terça-feira, 8 de maio de 2012

Falta de Promoção é atentado à Hierarquia



Muito se ouve o discurso de que as polícias militares são instituições que possuem como princípios basilares a hierarquia e a disciplina, onde se defende o acatamento às normas e o respeito aos superiores hierárquicos. Até aí, nada mal, afinal, até mesmo as organizações privadas adotaram como modelo de eficiência este paradigma – ou alguém acha que uma empresa de sucesso permite desacatos e indisciplina por parte dos seus funcionários?
O que chama a atenção, entretanto, é que tal discurso, na maioria das vezes, é sustentado somente para justificar reforços negativos, enquanto é convenientemente esquecido quando se trata de reforços positivos. Em poucas palavras, quando o momento é de punir e repreender, surgem a hierarquia e a disciplina como valores fundamentais. Quando o momento é de fomentar a ascensão funcional e respeitar direitos, relativismos e flexibilidades aparecem.

Falando especificamente do cultivo da hierarquia, não há como mantê-la adequadamente sem que os policiais sejam promovidos aos postos e graduações nas épocas previstas. Manter por muito tempo um policial em determinado posicionamento funcional é atingir sua motivação, desrespeitar o trabalho prestado à instituição, e permitir a descrença no essencial da organização hierárquica.
No Brasil, há casos de PM’s em que policiais passam mais de vinte anos na mesma graduação, sem falar nas ocasiões em que alguns são privilegiados com promoções em tempos bem mais curtos que a maioria dos seus pares. Nada contra a premiação à excelência e aos destaques: o problema são as distorções que são apresentadas como se excelência e destaque fossem.
Este é um contraponto sempre necessário ao discurso do binômio hierarquia-disciplina: ele serve apenas para repreender ou faz parte do conjunto de valores institucionais, influenciando decisões inclusive no campo de valorização profissional?


2 comentários:

  1. Verdade, gostei da matéria, e gostaria de sugerir que nossa lei fosse mudada, de modo que o tempo a mais que vc fica numa mesma graduação por não ter vaga na graduação imediatamente superior conte para o intersticio, já que só no papel 1º 2º e 3º SGT tem distinção pq na real e na RUA eu vejo mais é 3rão. Tem gente ai que tá com 5 anos de 3º sgt, pq esses 2 que passaram a mais não é contado pro intersticio de 1º afinal a gnt não tem culpa de não ter vaga e 2 anos é justamente o que tem que esperar pra sair de 2º. Vamos acelerar o processo se não a minha turma de 2000 e a de 2002 vai morrer marcando passo!

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  2. Num precisa isso naum!
    Qdo chegar a época da minha promoção e não houver vaga, vou impetrar MANDADO DE SEGURANÇA garantindo meu DIREITO LÍQUIDO E CERTO à próxima graduação!
    Se não há vaga, a culpa não é minha, é da admnistração pública(PM/BM) que não é organizada e não garante o meu DIREITO: judiciário NELES!!!

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