quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Morte de líder de gangue no Caladinho gera tensão entre criminosos e policiais

Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com

A morte de Anderson Franco dos Santos, vulgo “Fumaça”, 19 anos, líder de uma gangue no bairro Caladinho, no mês de julho deste ano, durante uma ocorrência policial, gerou mais tensão entre criminosos da facção e policiais militares do 5º Batalhão que fazem o policiamento ostensivo no local.
A segurança no Caladinho é feita por três policiais. Um dos soldados que pede para não ter seu nome divulgado revela que informações de populares dão conta de que membros da gangue que era liderada por “Fumaça” planejam uma retaliação aos policiais.
Os criminosos, que na sua maioria são ex-presidiários estariam recrutando menores para práticas de delitos e atentados contra policiais.
De acordo com o PM, o caso chegou ao conhecimento da guarnição através de uma moradora que intimidada, tanto quanto os policiais pela lei do medo e do silencio, pede para não ter seu nome divulgado.
Conta o policial que “uma moradora da invasão do Caladinho saía para o trabalho quando ao passar por uma das vielas avistou um grupo de indivíduos que dentre eles um estava armado e conversavam entre si comentando que “iriam passar o sal” em dois policiais que mais importunavam os traficantes. E um deles passava a todos os outros as características destes policiais e que fariam o serviço quando os PMS estivessem despercebidos no local. Ao ouvir as característicam dos, a moradora lembrou que no seu trabalho tem um cliente que é militar e que se tratava dele a conversa. E coincidentemente o PM foi neste dia ao seu trabalho e a mesma relatou todo o fato com desespero”.
O policial conta ainda que os bandidos criaram coragem para atirar contra a policia, e que neste ano “passou das contas as vezes que os traficantes e assaltantes atiram em viaturas e em policiais enquanto estão em fuga”. “ Eu quero pelo menos ter a oportunidade de defender minha vida”, diz.
Casos de ameaças a policiais não é mais novidade e revela que no Acre, assim com no resto do país, principalmente nos grandes centros, bandido não tem medo de policial.
No mês de setembro deste ano, durante confronto entre policiais e criminosos na região do Segundo Distrito,  homens armados dispararam seis vezes contra o sargento Everaldo Santos. Ele foi atingido com quatro disparos.
No mesmo mês o sargento Abel Amorim foi vítima também de uma emboscada de bandido enquanto chegava em casa, no 2º Distrito. Foi salvo porque no momento em que ele era confrontado pelos bandidos passava uma viatura da PM.
No Caladinho as motivações maiores são a morte do líder da gangue e repressão tráfico de drogas.
Anderson Franco comandava vários assaltos e teria cometido estupros a mulheres da região. Ele agia junto com seu irmão Andrew Franco, conhecido pelo apelido de “Faísca” que está preso.
Em julho, mês em que foi morto, Fumaça estava com mandado de prisão em aberto.
Durante patrulhamento de rotina ele foi abordado por policiais e reagiu com fuga invadindo uma casa, onde fez a proprietária de refém. Os policiais invadiram a residência, Fumaça tentou esfaquear um policial e foi atingido com um tiro. O Samu foi acionado, mas ele morreu a caminho do Pronto Socorro.
Secretário de segurança do Acre diz que caso deve ser apurado
O secretário de segurança do Acre, Reni Graebner disse que o fato deve ser comunicado pelos policiais ao alto comando da Polícia Militar para instauração de inquérito e posterior apuração de ameaça aos PM’s.
“A própria Polícia Militar apura o caso e se necessário deve instaurar inquérito. Desde que haja comunicação entre a guarnição e o comando deve-se tomar medidas. Essas medidas são a de instauração de Inquérito. No momento em que o fato é conhecido pelo comando é encaminhado para a corregedoria. Dependendo da situação pode também ser instaurado inquérito na Polícia Civil”, acrescenta Reni Graebner

Um comentário:

  1. Nós policiais miliares, trabalhamos sob tensão das ameaças de vagabundos que vivem da prática de delitos, somos oprimidos pela lei e perseguidos pelo governo. Enquanto nos matamos para por atrás das grades esses pilantras, a "justiça" pouco faz para puní-los severamente. Cansei de tanta injustiça e da maneira como tratam bem esses marginais. Basta uma denúncia contra um policial para dar início a uma apuração minucuiosa. Não tenho mais vontade de trabalhar e de defender o juramento que um dia fiz. É só fazer o feijão com arroz e levar a vida estudando para conseguir algo melhor. Estou policial militar, não darei minha vida por uma instituição que maltrata e que pune os bons profissioniais. A PM fica, nós não. Até mesmo a sociedade que tanto precisa de nós, quando não precisa só tem pedras na mão. Na verdade o que interessa é viver bem, é ganhar dinheiro e os outros que se fodam, esse e o princípio do nosso governo, esse agora é o meu princípio. Foa-se.

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