoridade policial o intimidou com uma arma durante sua prisão, na tentativa de obter nomes de possíveis acusados de envolvimento com a quadrilha de aliciadores.
O acusado disse também que o delegado Nilton Boscaro queria que ele confirmasse que o deputado estadual Wherles Rocha (PSDB) e o Desembargador Samuel Evangelista contratavam serviços sexuais de menores, por meio dos aliciadores. Durante o depoimento Jardel denunciou que as vítimas também foram coagidas por Boscaro, e que confirmou em depoimento ao Juiz Romário Divino a coação.
O acusado declarou que em determinado momento pensou em confirmar que o deputado Wherles Rocha teria envolvimento com crimes de pedofilia, por conta das pressões sofridas durante o depoimento na sede da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DECCO) do Ministério Público. Jardel Nogueira pediu proteção aos membros da CPI, e disse que até mesmo dentro do presídio está sofrendo ameaças por está sendo acusado de envolvimento de crimes sexuais com menores.
O vice-presidente da Comissão, Luiz Couto (PT-PB), interpelou Jardel Nogueira quanto a acusação do Ministério Público e Polícia Civil sobre as acusações de aliciar menores para a prostituição, o acusado negou qualquer tipo de envolvimento com a rede de exploração de menores.
Quanto à acusação de liderar a organização criminosa e de envolvimento com os outros acusados de aliciamento, Jardel negou conhecer os outros denunciados de aliciamento e disse que aceitaria fazer uma acareação com as pessoas que o acusaram durante depoimento na delegacia.
Respondendo aos questionamentos da deputada federal Antônia Lúcia (PSC-AC) afirmou desconhecer porque está sendo acusado de liderar a quadrilha de aliciadores.

Fonte: AC24Horas

Sebastião Viana autoriza concurso para oficiais da PM e Corpo de Bombeiros


27 de fevereiro de 2013 - 11:42:43

O governador Sebastião Viana autorizou nesta quarta-feira, 27, concurso para preenchimentos de vagas para oficiais na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. Os novos integrantes reforçarão o time da segurança no Estado, auxiliando de forma direta principalmente nas operações de rua. Há vagas também para três oficiais médicos.

São dez vagas para a PM, dez vagas para o Corpo de Bombeiros e três vagas para oficiais médicos na Polícia Militar. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Pires, o próximo passo é a reunião das corporações com a Secretaria de Gestão Administrativa (SGA) para o preparo do edital, que será  publicado o mais breve possível.

Para o concurso será exigido formação em nível superior. Os aprovados farão um curso de formação pelo período de dois anos, em que serão alunos oficiais. Concluída esta etapa, passam a aspirante de oficial e seis meses depois, segundo-tenente.

“Segundo-tenente é o oficial que comanda a tropa nas ruas, envolvido diretamente na parte operacional. Ele vai supervisionar as atividades operacionais no primeiro plano”, explica o comandante da PM, coronel José Reis Anastácio.

O coronel Pires ressalta que este é um compromisso que o governador Tião Viana assume mesmo num momento de dificuldade financeira e que é apenas o primeiro passo para fazer cumprir os planejamentos das corporações.

Fonte: AC24Horas

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Chinesa posa sexy com uniforme da polícia e pega 9 meses de prisão


Mulher de 23 anos posou com blusa aberta e só de calcinha. Modelo foi contratada para promover romance policial.

Uma modelo chinesa de 23 anos foi condenada a 9 meses de prisão depois de postar fotos em uma rede social fazendo poses sensuais utilizando o uniforme da polícia. A atitude, de acordo com os juízes, foi interpretada como se a jovem estivesse "se passando como membro da corporação".

As imagens, no entanto, estavam sendo tiradas para promover um romance policial, e só deixaram as autoridades furiosas quando Wang Xiaomen fez poses com a blusa aberta e apenas usando calcinha, e as postou no Weibo, a versão chinesa do Twitter, de acordo com o jornal “Daily Mail”.
Apesar de condenada, Wang não precisará ir para a cadeia, já que ficará em estado probatório durante um ano, não podendo cometer nenhum outro delito durante esse período. “Fui tão ignorante”, disse a modelo, que recebeu R$ 1000 para fazer as fotos de divulgação.

