O coronel Júlio César, comandante da 2ª Região de Policiamento do Juruá, disse nesta terça-feira (24), que o comando instaurou sindicância para apurar a aplicação da tática de dispersão utilizada pela guarnição da COE, após a partida entre Náuas x Juventus, no último domingo no estádio Arena do Juruá, em Cruzeiro do Sul.
O oficial disse que já foi instaurado o procedimento administrativo para ouvir todos os policiais que estavam de serviço no local na noite do episódio, quando a policia atirou contra torcedores bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar a multidão que protestava contra o árbitro Carlos Ronne.
O árbitro acrescentou 8 minutos ao tempo regulamentar do jogo, quando o Náuas vencia por 2 x 1, mas encerrou a partida aos 50 minutos, logo apos gol de empate do time visitante.
Segundo o comandante, as imagens mostram claramente que a atitude dos policiais não foi correta, uma vez que existiam outras possibilidades de retirar a arbitragem do campo de jogo sem a necessidade do confronto com a torcida.
“Só poderemos tomar alguma providência, depois que a sindicância for concluída. As imagens são claras, embora pareça um ato grave, iremos aguardar. Vãos dizer ao final do procedimento administrativo se a tática utilizada foi correta ou não. A principio a gente não orienta a utilização do gás”, disse o coronel.
Júlio César ainda falou que a PM no Juruá irá rever os procedimentos para a atuação do policiamento em dias de jogos. Ele garantiu que na próxima partida a policia estará de plantão no local, mas como novos procedimentos para evitar que se repitam novos confrontos.
PM não dispõe de escudos para situações de conflito
A imagem publicada ontem pela imprensa de um policial usando como “escudo” uma mesa de plástico durante a confusão, explicitou a falta de estrutura que os policiais enfrentam para trabalhar no Juruá.
O próprio coronel Júlio César reconheceu a falha e disse que o comando assume a responsabilidade pela falta do equipamento de segurança. Ele revelou que quando a PM precisa desse tipo de equipamento para as operações no Juruá, solicita em caráter de empréstimo á direção do IAPEN em Cruzeiro do Sul.
“A polícia não dispõe daquele tipo de equipamento aqui. Nem os escudos em acrílicos nem os escudos balísticos, embora já tenhamos solicitado. Foi feita uma licitação para compra dos escudos e me parece que em breve serão enviados para o batalhão, mas até lá, iremos recorrer aos escudos do pessoal do presídio”, finalizou.
Jairo Barbosa – jbjurua@gmail.com
Muito difícil, quase impossível conquistar o apoio e o respeito da população dando tiros e cacetadas, ainda que seja contra baderneiros, afinal, policial não é babá de marmanjo.
ResponderExcluirRespeito tem que merecer.
A apuração é coisa de praxe. Ninguém vai dar o parecer de que a COE utilizou os meios disponíveis (gás) para dispersar os torcedores, e proteger a integridade física do trio de arbitragem. O ideal seria os escudos, mas eles não têm. Se mandar punir, mande a cúpula do SSP que não viabilizaram os equipamentos necessários para atuação em casos de CDC (Controle de Distúrbios Civís). PARABÉNS COE DE CZS! APESAR DAS BESTEIRAS COMENTIDAS PELO ÁRBITRO.
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