domingo, 12 de julho de 2009

Notícia postada no site: www.folhadoacre.com.com

Geraldinho denúncia a truculência autoritarismo com que os policiais militares são tratados no Acre
A grave situação vivida pelos profissionais que atuam na segurança pública do Acre foi retratada por um policial militar ao senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) através de email. Na mensagem, além de pedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300/08 (equiparação salarial entre as polícias e bombeiros militares de todo o país com os do Distrito Federal), o policial defende a desmilitarização da PM e denuncia a forma truculenta e autoritária utilizada pelos superiores no tratamento com os subordinados.

“A PEC 300, que estabelece como fizemos no campo da educação, patamares de remuneração do policial militar em todo o país, unifica, institui um piso salarial para os policiais militares de todo o país. Por conta desse pronunciamento, recebi um e-mail, de um policial militar do meu Estado. E ele me pede, no final, para não dizer o nome dele, para não complicar sua situação com seus superiores, pois falar sobre a corporação é complicado. Lembrando o caso da prisão do Major Rocha, que foi preso por reivindicar melhorias para os policiais militares”, diz Mesquita

Ao ler a mensagem eletrônica, da tribuna do Plenário, Geraldo Mesquita Júnior lembrou que já vem advogando a aprovação da PEC pelo Congresso Nacional. Ele também falou sobre a necessidade de a hierarquia militar deixar de ser sinônimo de truculência e autoritarismo. Por outro lado, o senador discordou da necessidade de haver uma desmilitarização da polícia militar por entender que ela cumpre papel importante como força auxiliar do Exército.

“O que esse militar está passando, reflete a realidade da segurança pública do Acre. Em outras palavras, é que disciplina não é sinônimo de truculência ou autoritarismo. É claro que a tropa tem que ter disciplina. É uma força auxiliar do Exército. Nesse ponto, ele está equivocado. Mas disciplina não significa truculência e autoritarismo. Vivemos tempos de plena democracia. Creio que é inadmissível o que se passa, segundo relatos que recebo todos os dias, mas estou aberto a quem do meu Estado quiser se manifestar. Todas as reivindicações posso afirmar, serão lidas aqui, sou um representante do povo e dos trabalhadores do Acre, as manifestações que chegarem inclusive contrárias a essa posição. Vivemos uma democracia consolidada, não podemos omitir opiniões, este é o papel do parlamentar”, lembra Mesquita.

O senador Geraldinho diz ainda, que os policiais militares, sofrem constantes pressões pela ultima manifestação realizada em Rio Branco, quando centenas de militares, se reuniram em uma manifestação pacífica. Por essa manifestação, vieram as punições, baseadas em códigos disciplinares ultrapassados, onde o Major Rocha foi preso por ter sido identificado como um dos líderes da manifestação, passando alguns dias detido, saindo apenas após a greve de fome que fez nas dependências do quartel.

A situação de segurança pública do Estado, também foi relatada durante o pronunciamento de Geraldinho. Segundo o senador diariamente os assaltos, arrombamentos e crimes contra a vida, se multiplicam, mostrando que as punições constantes de militares, refletem de forma direta no combate a criminalidade. A violência tem índices alarmantes, provocando uma onda de terror na população da capital, Rio Branco e nas cidades do interior. As instituições ligadas a segurança pública convulsionam em meio a inércia do poder público.

As propostas e planos salariais apresentados pelo Governo do Estado é a prova que os altos cargos recebem favorecimento. O governo do Acre encaminhou uma proposta vergonhosa, os soldos dos soldados seriam acrescidos de R$ 124, enquanto o salário de um coronel receberia um reforço de R$ 2.200. "Somente o aumento desse coronel seria maior do que o salário de um sargento com 15 anos de serviço", diz o policial no email ao senador.

“Vou, sim, continuar advogando a aprovação da PEC 300, porque acho que é um passo importante você estabelecer um teto para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de todo o País, para que a gente tenha uma Polícia Militar cada vez melhor, um Corpo de Bombeiros cada vez melhor, servindo cada vez melhor à população brasileira”, finaliza Geraldinho.

INTEGRA DO EMAIL LIDO PELO SENADOR
Sou policial militar no Estado do Acre. Estava eu olhando os jornais hoje, pela manhã, e vi uma matéria falando de um pronunciamento seu em favor dos militares estaduais (Policiais e Bombeiros Militares), referente ao apoio da PEC 300.

Senador, a aprovação dessa PEC pode ser o primeiro grande passo do Brasil rumo a uma verdadeira mudança na segurança pública, pois temos visto que os governos estaduais não têm interesse nessa mudança. Sou sincero em dizer que fiquei muito triste em ver que nenhum representante do meu Estado havia se manifestado a favor dessa PEC, como também da manifestação PACÍFICA que aqui [lá no Acre], foi feita pelos militares estaduais do Estado. Enquanto nenhum Parlamentar do meu Estado se manifestou, o Deputado Federal Capitão Assunção, tem se manifestado frequentemente nos defendendo e questionando a forma como se deu a prisão do Major Rocha.

Houve um major, lá, que cumpriu “cana”, como se diz, prisão.

Gostaria senador que Vossa Excelência abraçasse essa causa.

Eu sempre assisto à TV Senado e vejo como o senhor tem o respeito e a credibilidade dos seus pares, etc.

Caro Senador gostaria de deixar ao senhor uma proposta de projeto que pudesse acabar com o militarismo nas polícias, deixando o militarismo apenas para quem de direito que é o Exército brasileiro. Senador é impossível se ter uma segurança pública de vergonha com a Polícia que tem um treinamento militar para lidar com uma sociedade civil. O policial militar é maltratado, ameaçado dentro dos quartéis, não tem direitos constitucionais, como é dado a todo o cidadão brasileiro, como, por exemplo, o direito de expressão; não possui direitos trabalhistas, como as demais classes, ou seja, é discriminado e, além do mais, é mal remunerado. O policial militar, Senador, é preso, disciplinarmente, por qualquer motivo, basta seu superior querer. Todo o cidadão é inocente até que se prove em contrário. O militar estadual é o contrário, ele é culpado até que ele prove inocência, sendo preso e somente depois irão se ver se é culpado ou não. Dessa forma, Senador, é impossível que o policial militar, que é maltratado, discriminado, calado por regimentos que datam da ditadura militar, preste um bom serviço à comunidade. Todos esses problemas que ele sofre, com certeza, se refletirá no seu serviços nas ruas. Portanto, Senador, a desmilitarização ou a unificação das policiasse faz necessário de forma urgente. Nessa classe, hoje, não se fala em auto-estima, pois essa é uma palavra que o policial militar desconhece. Para o senhor ter uma idéia o governo do nosso Estado propôs um aumento salarial, onde o aumento do soldado é deR$124,00 e o do coronel, que é contra as reivindicações salariais, é de R$2.200,00, a proposta que o Governo fez de reajuste da remuneração da Polícia Militar. Ou seja, só o aumento do coronel é maior do que o salário de um sargento com 15 anos de serviço. Faça uma pesquisa para que o senhor tenha a verdadeira idéia da insatisfação dessa classe, que tem dado sua vida em prol de outras vidas e tem sido massacrada por isso.

Um comentário:

  1. Hoje, estamos às portas do recesso legislativo e nada do governo se manifestar sobre a contra proposta dos policiais. Continuem votando no PT!!!!!!!

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