Os policiais militares em Alagoas iniciaram na manhã de hoje um aquartelamento em protesto contra a defasagem salarial. Eles estão chegando nos quartéis e batalhões, mas não estão saindo às ruas para trabalhar. Segundo o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, major Wellington Fragoso, o aquartelamento é por tempo indeterminado, "até que o governo sente para negociar a nossa data-base". Ele disse que, quem não estiver aquartelado, estará participando de um ato público, na Praça Dom Pedro II, no centro de Maceió.
De acordo com o major Fragoso, a categoria pede o pagamento de 7% de reajuste, pendente de um acordo firmado com governo, além da redução da escala de trabalho dos militares para 40 horas semanais e do reajuste salarial das últimas quatro datas-base. "Estamos pedindo apenas o cumprimento da lei. Será que a lei só serve para usada contra nós? Será que é pedir demais que nossos direitos sejam respeitados? Hoje é o 'dia D', convoco os militares e a população em geral para juntos cobrarmos do governo segurança pública de qualidade para os alagoanos", afirmou Fragoso.
Em nota, o secretário estadual da Defesa Social, delegado Paulo Rubim, disse que não foi comunicado oficialmente sobre o aquartelamento, por isso ainda não tinha um posicionamento sobre o movimento. No entanto, em entrevista à imprensa, o secretário afirmou que o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) pode solicitar do governo federal o reforço da Força Nacional, caso o aquartelamento retire os policiais militares das ruas. Além disso, o secretário também comentou que não via "motivo" para o protesto.
Jornal Hoje em Dia
Ricardo Rodrigues
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