Depois de 11 reuniões com o governo, os policiais
militares enfim, parece que conseguiram reajustar os valores pagos mesmo que de
forma parcelada pelo estado para que eles arrisquem suas vidas em serviço no
cumprimento do dever.
A principal reivindicação da categoria, que é a equiparação
da gratificação do risco de morte com o coronel, será concedida em 5 parcelas,
a contar do pagamento de agosto, sendo que em dezembro será paga a última
parcela.
Os percentuais da correção não necessariamente serão os
mesmos todos os meses, ficando dependente do cenário econômico e do Secretário
da Fazenda, Mâncio Lima.
Atualmente o valor mensal da gratificação de risco de morte
pago ao coronel PM/BM é de R$ 914,93. Já a do soldado padrão I é de R$ R$
207,72. A do cabo é de 213,05 e do sargento padrão I é de R$ 251,07.
Os outros 12 pontos de pauta continuarão em discussão já a
partir da semana que vem, devendo se ter posicionamentos concretos sobre eles
antes do recesso parlamentar da ALEAC. A equipe de governo se comprometeu a
enviar a lei que concede a isonomia do risco de vida para votação e aprovação
na ALEAC antes do recesso parlamentar.
Aberta a assembleia Sargento Joelson Dias leu a pauta do dia
e repassou para Abrahão Púpio, diretor da AME e da APRABMAC fazer histórico das
negociações até ali, passando pelo ano de 2011 até as de 2013. Após as falas
dos Presidentes Isaque Ximenes (AME) e Francisco Jusciner (APRABMAC), bem como
outras que geraram muita tensão e encaminhamentos diversos, desde pedidos por
paralisação até a deflagração da operação policia legal, Abrahão Púpio conduziu
as deliberações finais sintetizando todas as falas em 3 propostas
complementares que foram aprovadas pela maioria dos presentes:
I-) os militares aceitam a proposta de concessão do risco de
vida parcelado entre agosto a dezembro, dando um voto de confiança ao
Governador do Estado, tendo em vista que estava inicialmente prometido para
maio de 2013, sem parcelamento;
II-) ficou marcada outra assembléia geral para o dia 14 de
agosto de 2013, visando observar o fechamento da folha salarial do mês já
contendo a primeira parcela em busca à equiparação do risco de vida.
III-) No caso de descumprimento pelo governo da proposta
aceita pela categoria os militares deflagrarão a operação policia legal.
Pela operação policia legal os militares cumpririam a lei e
não trabalhariam com coletes balísticos vencidos, viaturas com pneus carecas,
sem possuir o devido curso para condução de veículos de emergência ou sem a
devida categoria de habilitação requerida por lei.
Também não trabalhariam com munições e armamento fora dos
padrões mínimos e iriam sem uniforme militar, uma vez que a policia militar
passa até 4 anos para fornecer o fardamento que é exigência legal do Estado
conceder.
Fato marcante foi a exaltação gerada pela presença de
pessoas não militares que estavam espionando a reunião em nome da inteligência
de governo. Outro ponto foi a presença de um dos assessores do deputado Jamil
Asfury que tentou fazer a defesa do Governo e garantir o cumprimento da
promessa do risco de vida pelo Governador, conforme a reunião organizada pelo
deputado próximo às últimas eleições municipais.
O Assessor Daniel justificou a ausência de Jamil em razão de
uma viagem do mesmo a Cruzeiro do Sul. Disse que tinha um vídeo no qual estava
gravada fala recente do Governador se comprometendo com a isonomia, dizendo
ainda que só não havia ainda sido cumprido por causa da situação econômica do
Estado que tinha piorado em relação a 2012. Alguns policiais militares vaiaram
o assessor e não quiseram ouvi-lo. Outros disseram que só militares deveriam
falar na assembléia, dizendo que o assessor era bajulador e que Jamil já havia
faltado com a palavra na época da greve de 2011, quando prometeu trazer um
especialista para orientar sobre a operação policia legal e não o fez. Após
muita discussão o assessor se retirou do local.
Abrahão Púpio e Isaque Ximenes pediram aos militares através
das redes sociais que não houvesse mais polêmicas por conta de mandatários do
poder legislativo, pois a diretoria entende que toda a ajuda deve ser vista com
boa receptividade, não importando a bandeira partidária ou ideológica.
Cabe lembrar a AME que o SINTEAC fará no dia 18/06/13 outra rodada de negociações com Secretaria de Educação (SEE), visando o REAJUSTE SALARIAL e, se não forem atendidos FARÃO GREVE!.E nós PM/BM faremos o que? vamos nos contentar só com o risco de vida, que já era de direito? Não vamos apresentar uma planilha de reajuste salarial para discussão?
ResponderExcluir