Marina Novaes, Direto de São Paulo, do Site Terra
Durante os protestos em São Paulo, na noite desta
segunda-feira, um grupo de cerca de 10 policiais militares acompanharam
ativistas e se sentaram na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Eles foram
aplaudidos por integrantes do protesto.
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"Isso é uma demonstração de respeito da Polícia Militar
à vontade política da população", diz Matheus Prei, integrante do
Movimento Passe Livre e que acompanha os policiais. "Estamos vivendo uma
experiência que nunca vivemos. Estamos aprendendo com essa passeata. Quando a
gente não é reprimido, a gente consegue manter o controle das pessoas e não tem
vandalismo, nem violência."
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na
tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais
entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram
em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de
borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
Durante os atos, portas de agências bancárias e
estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos
pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão
opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou
dispersar os protestos.
Segundo a administração pública, em quatro dias de
manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de
depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de
junho, bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na
rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das
forças de segurança, que se espalharam pelo centro.
O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de
surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger;
motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em
meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos,
ameaçados ou agredidos.
No dia seguinte ao protesto marcado pela violência, o
governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que via
"ações coordenadas" oportunistas no movimento, reiterou
"a defesa do direito de ir e vir" da população, mas garantiu que não
permitirá que os manifestantes prejudiquem a circulação de veículos e pessoas.
No mesmo dia, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a
polícia deve ser investigada por abusos cometidos, mas não
deixou de criticar a ação dos ativistas.
As agressões da polícia repercutiram negativamente na
imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram
relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização
ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo.
Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos
protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos
foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados
Unidos e América Latina.
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São
Paulo passaram a
custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3,
vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse
feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo
IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um
esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em
nota.
O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia
ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração
Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) para o transporte público. A proposta foi
aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução
das tarifas.
Bom dia a todos que sonham e buscam dias melhores (sem corrupção, sem desigualdade social e sem descaso político). Ontem tivemos a oportunidade de ver e os políticos de sentir, a força que tem a população não só através do voto, mas também através da manifestação nas ruas.
ResponderExcluirIsso é só o princípio de muitas que acontecerão se os políticos não começarem a trabalhar e pensar de fato na população. A população não aguenta mais conviver com tanta corrupção, descaso, desonestidade, irresponsabilidade e improbidades administrativas. Precisamos rever essa situação política que o Brasil está passando e fazermos uma renovação positivista, construtivista e socialista democrática de imediato.
Não podemos admitir que tenhamos como presidente do senado, por exemplo, uma pessoa como Renan Calheiros que foi condenado pelo crime de corrupção ativa e presidia uma das casas mais importantes do Brasil, isso é uma afronta aos direitos humanos à democracia e ao povo Brasileiro de forma geral.
O Brasil acordou e agora senhores políticos, tomem bastante cuidado quando pensarem em brincar com a dignidade do povo Brasileiro.
O povo os coloca no poder, o povo os tira também!
POLICIAL CIDADÃO.