quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Greve: Polícia Militar da Bahia encerra operação "Polícia Legal"

Polícia Militar recebe 3,6 mil coletes à prova de bala
Cerca de 3.600 coletes à prova de bala para uso da Polícia Militar da Bahia chegaram por volta das 18 horas desta quarta-feira, 12, a Salvador. O desembarque do equipamento, que veio de São Paulo e pesa cerca de 10 toneladas, foi acompanhado pelo secretário de Segurança Pública, César Nunes, e pelo comandante-geral da PM, coronel Nilton Mascarenhas.
A aquisição dos coletes atende a uma das queixas apontadas como motivação para o movimento "Polícia Legal", deflagrado pelos policiais na manhã da última segunda-feira, 10, e encerrada na noite de terça. Outro ponto para a melhoria das condições de trabalho da corporação foi o comprometimento do governador Jaques Wagner nesta quarta de adquirir 983 veículos novos, entre carros e motos, para a PM. Além disso, ele garantiu a realização do curso de formação para motoristas de emergência, outra reivindicação do movimento.
Para o major Sílvio Correia, presidente da Força Invicta, da União das Associações dos Policiais Militares, os resultados da operação "Polícia Legal" foram positivos, mas a chegada dos novos equipamentos nesta tarde deve ser encarado apenas apenas como o início do movimento de requalificação da polícia. "Foi uma vitória. Mas não adianta só equipar, continuamos mobilizados e atentos à questão salarial", afirma. Os policias reivindicam o aumento do piso salarial da categoria dos atuais R$ 1,7 mil para R$ 4 mil.
Nesta quinta-feira, 13, diversas associações de policiais começam a se reunir para discutir a pauta salarial e dar início às negociações. "Fizemos duas mobilizações, uma com 7 mil [pessoas] e outra com 11 mil. O reconhecimento do governo mostra a força da mobilização", avalia.

Apesar do acordo firmado entre o governo e a maioria das 33 associações de policias nesta terça, na tarde desta quarta a Associação dos Policiais e Bombeiros e Familiares do Estado da Bahia (ASPRA), realizou uma assembleia com cerca de 50 policiais militares em que votaram pela continuidade da operação padrão. "Houve uma traição por parte dos representantes da União [União das Associações dos Policiais Militares]", acusou Marcos Prisco, presidente da ASPRA. Ele afirmou que o movimento não poderia ser encerrado sem essa assembleia. Atualmente, Prisco não exerce a função de policial. Em 2001, ele foi demitido da PM depois de participar da greve da categoria e aguarda a reintegração.

Fonte: A Tarde On-line


Assaltantes aproveitam ausência de PMs e fazem dois arrastões
Enquanto o coronel Nilton Mascarenhas, comandante geral da Polícia Militar, e representantes de três associações da corporação discutiam o rumo do movimento Polícia Legal, dois arrastões foram registrados pela Central de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Centel), no início da noite de terça-feira (11), em Salvador.
Nas duas situações, bandidos aproveitaram a redução de policiamento para roubar moradores, motoristas, comerciantes e até uma faculdade. Alguns motoristas que passaram por volta das 18h em frente ao Parque da Cidade foram vítimas dos ataques de um grupo de adolescentes. Munidos de pedras, eles quebraram os vidros dos veículos parados na sinaleira localizada defronte a um shopping e saquearam os motoristas, principalmente mulheres.
Trinta minutos depois, a Centel recebeu o segundo chamado. Em Amaralina, cerca de dez homens, alguns deles armados, causaram pânico na Rua Visconde de Itaboraí. Enquanto um grupo roubava a Panificadora e Delicatessen Estrela do Mar, e os seus clientes, um outro invadiu o Prédio de Aulas 3 da Unifacs. “Eles levaram todo o meu caixa (R$ 400), invadiram a Unifacs e roubaram os alunos, além de tomarem as armas dos vigilantes”, contou o comerciante José Barbosa dos Santos, 51 anos. Segundo ele, desde segunda- feira que não há policiamento à noite na região.
Em seguida, o bando atacou alunos que deixavam a Faculdade São Camilo. Devido ao episódio, as duas instituições suspenderam as aulas. Os bandidos fugiram em direção ao Nordeste de Amaralina.


6 comentários:

  1. A Associação dos Militares deveria organizar um movimento idêntico a Polícia Militar da Bahia, denominado "POLICIA LEGAL", para exigir os equipamentos de trabalho (coletes,armas,fardas,etc), bem como veículos e motos em condições de serem utilizados com eficiência no combate a criminalidade, assegurando ao povo a segurança pública necessária, que o povo tem direito e a polícia o dever de executar, além disso o reajuste salarial seria muito bom, acrescido do adicional noturno nas blitz e as horas extras, ok!!!!

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  2. Aqui no Acre não temos coletes, viaturas novas, motocicletas e efetivo suficientes para o serviço,não temos fardamento para labuta diária, não temos salário digno para compensar o risco de vida que temos, além do mais, somos a bucha para esse governo: fazemos de tudo um pouco. você pode perguntar-me porque há tanta semelhança em se tratando de segurança entre o nosso Acre e Bahia de todos os santos, e eu lhe responderei: É que lá ela é governada pelo PT também.

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  3. nao se acaba uma manifestação com uma promessa de proposta, e sim com uma proposta concreta, foi isso que aconteceu na bahia, nos policiais não estamos nem um pouco satisfeitos com esta rendiçao desavergonhada dos presidentes de associaçoes

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  4. O movimento foi mal elaborado no tocante as reivindicações ,o argumento de policia legal nao foi o melhor a ser adotado,se o movimento
    fosse de dialogo nao precisava prar as atividades, mas se o movimento fosse greve teria que parar de uma vez, agora o governo
    saiu no lucro é só comprar os equipamentos
    solicitado e a policia continuar passando fome.

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  5. Tem um probleminha nisso tudo. Os petistas em sua maioria foram saco de pancadas Dos militares , exilados. Voces acham que eles iriam fazer algo para melhorar a corporação. Hoje ele é a bola da vez. Todos estão na mão dele, ou melhor, na mão de quem governa. 2010 é Wagner na cabeça.

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  6. Quero convocar a todos os PMs e bombeiros do país a nos unirmos para precionar os deputados e senadores na aprovação da PEC 300. Está é a hora da união, afinal no próximo ano é ano de eleição.

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