segunda-feira, 27 de julho de 2009

Moradores do Rio e do ES pagam contas da PM para garantir segurança em bairros



Moradores de bairros de classe média de Vila Velha (região metropolitana de Vitória) e do Rio de Janeiro arcam com custos da Polícia Militar para garantir a presença de policiais e segurança nos locais. Em São Paulo, a PM afirma que há casos em que a população paga aluguéis ou cede imóveis em comodato --caso do 7º Batalhão, no centro da capital.


No Espírito Santo, os moradores pagam o aluguel de uma base da PM, as contas de água, luz e celular. São cerca de R$ 1.200 por mês. O pagamento garante uma certa "exclusividade" ao morador, como diz o presidente do Conselho de Segurança Interativa do bairro Cristovão Colombo, de Vila Velha, João Maduro.


"Você até é atendido pelo 190, mas é mais demorado. Se você liga para o celular da PM é muito mais rápido. Eles têm cadastrados os nomes dos moradores no celular, nem precisa dizer onde é o problema."


Segundo ele, na base há cinco policiais militares que trabalham com a comunidade --fazem palestras, reuniões e atendem "casos de família". A vantagem da "comunidade financiar o espaço", diz, é o fato de que o morador pode reclamar e exigir mais.


Na Praia da Costa, bairro de classe média alta de Vila Velha, a associação de moradores cedeu o imóvel onde funcionava a antiga sede e ainda arca com as contas de água, luz e telefone. O presidente da entidade, Gilson Pacheco, diz que é um "auxílio".


"A gente já paga os impostos e deveria ter a segurança. Mas como não tem, garantimos a presença deles assim." Cerca de 4.000 imóveis pagam R$ 2 por mês para a associação.


De acordo com o comandante-geral da PM do Espírito Santo, Oberacy Emmerich, a polícia investe em bases móveis, mas as comunidades de Vila Velha optaram por manter os imóveis, onde também ocorrem as reuniões das associações, o que faz com que as contas sejam pagas por elas. Sobre os celulares, o comandante diz desconhecer o fato, mas afirma que vai investigar.


No Rio de Janeiro, o presidente da Associação dos Moradores da Lauro Müller e Adjacências, Abílio Tozini, diz que a associação paga as contas de dois Nextel usados pela cabine policial da rua de Botafogo, na zona sul. Segundo ele, as despesas ficam em R$ 180.


A presidente da Associação dos Moradores da Fonte da Saudade e Adjacências, também na zona sul do Rio, Ana Simas, diz que há dois meses a cabine da região foi reativada. Ela afirma que fornece água para os policiais e "puxa a luz de um prédio" da região para a cabine.


Por e-mail, a assessoria de imprensa da PM fluminense diz que as bases atuais são custeadas totalmente pela Secretaria da Segurança Pública.


CÍNTIA ACAYABAJOÃO PAULO GONDIMda Agência Folha
Pergunta do leitor: Será que o Acre está no mesmo caminho? já que o Banco do Brasil contribui mensalmente com uma certa quantia em dinnheiro em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul.

4 comentários:

  1. O QUE É SER UM POLICIAL MILITAR?
    Policiais são humanos (acredite se quiser!) como o resto de nós. Eles vêm em ambos os gêneros, mas na maioria das vezes são do sexo masculino. Eles também vêm em vários tamanhos. Na realidade, depende se você estiver à procura de um deles ou tentando esconder algo. Quase sempre, no entanto, eles são grandes. Encontra-se policiais em todos os lugares: na terra, no mar, no ar, a cavalo, em vtr, e até na sua cabeça. Independente do fato de "nunca se encontrar nenhum quando se quer um", eles geralmente estão por perto quando mais se precisa. A melhor maneira de conseguir um é geralmente usando o tel.
    Policiais dão palestras, fazem partos e entregam más notícias. Exige-se que eles tenham a sabedoria de Salomão, a disposição de um cavalo corredor e músculos de aço - muitas vezes são até acusados de terem o coração fundido no mesmo metal.
    O PM é aquele que engole a saliva a grandes penas, anuncia o falecimento de um ente querido e passa o resto do dia se perguntando porque, oh Deus, foi escolher esta porcaria de trabalho.
    Na TV, o PM é um idiota que não conseguiria encontrar um elefante numa geladeira. Na vida real, espera-se dele que encontre um menininho loiro, "mais ou menos desta altura", numa multidão de quinhentas mil pessoas e que fica se escondendo da polícia porque seus pais o ensinaram a ter medo como forma de educá-lo. Na ficção, ele recebe ajuda de detetives particulares, repórteres e de testemunhas "eu sei quem foi". Na vida real, quase tudo que ele recebe do povo é "eu não vi absolutamente nada".
    Quando lhe dá uma ordem dura, para proteger sua vida, ele é grosso. Se ele te soltar com uma palavra gentil, é uma mocinha. Para as crianças, ele é um amigo, para outras, um monstro, dependendo da opinião que têm seus pais a respeito da Polícia. Mas algumas vezes, o momento mais recompensador é quando, após fazer alguma gentileza a um cidadão, ele sente o caloroso aperto de mão, olha nos olhos cheios de gratidão e ouve, "obrigado e que Deus te abençoe". Eu sou um POLICIAL MILITAR

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  2. Qunado o Estado não se faz presente acontece esse tipo de coisa. Algo semelhante acontece também com alguns municipio do interior onde os prefeitos auxiliam os policiais, só que quando alguém da familia deles é presa, eles cortam o auxilio. Isso é uma vergonha.

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  3. A AUSÊNCIA DO ESTADO GERA AS MILÍCIAS, QUE AOS POUCOS, VÃO FAZENDO SEU PAPEL! SALVE OS NOBRES MILICIANOS!!!

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  4. SD PM Flávio, não pude deixar de me emocionar ao sentar diante do meu computador, ao fim de um turno de 24 horas de serviço e ler o seu magnífico texto.
    Você traduziu com perfeição o que é ser um policial independente de ser ou não militar.
    Parabéns pela leveza e dureza do texto, companheiro!
    É bom perceber que não somos mais a polícia do Esquadrão da Morte ou que quer dar golpe de Estado (embora haja muitos analfabetos mandando em esclarecidos), como disse um promotor (filho de juiz corrupto)!

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