terça-feira, 11 de maio de 2010

Descontentamento na caserna

Ameaças, falta de incentivo e apoio gera clima de tensão entre os militares
O clima de tensão dentro da corporação está cada dia mais sério, a coisa está ficando insustentável, pelo menos é o que dizem os policiais militares do 1o e 4o BPM. Os milicianos alegam que não há dialogo com seus comandantes, durante as poucas oportunidades que os mesmos se dirigem às suas tropas o fazem com ameaças.
Reclamam que os oficiais não estimulam, incentivam ou apóiam o trabalho de seus comandados. “Na última formatura o coronel disse que não merecemos os 5 dias de dispensa natalina e que vai fazer o possível para tirar esse direito da gente”, é o que afirma um policial do 4o BPM que não quis se identificar.
“A coronel falou que se não tiver produtividade nós vamos perder o abono que o governo ficou de pagar”, disse um policial do 1o BPM que pediu para não ser identificado.

Viaturas com 2 policiais aumenta insegurança
Segundo a OIT - Organização Internacional do Trabalho a atividade policial é a segunda profissão mais estressante do mundo, perdendo apenas para os trabalhadores das minas de carvão. Dentre as atividades desenvolvidas pelos policiais, o radiopatrulhamento, sem sombra de dúvida é a mais estressante e perigosa. O policial vai para o serviço e é acionado para atender todo tipo de problema. No caso do Acre esse estresse e o perigo são potencializados pela falta de efetivo, fato que faz com que as viaturas de serviço contem somente com dois policiais. “Durante o meu curso de formação me ensinaram que devemos sempre agir em superioridade numérica com relação aos criminosos, dificilmente atendemos ocorrências com apenas um agente, essa desvantagem faz com que tenhamos que recorrer constantemente ao armamento para proteger a nossa integridade” declarou um soldado.

Escala desumana prejudica policiais militares
É verdade que a escala de serviço nunca foi uma coisa que agradasse a todos os policiais militares, mais os problemas tem se agravado com a falta de efetivo. Os comandantes, com dificuldades para cumprirem as metas estabelecidas pela Secretária de Segurança, “apertam” cada vez mais as escalas de serviço, tudo para cobrirem a carência de efetivo. “A escala é desumana, trabalhamos quase todos os dias, não temos folga, não temos mais vida social, não temos tempo nem mesmo para as nossas esposas e filhos. Estamos vivendo um estresse total, vários colegas estão enfrentando problemas conjugais por conta disso e da ausência”, foi o que declarou um policial do 4o BPM. “Quando não somos voluntários para tirar o tal banco de horas, mesmo assim somos escalados no P.O. extra não remunerado”, complementa o mesmo policial.
Os motoristas também que também reclamam da escala, “Semana passada só não trabalhei na terça-feira, o cansaço e o estresse também aumenta o risco de um acidente de trânsito. Estamos sendo sugados ao máximo, somos seres humanos e não máquinas, dessa forma jamais vamos prestar um bom serviço à nossa comunidade”, assevera um motorista de radiopatrulha.
Os policiais militares atribuem essa cobrança dos oficiais a uma tentativa de mostrar serviço e com isso tentar cavar uma promoção.

4 comentários:

  1. A VERDADE É A SEGUINTE SE NÃO HOUVER PRODUTIVIDADE QUEM PERDE A GRATIFICAÇÃO É O COMANDO.

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  2. Eu vibro a cada cangaia que os oficiais pegam, eles são merecedores dela, pois, usam os praças como trampolim (sugando) e só sabem dizer amém para o governo, apenas 2% deles dão a cara a tapa e se opõem ao governo. Um exemplo é o Maj Rocha e o comandante do bombeiro que foi exornerado por não punir os praças na manifestação de 4 de maio (esses são homens). Por essas e por outras. VIVA A CANGAIA.

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  3. Já falei aqui e volto a repetir: "nossos Comandantes, em todos os escalões, precisam de reciclagem, revendo e colocando em prática os conceitos de chefia e liderança" e de administrar. Precisam saber que, na essência, Comandar nada mais é que Administrar e isso no conceito atual se faz participativamente. (ouvindo os escalões inferiores, ouvindo o "mão de obra", que são Sd, Cb e Sgt, essencialmente). Ouvir não-somente a respeito da missão PM, mas ouvir as aspirações e frustrações da tropa. Afinal Comandante que é COMANDANTE se preocupa com o bem-estar de seus comandados. Isso é o mínimo. Sem isso, as tensões só tendem a aumentar.
    Conselho: "O governo passa e a instituíção permanece."
    Cel Célio, com todo meu respeito, VÁ EMBORA! O SENHOR JÁ CUMPRIU COM SUA MISSÃO NA PMAC. TÁ VENDO A REJEIÇÃO? Sua permanência é ruim prá todos nós.
    PRECISAMOS "UU" ESCOLHERMOS NOSSO COMANDANTE GERAL.

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  4. Engraçado que o ten coronel frança deu uma mijada nos motoristas de rp e disse que estão batendo viaturas porque querem. Cade que ele sugere um curso pra motorista, esse (***moderado***)!!

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