Jamyl Asfury arma estratégia para atrair soldados da PM da turma de 2009 e tira a AME de tempo em negociações

Uma forma de dar o troco. Jamyl Asfury (PEN) tira a AME de tempo e passa a negociar mudança de lei complementar, através de seus assessores, com soldados da turma de 2009 que pleiteiam o direito de saírem cabos com seis anos de efetivo serviço.

Em reunião que aconteceu ontem, 04, para definir a mudança de lei, ficou evidenciado que Asfury não tenta mais se aproximar da Associação dos Militares para fins de apoio político, mas conversar diretamente com os militares que possuem proximidade com um de seus “assessores/defensores”, no caso o soldado Oseias, do Gabinete Militar da prefeitura, que chegou a influenciar membros que estão à frente das comissões.

Os olhos do parlamentar brilharam quando ouviu falar que a turma de 2009 é composta de 600 PM's. Isso vai ao encontro de outra estratégia do deputado que tem a missão de se firmar dentro do próprio partido, o PEN, repleto de deputados que não queriam se posicionar contra Sebastião Viana, na Assembleia Legislativa. Agora, diante da realidade que todos não poderão se eleger, é preciso demonstrar em números que sua candidatura é mais viável que as do demais colegas, isso só se consegue quando se firmar uma base eleitoral. 

A razão para a implementação dessa estratégia foi reforçada quando Daniel Gomes, assessor do parlamentar que mentiu para os militares, levou uma vaia gritante na Assembleia Geral da AME, que aconteceu no mês passado, ao defender o nome do deputado e do governo da Frente Popular. O deputado entendeu que era preciso mudar os planos e ir direto ao ponto, ou seja, conversar individualmente com os policiais, sem intermediação de associações. Muitos soldados não sabem disso.

A AME/AC não quis comentar a respeito do fato, mas não ficou expresso que eles não gostaram da atitude. Segundo eles, a entidade foi procurada pelos soldados e conseguiram conversar com os membros do governo e que tudo já estava caminhando bem, quando foram surpreendidos pela informação da reunião de ontem que tirava a associação das negociações. Suspeitam de atitudes politiqueiras, mas não apontam para os promotores das atitudes.