Sebastião Viana divulga nota e afirma que estava sendo espionado pelo PSDB
8 de agosto de 2012 - 12:00:59
Ray Melo,da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com
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Depois de ter supostamente afirmado em entrevista ao jornal A Gazeta, que as ligações telefônicas de seus assessores e cargos de confiança que utilizavam telefones institucionais estariam sendo gravadas e sofrer uma ofensiva de políticos de oposição contra o uso indiscriminado do Guardião [software que grampeia telefones] para fins eleitoreiros, o governador Sebastião Viana (PT) resolveu contra-atacar e acusar seus adversários por espionagem a sua administração.
O governador enviou na noite desta terça-feira, 07, uma nota aos órgãos de comunicação, assinada pelo secretário de Segurança Pública, Ildor Reni Graebner, acusando o PSDB “de possíveis práticas criminosas para espionar o governo e a ele próprio”. De acordo com Graebner, os membros do ninho tucano teriam instalados escutas ilegais, no telefone de Sebastião Viana, que teria denunciado o caso a Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público Estadual (MPE).
A nota oficial também seria um tipo de contra-ataque ao ex-aliado da Frente Popular, deputado Luis Tchê (PDT), que durante sessão desta terça-feira, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) denunciou suposta arbitrariedade cometida pela Polícia Civil, contra uma de suas assessoras parlamentares, que teria sido abordada sem intimação, em sua residência e teria sido conduzida a delegacia para presta esclarecimentos sobre grampos ilegais.
O uso do Guardião, aparelho que grampeia ligações telefônicas, adquirido em 2003, durante a gestão do governador petista Jorge Viana, e que tem capacidade de realizar escutas de 400 ligações telefônicas, ou, 3 mil linhas simultâneas, vem se tornando objeto de constantes denúncias de políticos e ex-gestores do sistema de segurança, que afirmam que o aparelho estaria sendo usado para espionar políticos, jornalistas, empresários e desafetos políticos dos administradores petistas.
Procurado pela reportagem, o deputado Major Rocha (PSDB) rebateu de forma incisiva as acusações do governador. Sem meias palavras, o militar da reserva disse que “Sebastião Viana foi quem contratou um araponga falido para ser seu secretário. Este governo arbitrário importou um dono de empresa de investigação particular e espionagem para ser seu secretário”, disparou o parlamentar tucano.
Rocha disse que “estranho este comportamento do araponga falido, Ildor Reni Graebner, um empresário contratado em Santa Catarina para operar o serviço de inteligência e espionagem do governo do PT. Este tipo de prática não é compactuada pelo PSDB. Quem gosta de bancar o espião é o governador Sebastião Viana, que, em Brasília, ajudou a quebrar até o sigilo fiscal de um caseiro para ajudar um colega corrupto”.
Segundo o deputado tucano, o governador do Acre teria ajudado a quebrar o sigilo fiscal do caseiro Francenildo dos Santos, que acusou o então ministro da Fazenda Antonio Palocci de frequentar uma mansão em Brasília na companhia de lobistas. “Quem dispõe do aparelho que faz este tipo de serviço é o Governo do Acre. O senhor Sebastião Viana está tentando achar uma desculpa para sua confissão de culpa, que fez no jornal A Gazeta”, diz Rocha.
O coordenador geral da campanha eleitoral do PSDB afirmou que vai “buscar no Poder Judiciário, uma resposta contra as acusações levianas do governador Sebastião Viana, que tenta macular a imagem do meu partido e inverter os papeis, na espionagem institucional que acontece há mais de oito anos, patrocinada pelo dinheiro do contribuinte, para atingir adversários políticos e supostas ameaças ao plano de poder do PT”, finaliza Rocha.
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