sábado, 22 de março de 2014

Sebastião Viana fomenta brigas entre policiais militares e civis para tirar o foco das categorias das negociações salariais




A falta de uma atitude séria por parte do comandante da PM, coronel José dos Reis Anastácio, do secretário de Polícia Civil, Emilson Farias, e do secretário de Segurança, Reni Graeber, para resolver os problemas envolvendo as policias civil e militar faz parte de uma estratégia ardilosa de Sebastião Viana para tirar o foco das categorias das negociações salariais deste ano. A afirmação partiu de um dos assessores governistas em uma mesa de bar, na noite de ontem, 21, em Rio Branco.


De acordo com o petista, a articulação começou na secretaria de segurança e ganhou o aval dos assessores do governo em uma reunião no Gabinete Civil. O medo dos assessores era de que a PM, Corpo de Bombeiros e os Policiais Civis se unissem para realizar manifestações este ano, o que viria a prejudicar as eleições de 2014 e a desgastar ainda mais a já péssima imagem do governador.


- A gente acabou e mandou para cadeia pessoas do crime organizado, o Esquadrão da Morte, por que a gente não daria um jeito nessa briga? Porque não temos interesse, disse o assessor com um ar debochado, depois de tomar um gole de cerveja.


Lembrando das eleições para a prefeitura de Rio Branco, o governista foi enfático ao afirmar que para eleger novamente o governador não precisa da PM e do pequeno contingente do Corpo de Bombeiros, mas que nenhuma manifestação deve acontecer para que a população não perceba os problemas.


- Em 2012, nem a PM nem o Corpo de Bombeiros votaram na gente, lá na secretária todo mundo sabe disso e a gente saiu vitorioso. Pensa comigo, o que temos de cargo comissionado no governo e nas prefeituras em todo o estado cobre o efetivo da PM e do Corpo de Bombeiros de forma fácil e pode até trazer a família também que não temos problemas, desafiou.


A estratégia nas eleições para prefeito foi lançar a promessa do Risco de Vida, que seria dada em uma única parcela no mês de janeiro, como havia sido anunciado pelo secretário Emilson Farias em um programa de Tv local. Na época, muitos militares se mobilizaram votaram no PT, tanto no atual prefeito como em seus vereadores e as coisas não foram do jeito que se imaginava.


Entre os militares


O presidente da Associação dos Militares (AME), Isaque Ximenes, explicou na manhã de hoje, 22, que as negociações estão acontecendo mesmo que os problemas com a Polícia Civil ainda não estejam resolvidos.


- Não vamos desviar nosso foco. Queremos as correções salariais para os militares e queremos também melhorias no Quadro Organizacional. Não podemos parar nossos objetivos de categoria e chamo os militares para lutarmos juntos, só o presidente e sua diretoria não são capazes de chegar a vitória, somente com o apoio de todos, explicou Ximenes.


A Ame nos últimos tempos tem se destaco na busca por melhorias, contudo, tem se esbarrado na muralha chamada governo e sua antipatia com as causas militares.


Entre os policiais civis


Depois de serem derrotados nos últimos embates contra o governo, no Sindicato dos Policiais os Civis não se pronunciaram a respeito dos conflitos entre delegados e Policiais Militares com o objetivo de resolver o caso. A vinculação ao deputado Jamyl Asfury para que portas fossem abertas no Executivo Estadual para a retomada das negociações, ao que tudo indica, não foi promissora e as pautas que estavam sendo debatidas não tiveram o efeito esperado.


A estratégia de Sebastião para derrotar o movimento foi inteligente. O governo passou a dar uma gratificação de cerca de R$ 800,00 (oitocentos reais) para algumas pessoas do movimento e isso acabou enfraquecendo o grupo ao ponto de terem que recuar. Ainda existe entre os PC’s uma vontade grande de retomar as negociações, mas o sindicatos ainda não se manifestou claramente através de seu veículo oficial.


Quanto ao episódio envolvendo policiais militares e delegados, na Delegacia de Flagrante (Defla), o sindicato lançou nota de repúdio no qual fica do lado dos delegados que meses atrás estavam tentando aprovar uma lei que só os beneficiava, em detrimento dos policiais civis. Ao fazer isso, o sindicato faz o jogo do governo de fomentar a briga e tirar o foco das negociações também para sua categoria.


