NOTA
DE APOIO
A Associação dos
Militares do Estado do Acre (AME/AC) vem a público se manifestar em favor dos
catorze policiais militares que serão julgados no dia 14 de setembro do
corrente ano, conforme divulgado pela 2º Vara do Tribunal do Júri da Comarca de
Rio Branco. A presente nota também tem o objetivo de explicar para a população
sobre as peculiaridades desses indiciamentos.
O primeiro ponto que deve ser
entendido é que os militares não são bandidos ou praticaram crimes hediondos,
apenas se manifestaram reivindicando melhorias salariais, como fizeram os
funcionários dos Correios, os agentes da Polícia Federal ou os professores da
rede estadual ou municipal de ensino. O que eles queriam era que o governo
concedesse um reajuste sobre perdas salariais que já somavam mais de 100%, tudo
baseado em negociações e em documentos protocolados junto ao Comando da PM, à
Secretária de Segurança e Casa Civil do Governador.
O segundo ponto é que essa
manifestação não aconteceu de uma hora para outra. Nos primeiros meses de 2011,
as negociações foram acirradas e nada havia sido ganho para a categoria. Todo
esse processo, toda a demora em dar uma resposta positiva deixava os militares
apreensivos e ansiosos. Depois que o governo ofereceu 1% de reajuste para as
lideranças, a categoria decidiu paralisar as atividades em todo o estado por 24
horas por sentirem-se afrontada. Os militares tiveram a preocupação de não
deixar a sociedade muito tempo sem policiamento. Todos se reuniram com suas
esposas, esposos e filhos em frente ao Quartel do Comando Geral (QCG). Não
houve risco a integridade física da população, também não houve danos ao
patrimônio. Assim foi feito.
O terceiro ponto é o motivo que
levou à abertura do inquérito. Os militares foram indiciados porque estavam
próximos ao portão lateral do quartel. Por mais incrível que pareça, policiais
militares estão respondendo processo porque estavam apenas a alguns metros do
portão que, naquele momento, estava bloqueado por civis.
O quarto e último ponto diz respeito
às leis que regem os militares. O nosso Código
Penal Militar é de 1969, tempo da Ditadura Militar, dos anos de chumbo, da
repressão contra a sociedade civil que buscava a democracia, uma participação
ativa nos rumos do país. Infelizmente nas mudanças que aconteceram, advindos
dos movimentos sociais e nos pós 1988, não chegaram à Polícia Militar até hoje.
Por isso temos militares que não podem falar, não podem se manifestar por
melhorias salariais e de trabalho. Os catorze policiais que estão sendo
julgados são pais e mães de família e não bandidos ou criminosos perigos. A ida
desses bravos militares a julgamento já se configura em uma grande injustiça.
Isaque Félix Ximenes
Presidente da AME/AC
por essas e outras que fico indignado quando vejo policiais dizendo que apoia candidatos aliados a esses ditadores , e acreditem ainda são muito tapados, vergonha pra categoria.....
ResponderExcluir