Fonte: G1

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fala secretário: comandante da Polícia Militar confirma aumento da violência em Rio Branco


Comandante da Policia Militar do Acre diz que não existe efetivo para a construção de boxes solicitados por 200 lideranças comunitárias em toda capital. Sem revelar dados, Anastácio diz que em 2012 aumentou o número de homicídios.

Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@gmail.com

Cresce a onda de violência em Rio Branco. Bairros do Segundo Distrito são os mais atingidos pela onda de assaltos e arrombamentos. Na região da Amazongás, comerciantes de drogas cobram pedágio de moradores do loteamento Santo Afonso e do Residencial Rosalinda. Os dados foram revelados pelo comandante da Policia Militar do Acre, coronel Anastácio, durante entrevista ao Sistema Público de Comunicação, na manhã de hoje (26) no Programa Fala Secretário.
Durante uma hora, o coronel Anastácio falou das operações que o policiamento começou a executar nesta semana para “resgatar índices aceitáveis de roubos e assaltos” praticados nos últimos dias na capital.
No programa, moradores dos bairros Belo Jardim, Taquari, Santo Afonso e Rosalinda fizeram intervenções através de participação ao vivo e pelas redes sociais, falando do clima de insegurança vivido no Segundo Distrito. A região vem sendo o palco da escalada assustadora e sem controle de ações criminosas.
Ainda de acordo informações repassadas pelo comandante, às taxas de criminalidade da região do Calafate preocupam o comando da segurança pública. Ele também afirmou que o número de homicídios aumentou em 2012.
“Iniciamos ontem uma operação com 26 homens da Policia Militar para coibir a violência nesses bairros”, garantiu.
Em 2012 foram registrados no Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (CIOSP) 50 mil ligações somente de Rio Branco. Segundo o comando, no pico da violência chegam a ser registradas 500 ligações/dia.
“Infelizmente a Policia não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo”, comentou.
Em resposta a reivindicações para construção de Boxe da PM, ele revelou que existem mais de 200 pedidos em sua mesa. O comandante deixou claro que por falta de efetivo não é possível atender a demanda.
“Um boxe desses ocupa em média 08 policiais, então a Policia não tem como atender essa reivindicação, estamos enviando viaturas nas áreas mais violentas, com apoio do GIRO”, acrescentou Anastácio.

Policiais e bombeiros militares se organizam para negociar salários

As associações militares estaduais e lideranças dos batalhões da Polícia Militar do Acre (PM/AC ) e Corpo de Bombeiros se reuniram ontem para formular princípios, traçar metas e rememorar os acertos e erros durante a data-base 2011. O encontro aconteceu na sede campestre da corporação e tem vista nas negociações salariais deste ano.
BOMBEIROS e militares discutem pautas salariais de 2013 - Foto/CedidaBOMBEIROS e militares discutem pautas salariais de 2013 - Foto/Cedida 
Além da Associação dos Praças (anfitriã), estiveram presentes a Associação dos Militares (AME), Associação dos Subtenentes e Sargentos da PM e a Associação dos Cabos e Soldados, também da PMAC. Durante a reunião, Abrahão Púpio, membro da AME e da APRABMAC, lembrou que o primeiro passo é afinar o discurso entre a comissão, estabelecendo unidade de discurso e divisão de tarefas.
De posse de toda a documentação gerada durante a polêmica data-base de 2011 (que culminou na primeira greve de militares do Estado do Acre) as lideranças reunidas avaliaram os erros e acertos, refletindo e usando o aprendizado.
Púpio disse que a comissão, assim como toda a base, tem a equiparação da gratificação do risco de vida com o coronel PM/BM como conquista com prazo certo para até maio de 2013, conforme compromisso já declarado pelo Governador Tião Viana, e reafirmado em várias ocasiões entre 2012 e 2013, inclusive em reuniões com centenas de militares e familiares.
Assim, segundo Abrahão Púpio, a comissão irá construir uma proposta com outras pautas urgentes a serem postas à apreciação de assembleia geral da categoria e posteriormente apresentadas ao governo do Estado para negociação, com respeito, ética e lealdade.
Na ocasião, Francisco Jusciner, presidente da APRABMAC, afirmou que o compromisso da entidade é com os militares, com o melhor resultado possível a todos. Pediu que quem quisesse promover interesses particulares ou de pequenos grupos se afastasse das negociações. Disse também que o momento não é de política partidária e sim sindical. "Nosso objetivo é com a base e não desgastar o governo nem comandos da PM ou CBMAC", assegurou.
Isaque Ximenes referendou as palavras de Jusciner em torno da defesa dos interesses coletivos. Disse que interesses políticos serão descartados e falou da importância de se caminhar em harmonia com os comandos, visando o melhor para os militares. Para ele, a atribuição dos políticos com mandatos é ajudar na Assembleia Legislativa na hora de aprovar as leis que interessam aos policiais e bombeiros.
O vice-presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da PM, João Jácome ressaltou que negociação salarial se faz com verdade e seriedade. A próxima reunião interna ficou agendada para o dia seis de março, quando será marcada assembleia geral com a categoria para análise e aprovação da pauta a ser apresentada ao chefe do executivo estadual.
Também ficou definido que os comandos da PM e CBM serão convidados para participarem das deliberações internas, já que os mesmos participam ativamente das negociações junto à equipe de assessores do governo.
Fonte: Página 20

