quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sindicância

Militares da guarda do QCG são ouvidos em sindicância por causa de matéria do site AC24Horas

Foto: AC24Horas
Vários militares que compõem a guarda do Quartel do Comando Geral (QCG) estão sendo notificados para serem ouvidos em sindicância. De acordo com informações, o motivo seria a matéria publicada no dia 17 de maio pelo site AC24Horas. A notícia tratava sobre os colchões doados pela sociedade para as famílias flageladas pela alagação e que serviam aos militares da Força Nacional, que chegou ao Acre com objetivo de acabar com a manifestação de professores, servidores da saúde e militares estaduais. (Confira a notícia, Clique AQUI).
De acordo com a matéria, a foto de uma das páginas do livro da Guarda comprovava que 14 (catorze) colchões saíram do QCG e foram entregues a uma guarnição da Companhia de Operações Especiais (BOPE) para serem utilizados no Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança Pública (CIEPS) pelos milicianos da Força Nacional. O objetivo do comando é saber das guarnições quem favoreceu para que a foto ou xérox fosse tirada.
Mais de 10 militares já receberam a intimação e devem ser ouvidos até a próxima semana. O oficial responsável pela sindicância é o Major Rubens, que possui uma personalidade tranqüila sendo conhecido como uma pessoa moderada nas palavras e justa em suas ações, o que tranqüiliza os militares, mesmo sabendo que a determinação do comando é que haja punições.
A matéria do site AC24Horas afirma que foram os próprios militares que informaram o que estava acontecendo para o deputado Major Rocha, a questão a saber é quem? 
Rocha, neste caso, quando soube do ocorrido, logo se ocupou de intervir, mas não conseguiu abortar o erro do comando, restando apenas acompanhar a entrega dos colchões no CIEPS,  confirmar a denúncia e lamentar o erro na tribuna da Assembléia Legislativa.

Até o deputado?

Sobrou até para o deputado Major Rocha. Em conversa por telefone, ele afirmou que foi "convidado" a prestar depoimento na corregedoria da PM, mesmo tendo imunidade parlamentar.

- Eu fui até o QCG e tirei uma foto do livro, depois não me contive e tirei uma xérox, porque a imagem não tinha ficado legal para a publicação. Fui ao QCG dois dias seguidos para tirar fotos e olhar o livro da guarda, disse o deputado.


Conversando informalmente com os comandantes da guarda dos dias em questão, eles afirmaram que nada viram e nada sabem a respeito da foto ou xérox do livro e que não sabem quem as teria feito.

- Isso é o governo tentando punir a quem eles podem, apesar de ter ficado claro quem realizou o ato. Deveria punir quem tomou a atitude de liberar os colchões para a Força Nacional e não  para quem fez a coisa certa de denunciar. Não tenho medo e não preciso ter, eu tirei a foto, eu tirei a xérox, se for o caso que o comandante geral Anastácio me prenda, desafiou Rocha.

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