quarta-feira, 24 de julho de 2013

Associação dos Militares realiza manifestação pública por melhores condições salariais e de trabalho

Da Assessoria


A Associação dos Militares (AME/AC) realizará na próxima sexta-feira, 26, a partir das 8h30min., na Concha Acústica, em Rio Branco, uma manifestação pública reivindicando melhores condições salariais e de trabalho. Entre as pautas da categoria estão a isonomia do risco de vida, o prêmio anual de valorização e carga horária de trabalho semanal.

De acordo com os líderes da manifestação, as negociações com o governo do estado não tem avançado e, em alguns casos, tem regredido. Eles citam o caso do prêmio anual de valorização que teve um corte de 40% sob a alegação de não cumprimento de metas.

- Os assessores do governo disseram que os índices de homicídios aumentaram nos últimos seis meses. Acontece que a PM e o Corpo de Bombeiros não são os únicos responsáveis por esse índice. Alguns homicídios, por exemplo, foram realizados por motivações passionais, outros por disputa do tráfico de drogas, são casos difíceis de evitar e de combater se não através de políticas públicas que envolvam saúde, educação, esporte e cultura. Não é somente um caso de polícia, é também um caso de política, argumentou Isaque Ximenes, presidente da AME/AC.

Risco de Vida

Outra pauta de negociação é a isonomia do risco de vida. Segundo a reivindicação, o percentual de gratificação de um soldado que trabalha no combate direto ao crime é muito inferior a de um coronel que trabalha no setor administrativo e não possui contato direito com criminosos. A ideia é fazer com que todos ganhem o mesmo valor. As lideranças receberam a promessa do governador Tião Viana de que em maio deste ano o benefício seria concedido, contudo, o governo do estado alegou problemas financeiros e a promessa foi adiada para agosto. Os militares passaram a não acreditam nessa possibilidade.

Carga horária

Tanto a Polícia Militar como o Corpo de Bombeiros ainda não possuem carga horária definida. Não existe uma lei complementar que estabeleça a jornada de trabalho semanal e isso faz com que os militares cheguem a trabalhar até mais de 72 horas por semana, 63% a mais do que prevê a Constituição Federal do Brasil, que é de 44 horas.

Além da jornada de 72 horas, os militares ainda devem participar das atividades de educação física e comparecer nas sessões de judiciárias para prestar esclarecimentos das prisões e apreensões que realizam.


- Estamos entrando com um mandado de injunção porque, hoje, não temos uma lei que regule nossa jornada de trabalho e é um dos nossos grandes anseios, afirmou Ximenes.

5 comentários:

  1. as metas que deveriam contar deveriam ser as que dizem respeito ao nosso trabalho... nos esforçamos muito para realizar o comércio seguro, rondas nas escolas, PBs em lugares estratégicos, abordagens impostas, sem falar nas ocorrências que temos que atender nesse ínterim. As mortes, roubos, furtos, etc, são coisas que não podemos prever, sem falar que a causa principal de tais crimes é a legislação em vigor no Brasil, que traz uma sensação de impunidade por ser muito branda com os desvios de conduta praticados pelos que se beneficiam com esse sistema arcaico!

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  2. Até que em fim, ação judicial para tentar barrar esse disparate que são 72 horas semanais. Quanto ao resto das demandas, não tenho mais esperança que na mesa de negociação o governo vá cumprir com o que já havia acertado, não há um homem de palavra nesse governo, não vejo outra medida a não ser protestar nas ruas, operação tartaruga, etc.

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  3. Com relação ao aumento salarial para PM/BM, já temos uma planilha para apresentar ao Governo? Se tem eu não fiquei sabendo! Alguém sabe???...

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    1. O governo não cumpri o que está na lei, fardamento duas vezes ao ano; não cumpre com o que foi acordado em negociações passadas como o VAM e risco de vida; faz vista grossa para negociar uma carga horária decente aos militares; imaginar negociação e cumprimento - por parte do governo - de aumento salarial, isso chega a ser cômico se não fosse trágico.

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  4. No meu ponto de vista,esse aumento da criminalidade não é somente uma questão de polícia, mais sim,uma questão cultural e social.


    Pé preto.

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