Segundo a Constituição brasileira de 1988, cabe às polícias militares do país a preservação da ordem pública e aplicação das leis, sendo trabalhadas de maneira ostensiva/preventiva e repressiva. Essa função leva os militares a irem de encontro ao seu principal carrasco: a violência.
Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Recursos Humanos (DRH) da Polícia Militar do Acre afirma que 60% dos óbitos de policiais militares acreanos ocorrem em situações de violência. Os policiais tornam-se vítimas daquilo deveriam combater.
Os dados analisados correspondem aos anos que vão de 1970 a 2007 e foram criados com base na Classificação Internacional de Doenças (CID). A pesquisa caracteriza como violência os acidentes de trânsito, suicídio, homicídios, queimaduras, desaparecimento etc. O que assusta nesses dados e que de todos os casos classificados como violentos, cerca de 18% foram suicídios e 42% de homicídios.
Outras duas variáveis dão conta das mortes naturais e por doença. A primeira refere-se aos óbitos por paradas cardio-respiratórias e os sem assistência médica, que somam 22%. Já a segunda que tem as doenças como principais agentes representam 18% do total.
Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Recursos Humanos (DRH) da Polícia Militar do Acre afirma que 60% dos óbitos de policiais militares acreanos ocorrem em situações de violência. Os policiais tornam-se vítimas daquilo deveriam combater.
Os dados analisados correspondem aos anos que vão de 1970 a 2007 e foram criados com base na Classificação Internacional de Doenças (CID). A pesquisa caracteriza como violência os acidentes de trânsito, suicídio, homicídios, queimaduras, desaparecimento etc. O que assusta nesses dados e que de todos os casos classificados como violentos, cerca de 18% foram suicídios e 42% de homicídios.
Outras duas variáveis dão conta das mortes naturais e por doença. A primeira refere-se aos óbitos por paradas cardio-respiratórias e os sem assistência médica, que somam 22%. Já a segunda que tem as doenças como principais agentes representam 18% do total.
Para Cleilton Sampaio, gestor de políticas públicas da PM/AC e responsável pela pesquisa, os resultados apontam para uma emergência em se elaborar ações concretas e eficazes para os servidores, além de um trabalho de valorização do policial.
“O policial, ao combater a violência, sofre as conseqüências de suas ações, seja no exercício de sua função, neste caso em nome do Estado e em favor da população, ou fora dele, quando está de folga. Assim, cabe ao Estado oferecer as condições que lhes proporcione remediar os problemas psicológicos (principal agente dos suicídios) e físicos, além de outros que ocorrem em virtude de sua função de alto risco. A valorização do policial em primeiro lugar e em segundo do trabalho policial”, declara o gestor.
Um dos fatores que levam aos casos de suicídio é a jornada de trabalho, seja ela excessiva ou não. Os trabalhos desenvolvidos à noite e em constante proximidade com perigos inerentes à profissão, além da falta de políticas específicas no combate ao estresse e distúrbios psicológicos, são apontados pelos militares como os principais causadores de suicídio.
A média de idade
A pesquisa se preocupou também em identificar a idade média em que o policial chega a óbito. A maior incidência se encontra entre os militares de postos mais baixos. Os soldados possuem média de 32 anos, os cabos, 38, sargentos, 46, subtenentes, 44 e coronéis, 50. Conforme afirma o relatório, a média de idade aumenta no sentido vertical, como a ascensão na carreira.
Sob censura
Sofrendo ainda os resultados do movimento que acampou em frente à casa do governador e parou o trânsito de uma das principais avenidas da capital por quase doze horas, no dia 4 de maio, os policiais não querem dar entrevistas. A ordem dada pelo comandante Romário Célio através da Portaria 006/2009 tem em suas linhas a prisão para os militares que falarem com a imprensa. Encontramos, entretanto, um militar que pediu para não se identificar. Ele afirma que a PM não tem nenhuma política que ajude os militares em seus momentos de dificuldade.
“Temos um setor chamado de Ação Social, ligada a Policlínica, no qual trabalham pessoas competentes, mas que não contam com um mínimo de estrutura para atender os militares vítimas do estresse do trabalho e que, muitas vezes, recorrem às bebidas e outras drogas em uma busca de fuga da realidade. A única política que o comando adota é a de prender os militares com doenças de alcoolismo por faltarem ao serviço e depois incentivar a sua expulsão no conselho de disciplina”, desabafa o militar.