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Policial recebe pouco mais de 200 reais por risco de vida; facção criminosa estaria pagando entre 600 a R$ 1.500,00 por cada militar assassinado; Anastácio diz desconhecer denúncias


Oficiais garantem que não há defasagem nos quadros da PM e que o Comando está pronto para oferecer suporte aos militares acreanos
GINA MENEZES, ESPECIAL PARA AGÊNCIA CONTILNET
Membros do PCC estariam no Acre ameaçando policiais militares
Membros do PCC estariam no Acre ameaçando policiais militares
O Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria pagando até R$ 1.500,00 pelo assassinato de um militar. No Acre, maioria dos homens da Polícia Militar, que atuam nas ruas ou nas perigosas missões da captura de bandidos, está aterrorizada.

De acordo com um policial militar que não quis se identificar por motivos de segurança, há líderes do PCC instalados no estado, cuja missão principal é assassinar policiais que trabalham, principalmente, no enfrentamento ao tráfico de drogas. “O preço que os chefões pagam por um militar morto varia de R$ 600,00 a R$ 1.500,00”, informa.

E acrescenta: “Quando saiu a matéria de que a Polícia Civil teria prendido 39 integrantes da facção criminosa PCC, na verdade, só foram presos os ‘soldados’, como eles chamam os que são recrutados; os cabeças, os mandantes, ainda estão por aí, planejando e aplicando os mais diversos crimes. Como acham que evoluiu o crime em nossa cidade?”, questiona.


Atualmente, no Estado, ainda segundo a denúncia, a PM passa um problema grave que é a falta de contingente e valorização já que, todo ano o número de policiais que entram na reserva é superior aos que são contratados, através de concursos, pela Polícia Militar.

Os policiais militares também estariam desmotivados e desvalorizados após o fim das promoções e condecorações que recebiam por serviços prestados. E o pior: eles recebem pouco mais de R$ 200,00 por risco de vida.


Integrantes do PCC que já estariam no Acre ameaçam policiais que atuam, principalmente, contra o tráfico de drogas
Integrantes do PCC que já estariam no Acre ameaçam policiais que atuam, principalmente, contra o tráfico de drogas
“Hoje, tiraram os prêmios por bravura, desmotivando a tropa. Hoje, a vida do soldado tem mais valor para o crime organizado do que para a instituição; quando nos pagam R$ 200,00 de risco de vida, o PCC paga R$ 1.500,00 para nos matarem. Esse é um dos motivos por que muitos policiais se corrompem e a sociedade não fica sabendo o motivo. É certo que muitos policiais andam se escondendo, mudando suas rotinas, pois, em vez de caçadores de criminosos, estão sendo caçados”, declara.

Ele diz que outro grave problema que tem afetado a Polícia Militar é o desfalque nas guarnições, provocado pela retirada de alguns policiais, destinados ao policiamento municipal.


