sexta-feira, 24 de maio de 2013

Viaturas das polícias Civil e Militar do Acre são abandonadas


Maior parte da frota atual é composta por carros locados. Carros abandonados não têm condições de uso, diz secretário.

Rayssa NataniDo G1 Acre


Viaturas das Polícias Civil e Militar do Acre estão abandonadas em garagens em Rio Branco. Muitas delas ocupam parte da Unidade Penitenciária 4, conhecida como Papudinha. Mesmo com tantos veículos parados, a maior parte da frota policial atualmente é composta por veículos locados.

Segundo Major Luzelândio Freitas, chefe da Divisão de Logística da Polícia Militar, nenhuma das viaturas da garagem está em condições de uso. Ele explica que a política de locação foi adotada há quatro anos. "É uma política de estado onde foi determinado que é financeiramente mais vantajoso para a administração pública locar o veículo, já que a manutenção de peças é feita pela própria empresa", afirma.

Major Freitas diz que a vida útil das viaturas é reduzida pela utilização constante. "O carro roda todos os dias e entra em diversos locais, às vezes de difícil acesso. A manutenção, muitas vezes, sai muito mais cara do que a compra de um veículo novo", comenta.

Assim como Major Freitas, o secretário de Polícia Civil do Acre, Emylson Farias, não pode precisar o número exato de viaturas que compõem a frota. Porém, os dois explicaram que o tempo de vida útil de uma viatura de polícia é de no máximo três anos. "A maior parte desses veículos que estão parados têm pelo menos dez anos de uso", diz o secretário.

Ainda assim, o secretário admite que o local ocupado pelos carros não utilizados é impróprio, mas garante que todos estão em processo de deslocamento para o lugar adequado. "Não é para estar mais nem lá. As viaturas estão passando por perícia e depois vão para o que a gente chama de cemitério, onde ficam os bens do estado que não são mais aproveitados", explica.

Leilão



Ainda segundo Major Freitas, os carros da Polícia Militar estão em processo de descarga para futuro leilão. "Essas viaturas não servem mais para o uso da polícia, estão em processo de descarga para um futuro leilão. A questão é que trata-se de um processo administrativo de um bem público e é demorado", acrescenta.

Para o secretário Emylsom Farias, dificilmente os carros da Polícia Civil serão vendidos.  "O leilão dificilmente vai encontrar comprador para essas viaturas. Mas toda a parte funcional é aproveitada por outro veículo da polícia que necessite", garante.

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