quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"GOVERNO VAI ABRIR O SACO DE MALDADES", DIZ DEPUTADO SOBRE VOTAÇÃO DA PEC 300


Líder diz que votação da PEC 300, que cria piso salarial para policiais militares e bombeiros, deve ser discutida com nova presidente e governadores eleitos, pois a conta ficará para os estados.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), informou nesta terça-feira as prioridades de votação para o Executivo até o fim deste ano: as medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta, os projetos que tratam do pré-sal e o Orçamento da União para 2011.

Para esta semana, a expectativa é votar 3 MPs (493, 494 e 498), embora Vaccarezza reconheça que o ritmo de votações costuma ser mais lento devido às discussões em plenário.

Sobre os projetos que faltam para regulamentar a exploração do pré-sal, Vaccarezza afirma que há um entendimento de que eles podem ser votados mesmo se a pauta estiver trancada por medidas provisórias.

Em relação ao Orçamento 2011, o líder disse que, embora seja prioridade para o governo, a votação da proposta pode ficar para o ano que vem se houver muita pressão em favor de outras matérias em troca da aprovação do texto.

Piso para policiais
Em relação à PEC 300, que cria piso salarial para policiais militares e bombeiros, Vaccarezza disse que o tema tem que ser discutido com a presidente eleita Dilma Rousseff e com os governadores eleitos, no âmbito da discussão do financiamento da segurança pública no País. "Quem vai pagar a conta são os estados", afirmou.

Quanto à possibilidade de nova invasão da Câmara por policiais, o líder disse que "ameaças e medo não devem determinar a votação de matérias" e que "cada Poder tem um rito próprio".

DEM discorda
Já o líder do Democratas, deputado Paulo Bornhausen (SC), disse que o partido só concorda com a votação da primeira MP da pauta, a 493/10, que cria cargos no Itamaraty. Em relação às demais, segundo o deputado, não haveria acordo, especialmente em relação à MP 494/10, que trata do Sistema Nacional de Defesa Civil.

“As defesas civis estaduais, principalmente a de Santa Catarina, são contrárias a essa MP e à forma com que ela trata a defesa civil. Há itens que desmontam as defesas civis e trazem prejuízos de médio e longo prazo. Nós queremos discutir isso melhor, e o governo tem de ter flexibilidade para melhorar o texto”, disse.

Bornhausen disse ainda que não acredita na votação de outras propostas que não sejam as MPs que trancam a pauta. Ele disse que o governo vai “abrir o saco de maldades” e cancelar a votação de melhorias para carreiras, como o piso nacional de policiais e bombeiros (PECs 446/09 e 300/08).

“O governo que defendeu, durante a eleição, melhorias para diversas categorias, agora parece que vai abrir o saco de maldades e começar a cortar uma série de votações importantes como a PEC 300 e as outras propostas da segurança”, disse o deputado, referindo-se à criação da Polícia Penal (PEC 308/04).

FONTE: Agência Câmara

2 comentários:

  1. sapatão safada,bem feito aos policiais que votaram no pt

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  2. Todo castigo é pouco pra quem vota no pt!
    No entanto, em 2012, vc que votou no pt pode se redimir votando na oposição!
    Explico: para derrubar um presidente deve-se eleger vereadores e prefeitos de outro partido, em pouco tempo o poder muda de mãos...

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