“De cada batalhão, entre dois e cinco policiais foram destinados à prefeitura ou a outras instituições governamentais, deixando uma lacuna. Ou seja, alguns postos policiais deixaram de funcionar por conta destes desfalques; reflexo disto foi o fechamento do box do Tancredo Neves”, lembra.

Falta de condições para trabalhar e politicagem dentro da corporação
O policial militar, que a reportagem chamará de Marcos (nome fictício, pois ele não quer ter o nome revelado), tem 22 anos e pretende abandonar a carreira na Polícia Militar tão logo seja aprovado em outro concurso público.

As razões da desmotivação com a carreira policial, de acordo com ele, trata-se de um trabalho difícil de ser executado, sem as condições necessárias adequadas, e pelo excesso de ‘politicagem’ dentro da corporação, como define.

“Você sabe que não sou a melhor pessoa para falar sobre isso, tendo em vista que sou apenas uma gotícula dentro desse imenso universo político que é a Polícia Militar. Não quero ser prejudicado ou mandado para Santa Rosa do Purus”, diz.

De acordo com o jovem policial que pretende ingressar na faculdade de Direito visando uma nova profissão, não há condições de trabalho para os soldados.


Policial 'abatido' pelo PPC (Foto enviada por militares do Acre)
Policial 'abatido' pelo PPC (Foto enviada por militares do Acre)
“Sei que a Polícia Militar não paga em dias a empresa que aluga os carros e por isso tem muitos problemas que não são resolvidos, tipo ar condicionado de viatura, pneus carecas, entre outros”, diz.

A respeito da suposta defasagem policial nos batalhões, o policial diz que isto acontece pelo grande número de integrantes da corporação, que são colocados à disposição de outros órgãos. “Esses policiais são os “peixes”, aqueles que ficam ‘à disposição’ de autoridades”, diz.

Com relação ao fato da Polícia Militar ser a 4° maior corporação do Brasil, Marcos diz que a mesma não pode ser considerada assim, pois está defasada.

“A Polícia Militar pode até ser a quarta corporação do Brasil, entretanto, não estão contando com policiais de férias, de atestado médico, dos que estão se aposentando, dos que morrem em ocorrências ou em decorrência delas, dos em licença, à disposição do gabinete do governador, do Tribunal de Justiça, da prefeitura e de tantos outros órgãos públicos, que sugam somente os "peixes", aqueles que não estão tirando serviço de rádio patrulhamento, ou "serviço de rua", vamos dizer assim. Quando se trata da Polícia Militar, temos que ser bastante cautelosos”, declarou.

Com relação à política partidária, que segundo ele, permeia as promoções para oficiais dentro da PM, o policial afirma que este é um dos principais motivos para pensar em outra profissão.

“Com certeza, meu sonho nunca foi ser policial militar. Sempre foi fazer a faculdade de Direito, mas, por motivo de força maior ainda não consegui. Quero fazer um concurso melhor, tipo Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal ou no próprio Judiciário. Acredito que eu não teria coragem de fazer o concurso de oficiais da PM para seguir a carreira, tendo em vista que se quisesse ser promovido depois do posto de 1° Tenente, eu teria que "puxar saco" do governador. Isso não me engrandece em nada”, diz.


Defasagem nos quadros prejudica trabalho, diz tesoureiro
Para o tesoureiro da Associação dos Militares do Estado do Acre, AME/Acre, Joélson Dias, a defasagem militar pode chegar a 1/3 nos quadros policiais da PM.

Ele diz que, além dos policiais que ficam à disposição de outros órgãos, há também o elevado número dos que chegam à idade de se aposentar.

A respeito do enfrentamento ao suposto braço do PCC no Acre, o sargento Dias afirma que existem comentários, mas que ele desconhece o assunto, oficialmente.

Ele diz, no entanto, que no caso de se confirmar algo deste tipo, os policiais do Acre não estariam em condições de enfrentar o crime organizado.

“Os policiais são bem treinados e aplicados, mas a própria estrutura da PM não oferece condições, tanto é que você vê por aí policiais empurrando viaturas”, diz.

De acordo com os dados do comando da Polícia Militar, a instituição é a quarta maior corporação do Brasil: a média no Acre é de um policial para cada 283 habitantes enquanto que a nível nacional é de 472 habitantes.


