Para o deputado estadual capitão Samuel Barreto, isso que está acontecendo é falta de gestão da segurança publica. Segundo ele, alguem está sendo beneficiado com esses contratos de locação de veiculos. Diretores da Amese sugerem que CPTur e CPTran façam patrulhamento ostensivo.
A falta de dialogo com o governo do estado e o não cumprimento dos acordos feitos no ano passado, de que seria enviado um projeto para Assembléia Legislativa visando definir a carga horária dos militares, dentre outras reivindicações, fez com que a classe deflagrasse o movimento “Tolerância Zero II”. Desta feita com mais força, já que o estado está praticamente sem segurança.
O que foi decidido neste sábado na assembléia realizada pelas Associações Unidas, na presença de mais de dois mil policiais militares e bombeiros militares, de que apenas as viaturas que estivessem devidamente licenciadas como determina o Contran, iriam circular a partir deste domingo, está sendo cumprido à risca.
Desde as primeiras horas deste domingo, que praticamente todo o estado está sem policiamento, já que as viaturas estão paradas nos pátios das companhias, como foi constatado pela reportagem do FAXAJU.
Em Aracaju, nenhuma viatura da Radio Patrulha, CPTur, Batalhão de Choque e 3ª companhia do 8º batalhão saíram para fazer patrulhamento ostensivo. A mesma situação foi verificada em Itabaiana, Lagarto e Estância. Essa situação foi criada porque cerca de 95% das viaturas da PM/SE circulavam de forma irregular, ou seja, sem o licenciamento obrigatório exigido pelo Detran.
Tanto na capital como no interior do estado a população está apreensiva com o “desaparecimento” dos policiais. Essa situação deve se complicar ainda mais a partir desta segunda-feira (16), onde o movimento é mais intenso.
A falta de dialogo com o governo está deixando os PMs e BMs revoltados e neste domingo eles começaram a mostrar o que poderá ocorrer no Pré-Caju. Caso persista essa situação, a maior prévia carnavalesca do País, pode realmente ficar sem a devida segurança, já que dos 1500 homens usados diariamente na segurança, mil são os voluntários, ou seja, os que trabalham na escala extra e como foi decidido ontem de que isso nao irá ocorrer, o problema (muito grande) está criado. O governo agora terá apenas uma opção. Ou volta a dialogar ou vai enfrentar o maior movimento já visto em Sergipe.
Apenas as viaturas da CPRv e CPTran estão devidamente emplacadas e legalizadas. Em contato com os diretores da Amese, estes disseram que “a população não pode ficar sem segurança e que a segurança deve ser feita a partir de agora pelas viaturas de CPRv e CPTran. Nós somos a favor de que as viaturas que não estiverem devidamente licenciadas, que não circulem. Portanto o policiamento terá que ser feito a partir de agora, a pé, a cavalo ou pelas poucas viaturas que estão devidamente licenciadas”, disseram os diretores.
Para o deputado estadual capitão Samuel Barreto (PSL), “isso tudo é falta de gestão da segurança publica. Há mais de dois anos que a gente vem alertando sobre, porem ninguém faz nada”, disse o deputado. Segundo Samuel, esses contratos feitos com as locadoras, “pode estar beneficiando a alguém”. O deputado explica que nos contratos há clausulas em que diz que os veículos locados, tem que estar em condições de uso e circulação. “Se esses veículos são locados, como pode estarem nessa situação. Isso só pode estar beneficiando a alguém. Isso na verdade é falta de gestão da SSP. Portanto eu repito. O policial militar só vai trabalhar dentro da legalidade”, avisou o parlamentar.
Samuel diz ainda que nada impede que o governo encaminhe o projeto à Assembléia Legislativa durante o recesso. Segundo ele, os policiais militares estão abertos ao dialogo, porem “o policial militar só vai trabalhar dentro da legalidade. É preciso que o governo de mais atenção aos PMs. Veja por exemplo o caso dos fardamento que é obrigação do estado fornecer duas vezes por ano. Faz mais de dois anos que cabos e soldados não recebem fardamento. Daqui a pouco, os PMs vão incorporar a policia civil e trabalhar sem farda”, ironizou o deputado.
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“Quanto tempo se pode segurar uma instituição em que o governo nega seus direitos?”
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