Ray Melo, da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com
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As investigações da Polícia Federal na Operação G7, que apura um grupo de sete empresas de construção civil atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Acre pautou os debates desta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
O deputado de oposição, Major Rocha (PSDB) abriu os pronunciamentos e pediu um posicionamento mais firme do governador Sebastião Viana (PT), em relação ao envolvimento de gestores de sua administração nos supostos crimes cometidos contra os cofres públicos.
O oposicionista propôs ainda a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar os desvios de recursos públicos nos programa Ruas do Povo, um dos alvos da Operação G7 da Polícia Federal, que teria detectado diversas irregularidades nas obras.
A proposta de Rocha foi rechaçada pelos governistas. Eduardo Farias (PCdoB) reconheceu a legitimidade das investigações da PF. O comunista disse que reconhece ainda, o direito a manifestação das pessoas que querem Justiça puna os réus da G7.
“Eu fui feito nesta luta e compreendo exatamente o que vocês estão sentindo.Venho nesta tribuna no momento mais difícil do meu mandato. Eu estou hoje, com todos estes episódios, como meu coração apertado e triste”, destacou Eduardo Farias.
O comunista destacou que “não podemos jogar todos no mesmo saco. Tenho absoluta certeza da integridade e dos bons propósitos do governador Sebastião Viana. Queremos pedir desculpas aos nossos eleitores, mas a FPA é maior que o erro de algumas pessoas”, enfatiza.
O líder do PT na Casa, Geraldo Pereira disse que os petista não vão tolerar que uma vez comprovadas as irregularidades, que os envolvidos não sejam punidos, mas ressaltou que o principio da democracia tem que ser respeitado e que todos tenham direito a ampla defesa.
O petista destacou que era contra a CPI da G7. “Nós não temos a competência de investigar, como a Polícia Federal. Portanto, está com a PF, MPF e MPE a investigação das irregularidades no Ruas do Povo, Cidade do Povo, Piscicultura e todos os demais programas”, finaliza
“Se alguém deste governo estiver envolvido com algo ilícito o governador vai tomar a medida certa no momento certo”, diz Ney Amorim
O primeiro-secretário da Aleac, deputado Ney Amorim (PT) defendeu o posicionamento de seu partido e do governador Sebastião Viana (PT: “Neste ato da Polícia Federal, como já disse a nota do governador Sebastião Viana, nós estamos de acordo com o trabalho realizado e apoiamos as investigações. Quero dizer que na nota do governador ficou muito clara a posição do PT. Parabenizo o trabalho da PF, acho que este trabalho já está no foro adequado, mas não podemos permitir que membros deste poder tente desmoralizar o trabalho dos colegas”, diz Ney Amorim.
Segundo Amorim, o deputado Rocha estaria se aproveitando do momento para tirar proveito político, apresentando o pedido de CPI. “A posição do PT é muito clara. Nem eu, nem o deputado Rocha temos competência para condenar ninguém. O PT mudou a realidade deste estado e promoveu a inclusão. Vamos deixar a polícia investigar e vamos ver quem está com a verdade. Deixa a Justiça decidir sobre os culpados”, enfatiza.
O petista finaliza destacando que “se alguém deste governo estiver envolvido com algo ilícito o governador vai tomar a medida certa no momento certo. O governador não compactua com crimes nem tolera postura duvidosa de qualquer um dos gestores de sua administração. Só não podemos politizar um problema sério como este. Este protesto foi feito pelo PSDB que tenta imputar uma culpa que não existe ao governador”.
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