"Não há defasagem nos batalhões", garante comandante do policiamento operacional
O comandante do policiamento operacional, coronel Mário Cezar, nega que os batalhões estejam em defasagem por conta da saída de alguns militares para servir a outros órgãos. Ele diz que o que existe são permutas.

“Sempre que tiramos 10 policiais, imediatamente colocamos outros 10 nos lugares daqueles que saíram. Não há defasagem, de forma alguma”, nega.

A respeito da suposta intimidação que os policiais militares estariam sentindo face ao aumento do tráfico de drogas na capital, o comandante acredita não ser uma informação procedente.

Ele afirma que o enfrentamento ao tráfico de drogas não deve ser um trabalho meramente ostensivo, mas também de inteligência.


O Primeiro Comando da Capital (PCC) é uma das facções criminosas mais perigosas e estruturadas que existe no Brasil
O Primeiro Comando da Capital (PCC) é uma das facções criminosas mais perigosas e estruturadas que existe no Brasil
Faltam policiais militares em áreas de fronteira
De acordo com texto publicado no dia 21 deste mês, no blog oficial da AME/Acre, está faltando policiais militares em Assis Brasil, fronteira com Iñapari (Peru) e San Pedro de Bolpebra (Bolívia).

Segundo a matéria, em Assis Brasil há apenas 15 policiais militares, sendo que nove estão desempenhando trabalho no rádio patrulhamento, quatro estão no quartel e dois na administração.

Ainda de acordo com informações do blog, somente no mês de janeiro de 2013 foram transferidos três policiais de Assis Brasil para Rio Branco e Xapuri, sem que houvesse a chamada permuta, que permitirá, via de regra, que outros militares fossem mandados para Assis Brasil.

”Isso ocorreu devido ao apadrinhamento político e de alguns coronéis”, diz o texto.

As informações do blog dizem, ainda, que na delegacia de Assis Brasil o efetivo é bem menor, haja vista que a mesma está interditada, sem receber presos. Se a PM tiver que prender alguém, terá que conduzir a pessoa até Brasileia.

Vale ressaltar que Assis Brasil é considerada área de fronteira e, portanto, bastante visada para o mercado do tráfico de drogas.


O comandante da Polícia Militar do Acre, José dos Reis Anastácio, nega defasagem no efetivo e diz desconhecer que os policiais militares estejam se sentindo ameaçados diante de lideranças do PCC (Foto: Blog dos Militares do Acre)
O comandante da Polícia Militar do Acre, José dos Reis Anastácio, nega defasagem no efetivo e diz desconhecer que os policiais militares estejam se sentindo ameaçados diante de lideranças do PCC (Foto: Blog dos Militares do Acre)
"O comando está pronto para dar todo suporte aos militares", diz comandante-geral da PM
O comandante da Polícia Militar do Estado do Acre, coronel José dos Reis Anastácio, recebeu a reportagem da Agência ContilNet na sala do comando geral na manhã de sexta-feira (22), onde se disse surpreso com as declarações dadas em "off" por alguns militares.

Ele negou que haja defasagem no efetivo, desconhece que os policiais militares estejam, supostamente, se sentindo ameaçados diante de lideranças do PCC que desejam usar o Acre como corredor para o tráfico de drogas, e garantiu que o comando geral está à disposição de todos os militares para que, juntos, possam encontrar soluções para os problemas do cotidiano.

“É até uma surpresa para mim este tipo de declaração dos policiais que você, por conta do sigilo profissional, já disse que não divulgará os nomes. Quero dizer a esses policiais que estamos prontos a recebê-los aqui no comando, para ouvir as queixas, aceitarmos as sugestões e, juntos, encontrarmos a solução”, declarou.

O comandante-geral ressaltou que não há defasagem no efetivo dos batalhões.

“O que há são as permutas. O fato de alguns militares ficarem à disposição de outros órgãos é algo constitucional”, assegurou.

Sobre o suposto temor de militares no enfrentamento ao tráfico e especificamente ao PCC, ele diz que não há nada concreto neste sentido.

“Sabemos que já houve 39 prisões de pessoas ligadas ao PCC e desconheço que esteja havendo isto”, diz.


