Durante o Jornal da Banda B da última segunda-feira (18) uma mãe denunciou que estaria faltando comida para os cadetes da Polícia Militar em treinamento no litoral e no 13º Batalhão na Cidade Industrial de Curitiba. A reportagem noticiou o fato e entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da PM em busca de informações sobre o caso. Neste meio tempo, segundo o relato do pai de um futuro policial que está no litoral, um capitão da PM teria enfileirado os cadetes para saber quem dedou a suposta falta de alimentos à Banda B.
O pai, que pediu para não ser identificado, relatou o seguinte: “Queria passar para o Adilson Arantes (apresentador do programa) que este capitão ameaçou os cadetes e falou que iria descobrir quem denunciou. Fiquei preocupado com o meu filho que nem sabia desta denuncia e está lá”, disse o senhor.
Em entrevista na tarde desta terça-feira, na qual também explicou o motivo para a suposta falta de alimento, o tenente coronel Heraldo Regis Boreo da Silva, da diretoria de ensino dos alunos que estão ingressando na PM, relatou que qualquer tipo de abuso será prontamente investigado.
“Essa informação é de um pai e se faz necessário verificar a veracidade. Não estou duvidando desta situação, mas se faz necessário o ônus da prova. Vamos investigar e se em algum momento houve excesso isso será apurado. Não é de praxe serem feitas ameaças, a polícia está aqui para auxiliar a população”, disse o oficial da PM.
Segundo o tenente coronel, o policial acusado tem uma extensa ficha de contribuição à população. “Muitas vezes podem acontecer informações desencontradas, este pai pode estar assustado. Se caracterizado desvio de conduta serão tomadas as decisões necessárias”, destacou.
Problema na licitação
Quanto a suposta falta de comida, o tenente coronel explicou em detalhes o que aconteceu. “Temos sim alimentação para todos os alunos. O que houve foi uma situação pontual, um problema na entrega de gêneros alimentícios por parte de uma empresa que está pleiteando uma melhoria no pagamento”, descreveu.
O oficial relatou que a empresa está pleiteando um aumento, que segundo a Secretária de Administração, não é justo. “Esta empresa no período da licitação colocou o preço de seus produtos lá em baixo e ganhou a concorrência. Só que agora está pleiteando um reajuste de preço, o que não é justo. Por isso a empresa não entregou alguns gêneros alimentícios, o que realmente fez surgir um problema, mas que já está sendo sanado”, ponderou o tenente coronel.
Salários atrasados
Alguns familiares dos cadetes também reclamaram quanto ao atraso nos salários aos futuros policiais. Segundo o tenente coronel, a situação está normalizada. “Depois do processo de inclusão estes futuros policiais passam por um procedimento burocrático com relação a regulamentação para que possam começar a receber. No final de julho completam um mês, isso leva em torno de um a dois meses para que tudo seja implantando. É uma condição normal que acontece no estado. Vale lembrar que a Polícia Militar é a única empresa que paga para a formação do profissional”, descreveu.
O tenente coronel finalizou tranquilizando os familiares dos cadetes. “Todos estão sendo tratados da melhor forma e treinados para que no futuro estejam nas ruas de Curitiba defendendo a população. Toda situação que aconteça é importante ser apurada e sempre nos encontramos disponíveis neste sentido”, concluiu.
Fonte: PolicialBR
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Evite palavrões. Dê seu apoio, faça a sua crítica, mas com respeito a todos.