A via parlamentar


Tanto as negociações salariais quanto o desentendimento entre PC e PM ressoaram dentro da Assembleia Legislativa, através do deputado Major Rocha. Na semana passada, o parlamentar conseguiu aprovar um requerimento através do qual pede a presença dos secretário Emilson Farias, Reni Graebner e do comandante da PM, José dos Reis Anastácio, para conversar com os parlamentares e resolverem o caso.


- O governo está usando esses problemas entre as instituições para não negociar com as categorias. Muitas coisas não foram resolvidas com os Policiais Civis e muitas coisas ainda não foram debatidas com os militares. Fomentar essa briga, só favorece ao governo, afirmar o deputado.


Buscando aprofundar o entendimento entre as categorias, Rocha convidou o presidente do Sinplo/AC, Itamir, para uma conversa conjunta com a Associação dos Militares (Ame) a fim de explicar para as categorias o fato e ajudar na resolução dos conflitos.


- Os militares devem ter consciência que esses problemas que estão acontecendo só servem para dividir as categorias e camuflar os problemas oriundos da cheia do Rio Madeira, da sambadinha da primeira dama, dos escândalos da contratação de Wolvenar Camargo, envolvido no G7, e acaba tirando dos nossos objetivos coisas maiores, tanto na PM quando na Polícia Civil. Não pensemos que nossos irmãos policiais civis não estão sofrendo, eles estão, e a PM também. Agora é hora de nos realinhamos e buscarmos novos direitos, não podemos parar, confio na AME e sei que teremos boas chances para sairmos vitoriosos com a união de todos.

Negociação


Os militares tem até o dia 8 de abril para ter algum benefício do governo, passada essa data, tudo que virá serão promessas para enrolar mais uma vez as categorias.

7 comentários:

  1. Atenção aos Policiais e Bombeiros Militares!!! Só temos até o dia 08 de ABRIL (menos de 2 semanas) para ter o aumento salarial encaminhado pelo governo e aprovado pela ALAC. Se não ocorrer, ADEUS AUMENTO!.. Solicitamos mais uma vez que a AME, DEP MAJ ROCHA E OUTROS convoquem URGENTE! uma assembleia com todos os PM e BM para traçarmos estratégias de ação, inteligente!

    ResponderExcluir
  2. Olá meus amigos da PM e da PC, eu penso o sequinte já que a Policia Civil preferiu faiar do lado dos delegados e não do lado da verdade o problema é deles, a policia Militar não precisa da Policia Civil não e, sim eles precisam de nós, que eles resolvam os problemas deles e nós resolvemos os nossos e o resto que se danem, tentamos não quiseram então tudo bem, só quero ver se os delegados vão acudi-los quando eles estiverem precisando de ajuda.

    ResponderExcluir
  3. Me admira muito dizer que não precisa e nunca precisou dos votos da PM, Bombeiros e pc, e as dezenas de PMs que trabalham e fazem segurança do governo, prefeito entre outros da base e que ganham gratificação será que não votam neles, muita hipocrisia, precisa-se rever valores, até onde eu sei algumas poucas vezes só recebemos percas salarias e nunca aumento de fato.

    ResponderExcluir
  4. Senhor presidente Isaque, se precisar de gente para fazer corpo e bater panela, com todo o respeito, pode convocar as esposas, estamos a postos!

    ResponderExcluir
  5. Agora a coisa vai, cuidado governador, as nossas MULHERES podem entrar em ação a qualquer momento e pretendem bater nas panelas até furarrrrr...

    ResponderExcluir
  6. Reflitam num velho ditado "A sabedoria derrota as armas."

    ResponderExcluir
  7. Está na horas de todos,eu disse de todos os PMs,darem uma resposta para esse governo que já provou que não tem o mínimo de compromisso coma nossa categoia.Chega de sermos enganados!!!!!Acorda Policia Militar!!!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir

Evite palavrões. Dê seu apoio, faça a sua crítica, mas com respeito a todos.