O fim da era Moisés

Os milicianos BMs de Cruzeiro do Sul estão em festa, pois, até que em fim, suas orações foram atendidas com o fim da maior ditadura imposta aqueles militares no Comando do Major Moisés. A passagem de comando aconteceu nesta sexta-feira, dia 21 de outubro, dia que será lembrado como o fim da idade das trevas imposta ao 4º BEPCIF.

O Major Moisés se foi e não deixou um pingo de saudade, assumiu o comando Major Araujo que já havia comandado a UBM, para o qual desejamos boa sorte nesta nova trajetória. Por outro lado, ao ex-comandante, lhe desejamos reflexão sobre seu desastroso comando, tendo em vista que não deixou nenhum amigo na corporação. Seu comando foi feito somente de perseguição, prisões, detenções e principalmente sindicâncias. Ele argumentou que sua saída do comando foi para voltar para seu lar, mas comenta-se que a verdade é outra: o Coronel BM Pires, Comandante-Geral, não tinha mais condições políticas de mantê-lo no comando por causa da sua enorme rejeição perante a tropa.

“Agora estou aliviado, já não corro mais o risco de ser perseguido, ter sustado atestado médico, e de pegar cadeia por qualquer coisa, me sinto agora um homem feliz com o fim da ditadura do Major Moisés”, falou um militar da UBM.

Nos corredores do 4º BEPCIF paira um ar de tranqüilidade, harmonia, alegria, diferente dos dias do ex-comandante (Major Moisés), nos quais pairava somente tristeza, medo e silêncio a custo do toque de terror. Para se ter uma idéia durante o comando ditatorial do Major Moisés foi preso quase todo o efetivo, incluindo o Soldado mais moderno até o Subtenente mais antigo. Nem o presidente da associação dos bombeiros de Cruzeiro do Sul (APRABOMCS) escapou de pegar seus 06 dias de prisão. Naquela ocasião foi preso somente por pedir ao Vice-Governador (César Messias), em nome da tropa, que destinasse vaga para curso da Força Nacional especificamente para CZS.

Muitos militares se reuniram no fim de semana para festejar o fim da era Moisés, inclusive alguns até choravam de emoção por se sentirem agora homens livres.

O Major Moisés foi o “pai” do projeto Bombeiro-Mirim. Isso é um ponto positivo. Apesar disso, foi daqueles pais hipócritas que trata a pão e mel os de fora (população civil) e a ferro e a fogo os de casa (bombeiros subordinados). A sociedade civil certamente merece toda atenção, respeito e dedicação (fazemos até juramento em razão disso), mas os oficiais comandantes precisam aprender a fazer a boa política dentro da caserna, estimulando o brio, motivando e refletindo em melhor serviço prestado. Parem de fazer política só nos gabinetes de governo!


Texto: Bombeiro de Cruzeiro do Sul