Comandante geral da PM esquece reformulação do QO para beneficiar também os oficiais em conversa com o governo

Os oficiais que estão há quase dez anos sem serem promovidos podem ficar um tempo a mais amargando a falta de vagas no Quadro Organizacional. Isso porque na reunião realizada com o governador Sebastião Viana, na manhã de ontem, 08, a única pauta foi a alternativa para acomodar os “Cabos Romildo” que ganharam, em todas as instâncias do Estado e no Supremo Tribunal Justiça (STJ), o direito de serem promovidos a subtenentes antes de todos os sargentos pós-2006.

Um dos sites de Rio Branco, Página 20, publicou na manhã de hoje, 09, matéria referente à questão e pontuou o interesse do governo apenas com os 15 policiais militares que impetraram uma ação na justiça requerendo o direito de serem promovidos. A matéria traz uma matemática absurda afirmando que 15 pessoas prejudicariam 400 policiais militares, ao invés de afirmar que esses mesmos 15 prejudicaram 15 militares que são próximos à cúpula do governo e do comando.

Acompanhado de outros oficiais, o coronel José dos Reis Anastácio, em nenhum momento tratou sobre o inchaço do Quadro Organizacional, muito menos em aumentar o número de vagas para o quadro de oficial administrativo (QOA) ou de combatente.

Anastácio declarou à jornalista Tatiana Campos, do site Agência de Notícias do Acre, que Sebastião Viana está preocupado com o prejuízo institucional que os quinze militares podem trazer e que estudos estão sendo realizados para que isso não aconteça.

Caberá ao próprio comandante geral explicar porque não inseriu a reformulação do quadro para oficiais combatentes, administrativos, do quadro de saúde e de música em suas proposta ao Executivo Estadual.

Negociação da AME/AC

Pensado um pouco melhor na instituição como um todo, a Associação dos Militares (AME/AC), no início do ano, oficiou o governo do Estado sobre as pautas de negociação. De acordo com o documento protocolado, a preocupação do governo deve estar centrada em todas as subcategorias e não somente em parte. A ideia é abrir o quadro desde coronel seguindo proporcionalmente até segundo sargento, fazendo com que os militares ganhem reais chances de serem promovidos de acordo com seus respectivos interstícios.