Acre tem o 3° menor orçamento para a Polícia Militar da Região Norte
O Ministério da Justiça apresentou na última terça-feira (19), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), uma série de pesquisas na área de segurança pública em todo o país.

Entre os Estados da região norte, o Acre é o que possui o menor orçamento destinado para a Polícia Militar. A pesquisa contém indicativos pertinentes ao ano de 2011.

A PM dispõe de um orçamento de pouco mais de R$ 117 milhões, sendo que somente a folha de pagamento corresponde ao gasto de 93,1% deste total.

O restante do dinheiro é gasto com equipamentos para proteção individual, transporte e comunicação, entre outros.


Fotos de policiais feridos enviadas à ContilNet por militares do Acre
Fotos de policiais feridos enviadas à ContilNet por militares do Acre
"Somos obrigados a preencher a folha", diz policial
O policial que pediu sigilo à sua identidade enviou estas informações a um profissional da Agência ContilNet através de email. Veja o texto, na íntegra:

Olá, vamos ao que interessa.

Atualmente no Acre a PM passa um problema grave que é a falta de contigente e valorização,isto porque todo ano vai mais policiais para a reserva do que entram novos em concursos.
*
A base da PM no Tancredo Neves já funcionava a algum tempo mas de forma precária, as coisas que ainda tem são objetos doados pela comunidade.
*
Há cerca de 1 mês começou uma operação nos comércios do centro e criaram um policiamento municipal extra da prefeitura composto de policiais do Estado. De cada batalhão foram tirados entre 2 a 5 policiais e destinados a prefeitura deixando uma lacuna, ou seja alguns postos policiais deixaram de funcionar por conta destes PMs que foram enviados para a prefeitura, reflexo disto foi o fechamento do Box do Tancredo Neves.
*
o que conta para o comando são as "estatísticas" nos dão uma folha  de papel dita como "folha de abordagem" e todo serviço somos obrigados a preencher esta folha! e no fim do mês o comandante passa estas estatísticas de abordagem para o governo contar vantagem. De nada serve essa folha, para se ter uma ideia existem vários meios de preencher a folha sem mesmo ter que abordar uma pessoa, que é o que muitos fazem. por ex: bastam ir ao terminal de Ônibus pegar uma caixa que tem de documentos perdidos e tirar uns 20 nomes e passar para a folha todo o dia e pronto!
*

Relatos de um antigo na caserna…
A Agência ContilNet publica o relato de outro policial, um dos mais antigos da Polícia Militar do Acre. Veja o texto, na íntegra:

"No Acre as coisas tem ficado difíceis para aqueles que obstinados continuam a combater o crime. Não são poucas as vezes em que guarnições de policiais que são mais aplicados e determinados a verem criminosos presos ouvirem ameaças de morte. Mas tão logo que surgiu ameaças advindas de integrantes do PCC que se instalou aqui no Acre, isso passou a mexer com o brio destes combatentes.

Para se ter uma ideia do reflexo destas ameaças, policiais que trabalhavam a anos no reservado do 5º BPM, se viram obrigados a mudarem de batalhão e até mesmo da região onde moram. ou seja, a própria policia se sente ameaçada!

Quando saiu a matéria que a policia civil teria prendido 39 integrantes da Facção Criminosa PCC, na verdade só foram presos os "SOLDADOS" que é assim como eles chamam os que são recrutados,os cabeças ainda estão por ai planejando e aplicando os mais diversos crimes em nossa cidade. como acham que evoluiu o crime em nossa cidade?
Neste mês, chegou na cidade enviado pelos chefões do PCC um homicida de policiais destinado somente para eliminar alguns pms que estavam atrapalhando o trabalho de uma das células do trafico. Isso não é teoria, mas realidade, comprovada em investigações.

