Por Deputado Major Rocha
O Acre está
completando 16 anos de gestão petista e todos os anos ouvimos a mesma ladainha
que tenta mostrar um Acre virtual. Longe da propaganda oficial, regiamente paga
com recursos públicos, pouca coisa temos para comemorar. Apesar do longo espaço
temporal o povo acreano ainda espera o cumprimento de promessas feitas na
primeira eleição e que parecem ter sido esquecidas ou substituídas por novas
fabulas eleitoreiras. 40 mil empregos, 20 mil casas populares, saúde de
primeiro mundo e o melhor lugar para se viver da Amazônia são apenas as mais
conhecidas e se tornaram exemplos de formula petista que, aliada ao uso e abuso
da máquina pública serviram para ludibriam o cidadão incauto.
A mídia oficial
criou um Acre virtual, sustentado com os milhões de reais gastos nas contas
mais do que suspeitas da tal Companhia de Selva. No Acre gasta-se mais com
propaganda do que com a segurança da população. Quando falta remédio e material
nas unidades de saúde, quando falta combustível e material de expediente nas
delegacias, quando faltam professores e materiais para os alunos, quando falta
água nas torneiras, quando andamos em ruas e estradas esburacadas, quando
observamos a falta de emprego para nosso povo, quando constatamos os dados que
apontam que quase 70% da população sobrevive graças a programas como o BOLSA
FAMÍLIA. Só ai é que podemos enxergar claramente a diferença entre o Acre real
e do paraíso criado pelo marketing governamental. No Acre real convivemos com
obras mal feitas e de qualidade duvidosa, ruas e estradas que não aguentam uma
simples chuva, insegurança, obras faraônicas que só serviram de escape para
justificar o desperdício de milhões de reais, como foi o caso da ZPE que até
hoje, depois de mais de seis anos, não abriga uma única indústria.
Não posso
deixar de mencionar a truculência com que o governo e seus integrantes tratam
instituições sérias e respeitadas como Poder Judiciário e Policia Federal. Por
falar em Policia Federal, não posso deixar de relembrar alguns dos diversos
casos de corrupção que marcaram os governos da Frente Popular: * O esquema
"BOCA DE LOBO" *Caso UTI no ar *Desvio de 22 milhões da BR 364
*Esquema do Nakamura, Tacio de Brito, Joselito Nobrega e Marcus Alexandre. Compra
de votos e abuso de poder nas eleições *Escandalo Helibras *Nepotismo * E o
mais conhecido no Acre e fora dele, a "OPERAÇÃO G-7" que envolveu
empresários, Secretários de Estado e até mesmo familiares do Governador
Sebastião Viana. As gravações divulgadas pelos poucos veículos de comunicação
que não se subordinaram as vontades da Casa Rosada, mostraram todas as tramóias
e os favores dispensados aos corruptos que se locupletam com os recursos que
deveriam beneficiar o povo acreano. Não me causou nenhuma estranheza a forma
como a tropa de choque estatal, comandada pelo próprio Sebastião Viana,
tentaram desqualificar e desmentir o trabalho realizado pela Policia Federal.
Assim como aconteceu com o caso "MENSALÃO", na "G-7"
aqueles que foram acusados de surrupiar dinheiro público quase foram
beatificados.
Outra coisa que
marca esses quase 16 anos de desgoverno é o endividamento que o Acre
experimentou, principalmente nos últimos 3 anos. Para sustentar o Acre virtual
o governo petista contraiu uma dívida bilionária que ficará de herança para o
povo pobre que reside no Acre real. O recurso utilizado para pagamento dessa dívida
gigantesca comprometem ainda mais a prestação de serviços essenciais. Educação:
Apesar da falsa propaganda, no Acre, infelizmente, a realidade é calamitosa.
Vejamos alguns números ilustrativos. Segundo dados do IDEB revelados pelo
Ministério da Educação em 2011, quase 11% dos alunos das séries iniciais e 9,5%
dos estudantes das séries finais do ensino fundamental da rede pública estadual
foram reprovados ou abandonaram o ano letivo. No ensino médio público estadual
foram repetentes mais de 21% dos estudantes. No total 17.391 estudantes gerando
um desperdício de recursos da ordem de sessenta milhões de reais. Os dados da
Prova Brasil, teste oficial de desempenho em matemática e português do
Ministério da Educação aplicado em todo o ensino básico, confirmam a
precariedade do ensino e a falta de aprendizado de gerações de acreanos. É
espantoso saber que, em 2011, 67% dos estudantes dos anos iniciais do ensino
fundamental estavam abaixo da média mínima satisfatória em língua portuguesa;
87% abaixo do mínimo em matemática. Nos anos finais do ensino fundamental, 81%
dos alunos encontravam-se abaixo da média mínima satisfatória em língua
portuguesa. Pasmem! Em matemática, o percentual abaixo do mínimo foi de 90%. Os
dados negativos são abundantes, esses são alguns dos mais significativos.
Existe uma infinidade de outros indicadores sobre os níveis insuficientes
alcançados pelo ensino no Acre. No Acre real quase 70% do quadro de professores
é temporário e o concurso público, anunciado ano passado, só contratará 873
professores.
