segunda-feira, 17 de junho de 2013

Policial no Acre recebe R$ 207, para arriscar a vida e ainda trabalhar com colete à prova de bala vencido e sem munição suficiente no revólver

Depois  de 11 reuniões com o governo, os policiais militares enfim, parece que conseguiram reajustar os valores pagos mesmo que de forma parcelada pelo estado para que eles arrisquem suas vidas em serviço no cumprimento do dever.

A principal reivindicação da categoria, que é a equiparação da gratificação do risco de morte com o coronel, será concedida em 5 parcelas, a contar do pagamento de agosto, sendo que em dezembro será paga a última parcela.

Os percentuais da correção não necessariamente serão os mesmos todos os meses, ficando dependente do cenário econômico e do Secretário da Fazenda, Mâncio Lima.
Atualmente o valor mensal da gratificação de risco de morte pago ao coronel PM/BM é de R$ 914,93. Já a do soldado padrão I é de R$ R$ 207,72. A do cabo é de 213,05 e do sargento padrão I é de R$ 251,07.

Os outros 12 pontos de pauta continuarão em discussão já a partir da semana que vem, devendo se ter posicionamentos concretos sobre eles antes do recesso parlamentar da ALEAC. A equipe de governo se comprometeu a enviar a lei que concede a isonomia do risco de vida para votação e aprovação na ALEAC antes do recesso parlamentar.

Aberta a assembleia Sargento Joelson Dias leu a pauta do dia e repassou para Abrahão Púpio, diretor da AME e da APRABMAC fazer histórico das negociações até ali, passando pelo ano de 2011 até as de 2013. Após as falas dos Presidentes Isaque Ximenes (AME) e Francisco Jusciner (APRABMAC), bem como outras que geraram muita tensão e encaminhamentos diversos, desde pedidos por paralisação até a deflagração da operação policia legal, Abrahão Púpio conduziu as deliberações finais sintetizando todas as falas em 3 propostas complementares que foram aprovadas pela maioria dos presentes:

I-) os militares aceitam a proposta de concessão do risco de vida parcelado entre agosto a dezembro, dando um voto de confiança ao Governador do Estado, tendo em vista que estava inicialmente prometido para maio de 2013, sem parcelamento;

II-) ficou marcada outra assembléia geral para o dia 14 de agosto de 2013, visando observar o fechamento da folha salarial do mês já contendo a primeira parcela em busca à equiparação do risco de vida.

III-) No caso de descumprimento pelo governo da proposta aceita pela categoria os militares deflagrarão a operação policia legal.

Pela operação policia legal os militares cumpririam a lei e não trabalhariam com coletes balísticos vencidos, viaturas com pneus carecas, sem possuir o devido curso para condução de veículos de emergência ou sem a devida categoria de habilitação requerida por lei.

Também não trabalhariam com munições e armamento fora dos padrões mínimos e iriam sem uniforme militar, uma vez que a policia militar passa até 4 anos para fornecer o fardamento que é exigência legal do Estado conceder.

Fato marcante foi a exaltação gerada pela presença de pessoas não militares que estavam espionando a reunião em nome da inteligência de governo. Outro ponto foi a presença de um dos assessores do deputado Jamil Asfury que tentou fazer a defesa do Governo e garantir o cumprimento da promessa do risco de vida pelo Governador, conforme a reunião organizada pelo deputado próximo às últimas eleições municipais.

O Assessor Daniel justificou a ausência de Jamil em razão de uma viagem do mesmo a Cruzeiro do Sul. Disse que tinha um vídeo no qual estava gravada fala recente do Governador se comprometendo com a isonomia, dizendo ainda que só não havia ainda sido cumprido por causa da situação econômica do Estado que tinha piorado em relação a 2012. Alguns policiais militares vaiaram o assessor e não quiseram ouvi-lo. Outros disseram que só militares deveriam falar na assembléia, dizendo que o assessor era bajulador e que Jamil já havia faltado com a palavra na época da greve de 2011, quando prometeu trazer um especialista para orientar sobre a operação policia legal e não o fez. Após muita discussão o assessor se retirou do local.

Abrahão Púpio e Isaque Ximenes pediram aos militares através das redes sociais que não houvesse mais polêmicas por conta de mandatários do poder legislativo, pois a diretoria entende que toda a ajuda deve ser vista com boa receptividade, não importando a bandeira partidária ou ideológica.


Um comentário:

  1. Cabe lembrar a AME que o SINTEAC fará no dia 18/06/13 outra rodada de negociações com Secretaria de Educação (SEE), visando o REAJUSTE SALARIAL e, se não forem atendidos FARÃO GREVE!.E nós PM/BM faremos o que? vamos nos contentar só com o risco de vida, que já era de direito? Não vamos apresentar uma planilha de reajuste salarial para discussão?

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