terça-feira, 6 de julho de 2010

PEC 300: Ultima chance de aprovar piso dos policiais


No apagar das luzes do semestre legislativo, a PEC 300 tem a partir de amanhã a última chance de ser apreciada pela Câmara. De acordo com os próprios parlamentares que defendem a proposta, ela dificilmente será votada neste ano se a Câmara não apreciá-la até quarta-feira (7).
“Se não for nesta terça ou na quarta, pode esquecer”, resume o líder do movimento pró-PEC 300 na Casa, deputado Capitão Assumção (PSB-ES). Autor de um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Câmara retome a votação da matéria, o capixaba classifica o instrumento jurídico como “uma importante garantia” para que a matéria seja apreciada ainda neste ano.
Capitão Assumção lembra que policiais e bombeiros, categorias diretamente interessadas na aprovação da PEC 300, estão enviando e-mails a deputados para que a Câmara vote a matéria.
A PEC 300, cujo texto-base foi aprovado em março, cria o piso salarial provisório a policiais e bombeiros militares de R$ 3,5 mil e R$ 7 mil - para praças e oficiais, respectivamente. A proposta conta com o apoio formal de 321 deputados.
Outro defensor da PEC é o deputado Major Fábio (DEM-PB). Para ele, após a desclassificação do Brasil na Copa do Mundo e das festividades juninas, não há desculpa para que a Câmara não analise a matéria.
O paraibano lembra que o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), enviou telegramas aos deputados para o esforço concentrado desta semana. “A votação da PEC 300 será o primeiro esforço”, avalia.
Para que o primeiro turno de votação da matéria seja concluído, deputados terão de analisar quatros destaques que, na prática, desfiguram a proposta. Após essa fase, a matéria terá de passar por outro turno de votação para, então, seguir ao Senado.

Como os deputados acreanos votaram a PEC 300
Flaviano Melo PMDB PmdbPtc Sim
Henrique Afonso PV Sim
Ilderlei Cordeiro PPS Sim
Nilson Mourão PT Abstenção
Perpétua Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Sim
Sergio Petecão PMN PsbPCdoBPmnPrb Sim

Impacto bilionário
Além de um impacto bilionário nas finanças públicas, o governo resiste em aprovar a PEC 300 pelo fato de a matéria colocar um valor salarial na Constituição. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), há meses não esconde quais são as condições para que a matéria seja analisada.
“Nós podemos aprovar a PEC 300 nos seguintes termos: não ter valor na Constituição; ter a decisão de que vai ter um piso definido em lei; um fundo também definido em lei; e um prazo de 180 dias para essa lei ser mandada para o Congresso.”
Fonte: Congresso em Foco

Rodolfo Torres

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