Suspeito de participar de um assalto tinha mandado de prisão em aberto. Polícia Civil nega crise e diz que houve um 'engano'.
Tácita MunizDo G1 AC
A Polícia Civil confirmou a falha no momento de checar no sistema o mandado de prisão do suspeito. A instituição alegou que o flagrante 'passou batido' pelo delegado que tinha acabado de chegar do interior e assumido a delegacia. Foi informado então, que o delegado não sabia do mandado de prisão, porque não estava na cidade e o documento, por alguma razão, não estava no sistema.
A Associação dos Militares Estaduais do Acre (AME-AC) denunciou mais uma vez uma suposta crise entre as polícias Civil e Militar em Rio Branco. De acordo com a PM, na madrugada de domingo (30) um indivíduo que estava com mandado de prisão em aberto foi preso pela PM e, em seguida, liberado por um delegado da Polícia Civil após pagamento de fiança.
Um policial militar, que prefere não se identificar, disse que durante uma blitz, quatro homens foram levados à Delegacia de Flagrantes por estarem portando ilegalmente armas de fogo. Na delegacia, um deles foi reconhecido. Alan Viana de Lima, 20 anos, apresentado nesta terça-feira (1) pela Polícia Civil, suspeito, entre outros crimes, de participar de um assalto a um laboratório em Rio Branco. De acordo a polícia, Alan também divulgava seus crimes através de um aplicativo de celular.
"O cara era bem conhecido da polícia e foi identificado, mas o mandado de prisão somente a Polícia Civil tem acesso e, não sei o que aconteceu, que não encontraram no sistema. Após fiança de R$ 1.500, por porte ilegal de arma, o indivíduo foi liberado e ainda tirou sarro da PM", conta.
Após se darem conta do equívoco, segundo o PM, a Polícia Civil fez uma operação de emergência para prender o jovem foragido da Justiça. "Depois fizeram a prisão do cara e deram todo o mérito para a Polícia Civil. Ou seja, dificultaram nosso trabalho e colocaram um cidadão de alta periculosidade na rua novamente. O governo parece que está gostando dessa situação de crise para tirar o foco das negociações salariais", acredita.
'Houve um engano'
A Polícia Civil confirmou a falha no momento de checar no sistema o mandado de prisão do suspeito. A instituição alegou que o flagrante 'passou batido' pelo delegado que tinha acabado de chegar do interior e assumido a delegacia. Foi informado então, que o delegado não sabia do mandado de prisão, porque não estava na cidade e o documento, por alguma razão, não estava no sistema.
Em seguida, após tomarem conhecimento do engano, policiais civis fizeram uma operação para recapturar Alan que havia sido liberado ainda no domingo (30) pela manhã. A polícia afirmou ainda que o fato foi um descuido e é algo isolado dentro da insituição.
Crise entre as instituições
Para o presidente do conselho deliberativo da AME, Abrahão Carlos, existe uma crise entre as polícias desde o dia 1º de março, quando um grupo de policiais militares invadiu a Delegacia de Flagrantes para resgatar um sargento que havia recebido voz de prisão do delegado Leonardo Santa Bárbara. O caso tomou repercussão nacional e teria deixado rachaduras entre as duas instituições.
Para o presidente do conselho deliberativo da AME, Abrahão Carlos, existe uma crise entre as polícias desde o dia 1º de março, quando um grupo de policiais militares invadiu a Delegacia de Flagrantes para resgatar um sargento que havia recebido voz de prisão do delegado Leonardo Santa Bárbara. O caso tomou repercussão nacional e teria deixado rachaduras entre as duas instituições.
"Nós não temos a intenção de fomentar este clima de discórdia, porque isso afeta diretamente a população. Agora, estamos com problemas muito graves que estão atrapalhando o exercício da PM", destaca.
Desde a invasão na delegacia, novas medidas foram tomadas, antes de levar o suspeito para a Defla, o policial militar precisa fazer um relatório no quartel da PM que, de acordo com Abrahão Carlos, não há equipamentos, sistema e nem pessoal para fazer o serviço. "Os PMs estão tendo dificuldades de interagir, principalmente com alguns delegados da Polícia Civil. O fato é que se houvesse comunicação entre as guarnições, o Alan não teria sido solto novamente. O preso ainda brincou com a ação da PM".
O presidente do conselho da PM disse ainda que acredita que a situação entre as polícias chegou neste ponto devido a omissão do governo diante a uma crise. "Eu não quero, quanto associação, afirmar que houve má fé do delegado, mas a falta de comunicação está sendo agravada pela omissão do governo e do próprio Estado, mais precisamente da Segurança Pública que não toma medidas efetivas para normalizar a harmonia entre as instituições. A população é a única prejudicada", denuncia.
'Não é uma crise entre as instituições', diz secretário
Procurado pelo G1, o secretário de Segurança Pública do Acre, Ildo Reni Graebner disse que o conflito é entre algumas pessoas das instituições e não engloba todos os profissionais. "São poucas pessoas, às vezes por conta de interpretações diferentes. O delegado tem uma posição, mas o policial pensa diferente. Ninguém tem a intenção de aumentar ou piorar o conflito, o nosso objetivo é trabalhar para a população", ressalta.
Procurado pelo G1, o secretário de Segurança Pública do Acre, Ildo Reni Graebner disse que o conflito é entre algumas pessoas das instituições e não engloba todos os profissionais. "São poucas pessoas, às vezes por conta de interpretações diferentes. O delegado tem uma posição, mas o policial pensa diferente. Ninguém tem a intenção de aumentar ou piorar o conflito, o nosso objetivo é trabalhar para a população", ressalta.
Além disso, Graebner também atribuiu à falta de espaço os desentendimentos entre alguns profissionais. "Em 30 dias vamos ter novos espaços com lugares para a polícia Civil e Militar. A Defla é pequena para atender toda a demanda e com a abertura de novos espaços, nós temos certeza que a crise será revolvida", finaliza.
Vou aqui falar a maior verdade do mundo, nem o secretário e nem o comandante geral e muito menos o governador tem o direito de abrir suas bocas pra dizerem que não há uma crise por que há sim uma crise só eles não querem enxergar o óbvio. Quem sabe das coisas são aqueles militares que trabalham nas ruas, diretamente com esses delegadinhos de meia tigela, eles sim estão sentindo na pele a crise que estão havendo, o boicote que alguns delegadinhos estão usando contra a PM. Eles deveriam saber que são delegados de policia e não da policia civil, eles deveria saber que a policia civil só aparece quando a policia militar faz uma prisão, agora vem esse secretário dizer na mídia que não há uma crise entre as duas policia, ora me faça o favor, quer esconder de quem e por que?, o pior cego secretário é aquele que não quer ver. CCA
ResponderExcluirDevido a burros como você, que a segurança pública é um fracasso, pois onde já se viu, "eles deveria saber que a policia civil só aparece quando a policia militar faz uma prisão" é muito cavalo mesmo.....perdoem...
ExcluirNossos governantes subestimam a inteligência do povo, tentam mascarar aquilo que todo mundo vê, falar francamente seria um sinal de respeito com a população.A soltura desse rapaz foi um erro cometido pelo delegado mediante a falta de comunicação entre PM e Pc, existe sim um problema muito sério entre as duas corporações e ninguém procura resolver.
ResponderExcluirSo estou levando presos em ultimo caso, infelizmente quem sofre é a populacao.
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