Assassinato de policial militar custa entre 600 a 1500 reais e a casos em que pagam até 500 mil reais pela cabeça do policial na cidade de São Paulo. E  esta regra de valores vai se estendendo também para os outros estados. Muitos policiais estão a trabalhar apreensivos com medo de morrer e de até mesmo bater de frente com o tráfico.
A verdade é que muitos se sentem desvalorizados e não reconhecidos, antes o policial ganhava condecoração e subia de graduação por bravura, ou seja, quando este agia defendendo e salvando vidas. Hoje tiraram os prêmios por bravura desmotivando a tropa.
Só para se ter uma ideia o risco de vida de um soldado é de 200 reais para este combater o crime todos os dias , já o risco do coronel é de em torno de 900 reais para não sair de uma sala. Hoje a vida do soldado tem mais valor para o crime organizado do que para a instituição, quando nos pagam 200 reais de risco de vida o PCC paga 1500 para nos matarem. E é um desses motivos que muitos policiais se corrompem  e a sociedade não fica sabendo o motivo. É de certo que muitos policiais andam se escondendo mudando suas rotinas pois em vez de caçadores de criminosos estão sendo caçados.
Só para refrescar a memória dos esquecidos, nos últimos anos foram vários atentados contra policiais militares no Acre, Muitos destes foram mortos por cumprir o dever. Ano passado muitos dos nossos sofreram emboscadas e quase mortos. Para as estatísticas oficiais, seria mais um PM morto. Mas, não é! É menos um soldado na luta contra o crime.
Uma cidadã revoltada diz o seguinte:

 Enquanto nossos soldados são abatidos pelas costas, o Estado,  se cala!!!, a Justiça lava as mãos, os Direitos Humanos, se omitem (o que não é de se admirar!) e a sociedade prefere não tomar partido.
- Hipócritas! Covardes!

Essa guerra não é só da PM. É de todos nós."

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Acre tem o 3º menor orçamento para a Polícia Militar da região Norte


Ministério da Justiça divulgou pesquisa sobre segurança pública no país. Polícia Civil do estado possui apenas seis delegacias especializadas.


Caio FulgêncioDo G1 AC

O Ministério da Justiça divulgou uma série de pesquisas na área de segurança pública referente a todos os estados do país, na última terça-feira (19). A pesquisa contém indicativos pertinentes ao ano de 2011. Segundo os dados, o Acre possui o terceiro menor orçamento utilizado para a Polícia Militar, se comparado com os outros estados da região Norte.
Com pouco mais de  R$ 117 milhões de orçamento, a folha de pagamento da PM do Acre corresponde a 93,1% do dinheiro, com um quadro efetivo de 2.695 policiais ativos. O restante é utilizado para outros gastos como: aquisição de equipamentos de proteção individual, comunicação, meios de transporte, equipamentos de informática, armamento e munição, além de manutenção dos equipamentos. O gasto com esses custos é o quarto mais elevado no norte do país.
De acordo com a pesquisa, do valor empregado a esses gastos, 66,37% do dinheiro é utilizado na manutenção de meios de transporte, enquanto que o número de policiais militares efetivos no estado é superior em relação ao número de coletes à prova de balas. São 2.254 coletes  para 2.695 profissionais, apresentando a melhor situação da região norte. O Pará possui 14.724 policiais militares ativos e apenas 3.943 coletes à prova de balas.
A pesquisa abrange ainda o valor do piso salarial em todo o Brasil. Dos dados divulgados, o piso salarial bruto para soldado no Acre é o 12º maior de todo o país, com o valor de R$ 2.436,53.
Segundo o subchefe da assessoria de Planejamento da Polícia Militar (Asseplan), Rodrigo Heitor, o número de policiais ativos diminuiu para 2.577, em 2013. Já o valor do piso salarial bruto é de 2.571,42. Em relação ao orçamento total, para este ano existe a previsão de aumento. "Para 2013, está previsto um aumento no orçamento para mais de R$ 123 milhões", disse.
Confira alguns dados desse levantamento:
ESTADO DA REGIÃO NORTEORÇAMENTO TOTAL - POLÍCIA MILITAR (R$)PISO SALARIAL PARA SOLDADO (R$)NÚMERO DE POLICIAIS MILITARES ATIVOSNÚMERO DE COLETES BALÍSTICOS
ACRE117.142.125,04589,852.6952.254
AMAZONAS385.251.665,76651,497.6183.976
AMAPÁ5.904.058,19NÃO FOI DIVULGADO3.6111.557
PARÁ535.072.550,84NÃO FOI DIVULGADO14.7243.943
RONDÔNIA221.000.517,252.217,915.5443.272
RORAIMA40.952.841,22801,041.452768
TOCATINS333.418.963,20626,984.0601.900
Polícia Civil
Em relação à Polícia Civil, a pesquisa mostra que no Acre existem somente seis delegacias especializadas. Não havendo nenhuma delegacia que trate exclusivamente de crimes contra os idosos, homicídios, trânsito, meio ambiente, extorsão e/ou sequestro, nem de crimes contra a administração pública.
As planilhas também fazem referência aos dados sobre a estrutura organizacional,  gestão de informação, recursos materiais,  recursos humanos, capacitação e valorização dos profissionais do Corpo de Bombeiros.
Acesse o restante dos dados aqui.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ESTÁ FALTANDO POLICIAIS EM ASSIS BRASIL


