Vários policiais militares e
familiares dos policiais presos ocuparam, na manhã de hoje, 05, a Assembleia
Legislativa (Aleac) em Ato Público. A atividade organizada pela Associação dos
Militares tem como objetivo chamar atenção dos deputados e da sociedade sobre o
desrespeito dos direitos constitucionais dispensado aos servidores de segurança
pública.
O evento iniciou em frente ao
Palácio Rio Branco e se concentrou na Aleac, ocupando toda a galeria da Casa do
Povo. Segurando faixas e motivadas por discursos do deputado Major Rocha e do
presidente da Associação dos Militares, Isaque Ximenes, os participantes se
posicionaram fortemente em defesa dos direitos constitucionais assegurados a
todo cidadão, mas que não está sendo cumprida por delegados de polícia civil.
Em discurso, o deputado Major
defendeu os militares e denunciou a prática de abusos cometidos pelos
delegados. Os maiores questionamentos foram o uso irregular de algemas, prisão
em presídio e celas comuns e a prática de tortura psicológica.
- Estão querendo distorcer nossa
defesa. O que queremos é que sejam assegurados todos os direitos usufruídos por
qualquer cidadão aos militares e, ao mesmo tempo, fazer como que os deputados
busquem explicações dos delegados sobre as acusações realizadas pelas famílias dos
militares presos. Acreditamos nos militares, mas aqui não discutimos culpa ou
inocência, apenas que sejam assegurados seus direitos, declarou Rocha.
O sargento Isaque Ximenes também
saiu em defesa dos policiais. Segundo ele, existem fragilidades no inquérito
que se quer teve o depoimento de todos os militares apontados no caso. Dos onze
militares, apenas dois haviam sido ouvidos.
- Não podemos aceitar a forma
como as coisas estão acontecendo. Por isso estamos acompanhando esse caso todos
os dias desde o dia 29 de novembro, buscando chegar à verdade, afirmou o
presidente.
Argumento similar tem o advogado
que acompanha alguns dos envolvidos. Para ele, a estratégia dos delegados é
fazer com que policiais inocentes sejam levados a confessar um crime que não
cometeram.
- Dos onze policiais, apenas três são verdadeiramente
apontados pelos delegados. Mas o que acontece com os demais? São pressionados,
através da pressão psicológica e do cerceamento da liberdade, a apontar os
companheiros em um caso no qual são inocentes, afirmou Welligton Silva, que está
acompanhando todo o caso.
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