Ray Melo, da redação deac24horas
raymelo.ac @gmail.com
A ironia do deputado Major Rocha (PSDB) suscitou mais um
bate-boca entre oposição e situação na manhã desta terça-feira (11), na tribuna
da Aleac. O parlamentar tucano levou um pequeno bolo à tribuna da Casa, e
comemorou que “há exatos 31 dias, a população voltou a acreditar que a prisão e
a força do Estado não foram feitas apenas para prender os pequenos, mas serve
para os grandes que metem a mão na coisa pública”, disse sobre a Operação G7.
Segundo o oposicionista, a PF que não se dobrou aos ataques
e cumpriu seu papel, assim, como o Poder Judiciário. O militar da reserva falou
ainda da equiparação do risco de vida dos policiais militares, que de acordo
com ele, teria sido motivo de uma promessa não cumprida da administração
estadual. “Há um ano, o Governo do Acre se comprometeu de corrigir um erro e
equiparar o risco de vida dos militares, mas ficou apenas na promessa”,
enfatizou.
No final do pronunciamento, Rocha disparou: A equipe do
governador garantiu que em maio, os militares teriam a correção deste erro. Os
militares acreditaram e esperaram pela promessa do governador. Chegou maio, e
os militares foram enganados. “Tem um dito popular que diz: quem mente rouba”,
sentenciou o líder tucano.
O pronunciamento do oposicionista provocou a resposta
imediata de Eduardo Farias (PCdoB). O comunista disse que ficou estarrecido com
o final da fala de Major Rocha. “Que tem se notabilizado pelos arroubos que
chegam a raias da irresponsabilidade é o senhor”, disse ao interpretar que
Rocha teria chamado o governador de ladrão. “O senhor tem que voltar a esta
tribuna e retificar sob pena de arcar com a reponsabilidade pelas afirmações”,
protestou Farias.
Segundo o comunista, ele teria sido o primeiro a subir à
tribuna e reconhecer alguns erros de membros da FPA, “mas também fiz a defesa
do governador, por conhecer seu caráter e dignidade. Sei que ele está sofrendo
neste momento. Gostaria muito que o senhor retificasse sua fala aqui, e
colocasse as coisas nos devidos lugares. Sempre tive a postura de aguardar as
decisões judiciais. Só um cego que não percebe que o Acre mudou e mudou para
melhor”.
Para Eduardo Farias não se pode permitir que o momento que
Acre está vivendo, deixando as instituições apurem aconteçam falas como a de
Major Rocha. “Começo discordar de alguns atos do judiciário. Como cidadão me
permito que eu faça uma crítica aos acusados permanecerem na prisão. Prende-se
para que os acusados não fujam ou possam atrapalhar as investigações. Termino
meu discurso como comecei, pedindo ao Major Rocha que venha a esta tribuna e
reponha a verdade”, finalizou.
Rocha voltou à tribuna e afirmou que o parlamentar comunista
teria chegado no meio de seu pronunciamento e não teria percebido que ele
estaria falando não da G7, mas do risco de vida dos policiais militares.
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