terça-feira, 4 de junho de 2013

Defasagem salarial dos militares em relação ao salário mínimo chega a 68,48%


Enquanto os servidores da educação reivindicam reposição salarial de 15%, os militares amargam perdas salariais de 68,48%, acumulados de 2001 a 2012. O percentual tem como base a relação entre os reajustes do salário mínimo e os reajustes do salário inicial dos soldados da PM’s e do Corpo de bombeiros.

Em 2001, o salário inicial de um militar correspondia a 6,6 salários mínimos, reflexo ainda dos reajustes de governos anteriores aos da Frente Popular. Com a permanência do Partido dos Trabalhadores à frente do Governo Estadual, essa diferença sofreu impactos negativos gritantes chegando a corresponder a apenas 3,4, uma defasagem de 117,17%, em 2011. Enquanto o mínimo sofreu 172,50% de reajuste entre 2001 a 2011, o salário militar teve apenas 55,33%.

O Governo Sebastião Viana, com a negociação de 2011, diminuiu o desrespeito. Ao oferecer 20% de reajuste, parcelados em quatro vezes, a defasagem caiu de 117 para 68,48%, mas está longe de fazer total justiça. Segundo os dados levantados, um militar em início de carreira deveria ganhar R$ 4.519,52 (Quatro mil quinhentos e dezenove reais e cinquenta e dois centavos), ou seja, o aumento de 2013 deveria corresponder, em valores, a R$ 1.363,97 (um mil trezentos e sessenta e três reais e noventa e sete centavos), o que não vai acontecer.

Planilha apresentado em 2011

Outro problema que se agravou na administração petista foi a diferença salarial entre os grupos hierárquicos. Enquanto os reajustes aconteciam de forma muito pequena, gerava-se também redução entre as graduações e postos. Atualmente, um soldado recém-chegado à Caserna ganha 80,59% dos proventos de um cabo com seis anos de serviço e 76,5% de um sargento com nove anos de trabalho na PM/BM. Já um cabo recebe 94,93% do salário de um sargento com responsabilidades muito inferiores.

Já entre os postos, a questão se estende sobre a relação proventos e tempo de serviço. Enquanto um segundo tenente combatente e recém-promovido ganha 93,3% de um primeiro tenente, este último receberá 80,3% de um capitão. Isso pode parecer uma diferença positiva, mas o lapso de tempo entre os postos, atualmente, é de 18 anos de serviços prestados à instituição.

Os militares são uma categoria de grandes problemas e que vem sendo passada para trás há muitos anos. O fato de não poderem realizar paralisações e greves, de terem um Regulamento Disciplina e um Código Penal Militar pré-históricos fazem com que fiquem amordaçados, impotentes, acorrentados. “Um prato cheio” para desmandos institucionais e governamentais.

Chuva de containers - Engenheiros do Hawaii

"Falta pão
(o pão nosso de cada dia)
Sobra pão
(o pão que o diabo amassou)
Triste vocação
A nossa elite burra se empanturra de biscoito fino
Somos todos passageiros clandestinos dos destinos da nação
Triste destino, engolir sem mastigar
Chuva de containers
Entertainers no ar... Noir
Falta pão
(o pão nosso de cada dia)
Sobra pão
(o pão que o diabo amassou)
Triste vocação
A nossa elite burra se empanturra de biscoito fino
Triste sina, América Latina
Não escaparemos do vexame
Não caberemos todos em Miami
Ame-o ou deixe-o
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
Os trovões da chuva ácida
A acidez oceânica de uma laranja mecânica
Falta pão
(o pão nosso de cada dia)
Sobra pão
(o pão que o diabo amassou)
Falta circo
(no mundo que nos cerca)
Sobra circo
(é só pular a cerca)
Sobra circo... falta pão
Falta circo... sobra pão"


Fonte: Enviado por um militar

2 comentários:

  1. A falta de criatividade e competência faz isso: copiar as ideias dos outros.

    ResponderExcluir
  2. Não foi tomada a ideia como própria, poderia, sim, realizar outra planilha, mas essa foi bem feita, por isso nada foi modificado. Pelo contrário, ao aproveitar esses dados, este Blog realizou um reconhecimento a um trabalho bem feito. Sendo assim, não é incompetência ou falta de criatividade, mas respeito e reconhecimento ao um pequeno serviço que foi importante em 2011 e que só precisava ser atualizado.

    ResponderExcluir

Evite palavrões. Dê seu apoio, faça a sua crítica, mas com respeito a todos.