Para aqueles que achavam que as manifestações dos militares nos últimos dias foram apenas para o aumento salarial, percebe-se com a pesquisa que vai mais além quando reivindicam melhores condições de trabalho: é uma questão de sobrevivência.
“O policial, ao combater a violência, sofre as conseqüências de suas ações, seja no exercício de sua função, neste caso em nome do Estado e em favor da população, ou fora dele, quando está de folga. Assim, cabe ao Estado oferecer as condições que lhes proporcione remediar os problemas psicológicos (principal agente dos suicídios) e físicos, além de outros que ocorrem em virtude de sua função de alto risco. A valorização do policial em primeiro lugar e em segundo do trabalho policial”, declara o gestor.
Um dos fatores que levam aos casos de suicídio é a jornada de trabalho, seja ela excessiva ou não. Os trabalhos desenvolvidos à noite e em constante proximidade com perigos inerentes à profissão, além da falta de políticas específicas no combate ao estresse e distúrbios psicológicos, são apontados pelos militares como os principais causadores de suicídio.
A média de idade
A pesquisa se preocupou também em identificar a idade média em que o policial chega a óbito. A maior incidência se encontra entre os militares de postos mais baixos. Os soldados possuem média de 32 anos, os cabos, 38, sargentos, 46, subtenentes, 44 e coronéis, 50. Conforme afirma o relatório, a média de idade aumenta no sentido vertical, como a ascensão na carreira.
Sob censura
Sofrendo ainda os resultados do movimento que acampou em frente à casa do governador e parou o trânsito de uma das principais avenidas da capital por quase doze horas, no dia 4 de maio, os policiais não querem dar entrevistas. A ordem dada pelo comandante Romário Célio através da Portaria 006/2009 tem em suas linhas a prisão para os militares que falarem com a imprensa. Encontramos, entretanto, um militar que pediu para não se identificar. Ele afirma que a PM não tem nenhuma política que ajude os militares em seus momentos de dificuldade.
“Temos um setor chamado de Ação Social, ligada a Policlínica, no qual trabalham pessoas competentes, mas que não contam com um mínimo de estrutura para atender os militares vítimas do estresse do trabalho e que, muitas vezes, recorrem às bebidas e outras drogas em uma busca de fuga da realidade. A única política que o comando adota é a de prender os militares com doenças de alcoolismo por faltarem ao serviço e depois incentivar a sua expulsão no conselho de disciplina”, desabafa o militar.
Para aqueles que achavam que as manifestações dos militares nos últimos dias foram apenas para o aumento salarial, percebe-se com a pesquisa que vai mais além quando reivindicam melhores condições de trabalho: é uma questão de sobrevivência.
Um exemplo classico dessa pesquisa é saudoso sgt P. Lima, que nos deixou tão prematuramente, o perfi pscológico de PM e assim:vai aguentando as mazelas calado, muitas vezes sendo oprimido nos quarteis,enfrentado situação de extremo stress,não tem amparo psquiàtrico,desasjuste no lar, enfrenta o alcoolismo e por fim pessímamente remunerado, não dá outra, presta serviço com depressão,devido o efetivo ser insuficiente trabalha sem descansar e o fim todos nós já sabemos.MAS TÁ TUDO BEM, NÃO ESTÁ ACONTECENDO NADA.
ResponderExcluireste é apenas um dos pontos e quando os Policiais se envolvem em ocorrência policial no decorrer do serviço no estrito cumprimento do dever legal e acaba dando um desfecho com ferimento com arma de fogo ou algo grave rapidamente o pm responde a um Inquerito na coregedoria, depois este vai ao MPE que com certeza denuncia o pm que ja tera vendido um terreno que recebeu de herança da familia (quando tem) ou vende a moto e fica na pernada pra pagar o advogado e isto sem contar que no seio policial e pros burocratas da adm fica este pm marginalizado e queimado e o pm só fez o que manda a lei e consequente é banido do circulo pm devendo a tudo e todos quando detonado pelos advogados, pois a pm apenas o explora e acaba com sua juventude e com isso a desmotivação toma conta de sua vida, que covardia......para reflexao.
ResponderExcluirESSE GOVERNO, ATRAVÉS DO COMANDANTE QUER QUE O MILITAR FIQUE CONFORME A MÚSICA DO RAULZITO:
ResponderExcluirEnquanto você se esforça prá ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual
Eu do meu lado, aprendendo a ser louco
Um maluco total
Na loucura real
Controlando a minha maluquez
Misturada com minha lucidez
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Este caminho que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir
Controlando a minha maluquez
Misturada com minha lucidez
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar.....