Falta policiais militares em Assis Brasil,  fronteira com Iñari ( Peru ) e San Pedro de Bolpebra ( Bolívia ). Sengundo informações de um policial que não quis se identificar com medo de represália por parte do comando geral da PM, isso está acontecendo e, que o comando geral, mesmo sabendo disso, não faz nada para a situação melhorar. Em Assis Brasil, tem apenas 15 policiais militares, sendo que 9 estão desempenhando o rádio patrulhamento, 4 na permanência do quartel e 2 na administração. Distribuídos da seguinte forma: 1 na permanência e 2 na vtr por dia,  numa escala de 24 horas de serviço, sendo que uma guarnição tem 3 na vtr.

Ele informou que no ingresso de policiais militares da turma de 2009, estava previsto irem para Assis Brasil 16 policias recém-formados, porém só se apresentaram 12 e no dia seguinte, desses, 2 foram transferidos para Brasileia e assim por diante. Só no mês de janeiro e meados de fevereiro de 2013 foram transferidos 3 policiais de Assis Brasil para Rio Branco e Xapuri, sem nenhuma reposição. Isso ocorreu devido ao apadrinhamento político e de alguns coronéis.

Hoje dos 16 “novinhos”, somente 4 ainda estão por aqui, mas por pouco tempo e, isso nós já sabemos. Isso, sem mencionar que há um PM que no último ano conseguiu através da politicagem, ficar à disposição da 10ª CIRETRAN. O fato foi que o referido policial estava querendo se candidatar a vereador apoiando o atual prefeito ( Dr. Betinho, PSDB ), porém uma equipe do PT sabendo disso foi até ele e fez a seguinte proposta: “ se você desistir de sua candidatura e nos apoiar, iremos fazer com que você saia da escala da PM e fique à disposição da 10ª CIRETRAN”, e foi o que aconteceu, ele saiu da escala no mês de junho de 2012, e até o final do mês de dezembro de 2012, ainda não tinha colocado os pés no seu novo trabalho. Agora, em 2013, ele, de vez enquanto mostra a cara na CIRETRAN, com medo de a nova gestão fazer ele voltar para a escala de serviço da PM. Isso mostra que a politicagem está em todo os setores e, é por causa dela que está faltando policiais nas ruas de Assis Brasil. Principalmente nos finais de semana, que há centenas de pessoas frequentando bares e indo para as festas. E, o que é que 2 policiais na vtr vai fazer se ocorrer uma briga generalizada se não há a quem pedir apoio? Isso já aconteceu, aqui mesmo em Assis Brasil. Onde está o poder público ? Onde estão os vereadores dessa cidade que não vêem ou fingem não ver isso acontecer? A sociedade quer uma resposta. Sou policial militar, sim, e visto com orgulho minha farda para defender a sociedade assisbrasilense, mas às vezes, me sinto inseguro  diante de situações que fogem do nosso controle como ocorrência de grande vulto, pois 2 policiais para atender este tipo de ocorrência não dá. 

Sem falar na delegacia, que tem um efetivo bem menor que o da PM e está interditada, não podendo ninguém ficar preso. Se a PM tiver que prender alguém, terá que conduzir o preso até a cidade de Brasileia.

Segurança Pública é assunto sério, é dever do Estado segundo Constituição federal. Mas, nas eleições de 2012, não ouvi nenhum político falar sobre o assunto. Só se falava em educação, saúde, esporte e produção. Por que não abordaram esse assunto ? Fica aqui minha indignação.

Fonte: Colaborador em Assis Brasil