Fim do policiamento escolar no Acre possui questões pessoais e não operacionais, afirma soldado
Enquanto alunos e gestores de escolas lamentam o fim do policiamento escolar, os militares da extinta companhia se preparam para assumir novas funções nos batalhões da capital em um trabalho ostensivo repressivo, pouco parecido com os serviços que vinham prestando à sociedade. A redação do blog 4 de Maio conseguiu conversar com um soldado do policiamento escolar que nos forneceu informações interessantes.
4 de Maio - Por que a Cia foi extinta?
Soldado - Nossa companhia foi extinta para servir os caprichos de um estralado (senhores leitores vamos omitir o nome do oficial por questões legais). Ele acabou com a Polícia da Família e agora acabou com o Escolar. Quem criou nossa companhia foi o coronel Francimar, desafeto do oficial ***. Sabiamos que mais cedo ou mais tarde nosso serviço iria acabar. Infelizmente o atual comando da PM é muito bom para eliminar o que dá certo. Foi assim com a Polícia da Familia, com o Gate (Grupo de Operações Táticas Especiais) e agora o Policiamento Escolar.
4 de Maio - O comando anunciou que a extinção iria melhorar o atendimento às escolas, na sua opinião isso vai acontecer?
Soldado - Difícil. Nosso serviço era exclusivo. Com a extinção, os policiais terão várias ocorrências para atender, a escola apenas mais uma. Nós tínhamos a missão de fazer acompanhamento de alunos problemáticos, será que o policiamento dos batalhões irão fazer isso? Acho que não. Os alunos e gestores estão certos em fazer protesto, eles sabem o quanto o sapato aperta. São eles que convivem com o tráfico de drogas nos portões, ameaças de bandidos etc. A gente conhece cada gestor e sabe identificar cada aluno em situação de risco. Além disso faziamos palestras continuamente alertando sobre os perigos das drogas, os batalhões vão fazer isso? Nós estudávamos continuamente sobre nosso serviço, o que não vai acontecer nos batalhões.
4 de Maio - De que maneira vocês resistiram a isso?
Soldado - anunciamos para todos os gestores sobre o que estava acontecendo e afirmamos que não poderíamos fazer nada porque senão iriamos presos. Assisti na televisão algumas matérias dando conta nas manifestações. Isso, em certa medida, é a prova da importância do nosso trabalho. Bola pra frente.
Deixa de ser otário meu, esse tal coronel Francibinho não fez nada pela cia escolar, esse cara é especialista em babar ovo e puxar saco. Quem realmente trabalhou na Cia Escolar foram os oficiais que realmente comandaram e nós que demos o nosso sangue para que a cia escolar andasse.
ResponderExcluirnão troco um pelo outro....são todos carrapatos do mesmo saco....e quem fica sem o sangue é a população.. incompetência.
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