Enquanto a
propaganda do Acre virtual alardeia 2500 vagas do tal cadastro de reserva, a
Saúde Pública entre 2011 e 2013, foram fechados 116 leitos no Acre. Em andanças
recentes no município de Rodrigues Alves e Jordão, encontrei aparelhos de Raio
X que estava encaixotado há mais de um ano, na Unidade Mista de Saúde. Que tipo
de gestão deixa faltar até o básico como lençóis limpos? E como não lembrar do
caso daquele senhor que teve que se acorrentar em uma das cadeiras da galeria
da ALEAC para poder conseguir a realização de uma cirurgia para sua genitora.
Ouço acreanos contando maus tratos e humilhações sofridas por eles e familiares
no atendimento à saúde. Percebo que as reiteradas promessas de melhoria no
atendimento público de saúde perderam a credibilidade pelo simples fato de que
nunca foram cumpridas pelo grupo que governa o Acre há décadas. A má gestão dos
recursos humanos e financeiros da Saúde Pública no Acre é patente e a
precariedade do atendimento é notória. Em estudo exclusivo do Instituto Trata
Brasil sobre os serviços de saneamento básico prestados nas 100 maiores cidades
do País é revelado que Rio Branco se localiza na 91ª colocação. A base de dados
consultada para a elaboração do ranking foi extraída do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado pelo Ministério das Cidades. Os
dados são de 2011. A falta de saneamento é um dos elementos impactantes na
saúde das pessoas. O acreano merece uma Saúde Pública minimamente humana e
eficiente.
Segurança
Pública. O combate ao crime não pode se restringir maquiagem dos dados
oficiais. Precisamos de ações efetivas. Precisamos de investimentos reais.
Precisamos valorizar e apoiar nossos profissionais da segurança pública.
Policiais e Bombeiros Militares ainda esperam o cumprimento da promessa do
Governador Sebastião Viana, de que ao final de sua gestão esses profissionais
teriam um piso superior ao previsto pela PEC-300. Ou será que se tratava de
mais uma daquelas promessas eleitoreiras? É preciso endurecer as leis, aumentar
a punição e inibir o criminoso a cometer ilícitos, inclusive, o PSDB nacional
incorporou ao pacote de medidas contra a violência, projetos de autoria do
Deputado Marcio Bittar, como o de emenda constitucional que diminui a
maioridade penal para 16 anos. As cenas de violência assistidas nas ruas das
cidades e de Rio Branco e de outros municípios, de uma forma ou de outra,
derivam do avanço de máfias que controlam a venda de entorpecentes no Estado.
Uma economia aquecida e vigorosa irá permitir ao jovem que se qualifique e
obtenha um emprego bem remunerado e não presa fácil do narcotráfico.
Economia.
Sabemos que o subsolo do Acre é rico em recursos naturais. São inúmeras
pesquisas e sondagens que corroboram esse fato. É preciso transformar esses
recursos naturais em riquezas palpáveis para o povo acreano. A tarefa não é
fácil, mas dela depende o futuro de milhares de famílias. Precisamos fincar as
bandeiras do desenvolvimento na região, superar os entraves históricos e
transformar as mentalidades para que no futuro próximo possamos usufruir com sabedoria
e justiça das riquezas com que fomos agraciados. Temos que superar o
conservacionismo ideológico, que forças políticas internas e externas impõem ao
Acre. É necessário a utilização da tecnologia como aliado da preservação dos
recursos naturais permitindo a exploração, sustentável, das nossas riquezas.
Não é possível impor ao habitante do Acre o subdesenvolvimento em nome do
fetiche da preservação pela preservação. Já sabemos muito bem como a tal
florestania fez mal ao Acre e sua economia. Hoje, para o acreano, ideias de
ecologistas radicais significam marasmo econômico. É tempo de superar a
ideologia conservacionista e fazer o Acre se desenvolver. Nossa malha
rodoviária é precária, mesmo nas rodovias que ainda nem foram concluídas, como
o caso da BR 364 (Rio Branco/Cruzeiro do Sul). Precisaremos superar a
incompetência governamental, que leva décadas para construir uma rodovia e,
ainda, o faz gastando mais do que o necessário e com qualidade inexistente.
Precisaremos pensar em saídas multimodais, conjugar ferrovia, hidrovia e
rodovias, em função dos eixos produtivos do Acre e das saídas possíveis de
nossas mercadorias e das riquezas. Precisamos investir na capacitação dos
nossos habitantes para que possamos oferecer mão de obra especializada, de forma
a atrair empresas e desenvolvimento econômico. Em outras palavras, precisamos
qualificar as pessoas, elevar a escolaridade e fomentar o espírito livre e
produtor do povo acreano. Senhoras e Senhores, Educação, saúde, segurança
pública são eixos que se cruzam para fomentar o desenvolvimento econômico. Está
claro que apenas ao enfrentarmos estes problemas reais, com soluções reais,
estaremos dando um passo em direção ao progresso que o Acre sonha e merece.
Bom dia!
ResponderExcluirMeus amigos peçam pro Maj Rocha denunciar na assembleia que em Capixaba está desde sexta feira sem viatura. Está a um ano com somente uma viatura, quando ela quebra fica sem nada. É o caso de agora. Peçam pra ele ir hoje fazer uma visita, que ele vai ver de perto. O mês de janeiro quase todo passou sem viatura, e ninguém faz nada. Capixaba, apesar de ter sido divulgado que receberia viaturas do enafron, não recebeu nada, sendo que a policia civil recebeu três viaturas, e nem agente tem para dirigir. Não publiquem este comentário, pois a perseguição é grande na PMAC, apenas peçam para o Major Rocha verificar in locu que ele vai ver de perto