Policiais aceitam acordo com governo e encerram protestos no Amazonas
Governador se reuniu com representantes dos PMs nesta segunda. Comissão deve se reunir com governo estadual para negociar reformas.
Camila Henriques
Do G1 AM
Policiais militares suspenderam, no começo da tarde desta segunda-feira (28), o protesto da categoria, em Manaus. De acordo com Ernandes Saraiva, um dos representantes do movimento, a decisão foi tomada depois de uma reunião com o governador do Amazonas, José Melo. Após o encontro que ocorreu no fim da manhã, Melo afirmou que a lei de promoções da corporação será revisada. Desde a madrugada, um grupo de PMs promoveu protesto ao lado da Arena Amadeu Teixeira, na Zona Centro-Sul, por melhores condições de trabalho.
Ernandes Saraiva disse que as equipes vão retornar imediatamente aos postos de trabalho. Ele negou greve da categoria e disse que o movimento ocorreu para chamar a atenção das autoridades para as necessidades de reestruturação na carreira policial. "Não houve greve e sim um movimento. Tudo começou de maneira pequena na internet e ganhou grandes proporções. Nós agradecemos a paciência da sociedade. Agora, vamos voltar ao trabalho, porque recebemos garantidas de que não haverá punição", disse. Saraiva informou que uma comissão composta por membros da categoria deve participar de uma série de reuniões com o governo para definir as reformas reivindicadas pelos policiais.
"Chega de opressão. Nós esperamos muito por esse movimento. Agora, as coisas devem mudar. Essa foi a primeira vez que a categoria se uniu de verdade e sentimos que fizemos a diferença", disse o soldado Douglas Napoleão.
Também presente no protesto, o soldado José Chimenezes, lotado em uma das Cicoms da cidade, também comemorou o resultado do movimento e disse que o protesto resultará em benefícios para a sociedade. "Esse foi um dia histórico, não apenas para a polícia, mas para a sociedade. Em mais de cem anos de história, a policia do Amazonas nunca tinha se mobilizado dessa maneira. Agrademos à resposta rápida que tivemos. Houve garantidas de que não seremos punidos", disse.
Também presente no protesto, o soldado José Chimenezes, lotado em uma das Cicoms da cidade, também comemorou o resultado do movimento e disse que o protesto resultará em benefícios para a sociedade. "Esse foi um dia histórico, não apenas para a polícia, mas para a sociedade. Em mais de cem anos de história, a policia do Amazonas nunca tinha se mobilizado dessa maneira. Agrademos à resposta rápida que tivemos. Houve garantidas de que não seremos punidos", disse.
Durante o encontro com membros da categoria, o governador José Melo (PROS) admitiu que a lei de promoções da corporação necessita de revisão. Segundo o governador, uma comissão deve definir as reformas na lei. O grupo será formado por membros da Casa Civil, da Secretaria de Segurança Pública doAmazonas (SSP-AM) e representantes do movimento que promoveu protesto nesta segunda. José Melo não informou sobre prazos, mas reiterou que o governo tem o objetivo de solucionar o problema com diálogo e que vai priorizar a situação.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP) informou que o grupo de policiais que aderiu ao movimento não estava na escala de trabalho nesta segunda-feira.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP) informou que o grupo de policiais que aderiu ao movimento não estava na escala de trabalho nesta segunda-feira.
Protesto
O protesto teve início na madrugada desta segunda, quando mais de 500 PMs se concentraram em frente à Arena da Amazônia. Horas antes, o Comando-Geral da PM-AM, havia descartado a paralisação durante coletiva com a imprensa local.
Ainda na madrugada, os manifestantes tiveram acesso à área interna da Arena Amadeu Teixeira. O presidente da Apeam, Platiny Soares Lopes, disse que o total 8, 5 mil policiais aderiram ao movimento.
Segundo a soldado Fabiane Santos, de 32 anos, os praças [soldados] não possuem Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Ela afirmou que as promoções ocorrer após 15 ou 16 anos de serviço ou por meio de concurso público. "Durante os nove anos que estou na PM, tentei participar de um concurso para cabos e sargentos. Queria mudar de patente, mas na época eu não tinha cinco anos na PM, que era o tempo exigido", disse.
O protesto teve início na madrugada desta segunda, quando mais de 500 PMs se concentraram em frente à Arena da Amazônia. Horas antes, o Comando-Geral da PM-AM, havia descartado a paralisação durante coletiva com a imprensa local.
Ainda na madrugada, os manifestantes tiveram acesso à área interna da Arena Amadeu Teixeira. O presidente da Apeam, Platiny Soares Lopes, disse que o total 8, 5 mil policiais aderiram ao movimento.
Segundo a soldado Fabiane Santos, de 32 anos, os praças [soldados] não possuem Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Ela afirmou que as promoções ocorrer após 15 ou 16 anos de serviço ou por meio de concurso público. "Durante os nove anos que estou na PM, tentei participar de um concurso para cabos e sargentos. Queria mudar de patente, mas na época eu não tinha cinco anos na PM, que era o tempo exigido", disse.
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