ALESSANDRO FIOCCO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A crise no setor de segurança pública em Mato Grosso do Sul
obrigou os oficiais da Polícia Militar a assumir as funções de patrulhamento
nas ruas de Campo Grande e em cidades do interior.
Cabos e soldados da PM decidiram em assembleia permanecer
dentro dos quartéis, em protesto por aumento salarial.
Por lei, PMs são proibidos de fazer greve.
A categoria pede 25% de aumento imediato, enquanto o governo
propõe 7% agora, 8% daqui a 12 meses e 20% no final de 2014 para os soldados.
Para os cabos, a última parcela de reajuste seria de 14%.
Segundo o subsecretário de Comunicação do Estado, Guilherme
Filho, o governo continua negociando com os policiais e o protesto dos cabos e
soldados não resultou em prejuízo à população.
Os oficiais, porém, tiveram de substituir os subordinados na
conduções dos carros da polícia e no trabalho de patrulhamento.
O efetivo da PM no Estado é de 5.000 policiais -- 2.200 em
Campo Grande.
POLÍCIA CIVIL
O aquartelamento dos PMs se soma à greve da Polícia Civil,
que começou na última sexta-feira. A categoria também quer reajuste imediato de
25%. O governo oferece 7% agora, mais 8% daqui a 12 meses e 12% no final de
2014.
O Tribunal de Justiça considerou o movimento ilegal e
estipulou multa diária de R$ 40 mil ao sindicato, mas os policiais civis
continuam parados.
Atualmente, o salário inicial de um policial militar é de R$
2.200,00 para soldado e R$ 2.890,46 para cabo. Na civil, o inicial é de R$
2.361,00.
A proposta de reajuste salarial enviada pelo governador
André Puccinelli (PMDB) deve ser votada hoje na Assembleia.
O presidente da associação dos cabos e soldados da PM, Edmar
Soares, disse que houve adesão massiva ao aquartelamento.
"Esperamos uma resposta positiva do governador, senão
continuaremos como estamos."
Fonte: Folha de São Paulo
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