sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Resolveremos a questão com diálogo até o carnaval, diz bombeiro grevista

O sargento bombeiro Wallace Rodrigues disse, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10), que os policiais e bombeiros grevistas do Rio estão abertos ao diálogo com o governo. "De forma alguma queremos acabar com o carnaval. Ainda faltam oito dias e temos a convicção que até lá resolveremos a questão com diálogo. Estamos abertos ao diálogo a qualquer hora, a qualquer momento".
Na sede da Coligação dos Policiais Civis, no Centro do Rio, os representantes dos grevistas pediram o apoio e a compreensão da sociedade. "Não queremos greve, não queremos esse desgaste, mas está na hora de discutir as causas e não apenas as consequências. Segurança boa e barata não existe", disse Francisco Chao, inspetor da Polícia Civil.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Estado da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros disse, nesta sexta-feira (10), que o governo mantém sua posição de não negociar durante a greve. "Independente do fato da greve ser vedada, há um valor maior que esse, o que está em jogo é a vida. É absolutamente inaceitável que uma corporação como o Cbmerj seja incitada a fazer greve. Trabalhamos com um tempo resposta de 10 minutos. Quando uma proposta única de negociação passa a ser a greve, nos coloca na condição de que não há mais o que negociar. Claro que a prisão do Daciolo pode, num primeiro momento, despertar a reação daqueles que compartilham das opiniões dele. Quem participa da greve, pode sim, sofrer punição", diz a secretaria. 
Policiais dão as mãos após coletiva (Foto: Lilian Quaino/G1)
Após coletiva, policiais dão as mãos no Largo
da Carioca (Foto: Lilian Quaino/G1)
Os grevistas concordam que houve avanço na proposta do governo, "mas está longe de atender às nossas necessidades", disse o bombeiro Wallace. Na quinta-feira (9), a Alerj aprovou substitutivo do Executivo queaumenta os salários das categorias de segurança (polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários) em 39% até fevereiro de 2013.
Chao disse que falta resolver a questão da gratificação aos policiais em licença médica que, segundo disse, o governo cortou. "Com a idade, policiais começam à ter doenças típicas da profissão como diabetes, hipertensão e cardiopatias. Isso não é considerado acidente de serviço. A policial militar em licença maternidade não recebe gratificação", disse Chao.
O policial civil Chao disse que ainda é cedo para se fazer um balanço da adesão das categorias. Disse ainda que o compromisso da categoria é para com a sociedade e ilegalidades que possam ocorrer durante o movimenfo grevista não serão toleradas.
Mandados de prisão
O porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, disse, em entrevista à Globonews nesta sexta, que onze mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Militar contra os principais líderes da greve no Rio. Caldas não informou os nomes dos policiais militares que são procurados. Na noite de quinta, policiais militares, civis e bombeiros decidiram entrar em greve. A assembleia reuniu 2 mil homens no Centro da cidade.

"Nós estamos com uma situação de normalidade. Desde a madrugada estamos monitorando todas as unidades. Agora pela manhã havia uma preocupação por conta da troca de turno e de serviço. E tivemos uma situação isolada no 4º BPM, em São Cristóvão, que foi prontamente debelada pelo comandante. O comandante determinou que as viaturas saíssem [...] Já há onze mandados de prisão expedidos contra os principais líderes desse movimento. A submissão imediata deles a conselhos de natureza disciplinar. Isso evidencia que de fato não vamos permitir, não vamos aceitar qualquer tipo de ação contrária à disciplina", ressaltou Caldas.
Em nota divulgada nesta madrugada, o comando da Polícia Militar negou que haja paralisação em qualquer tipo de serviço prestado à população no Rio e garantiu que todas as suas unidades estão em pleno funcionamento, contando com o apoio de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque no patrulhamento da cidade.
Policiais militares, em um carro da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São João (com uma fita azul de protesto no carro), fazem sinal de negativo (Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo)
Policial faz sinal de negativo no Rio
(Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo)
Situação na cidade
Segundo Caldas, o clima é tranquilo nos batalhões e nas ruas da cidade. Caldas disse que houve registro de um problema isolado no 4º BPM (São Cristóvão), mas não deu detalhes sobre o caso.

G1 percorreu alguns bairros do Rio nesta manhã e encontrou apenas dois policiais militares nas ruas, uma carro da corporação na Rua General Espírito Santo Cardoso, em frente a 19ª DP, e outro na Rua São Miguel, todos na Tijuca, na Zona Norte. A equipe de reportagem percorreu os seguintes locais: Gávea, Humaitá, Copacabana, Laranjeiras, Catete, Catumbi, Rio Comprido, Praça da Bandeira e Tijuca.
Os grevistas reivindicam a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo e querem piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale tranporte e R$ 350 de tíquete-refeição.
Deflagrada greve
Na noite de quinta-feira, bombeiros e policiais civis e militares decretaram a greve no estado do Rio de Janeirodurante uma assembleia na Cinelândia, no Centro. Cerca de duas mil pessoas participaram da votação. Juntas, as três corporações somam 70 mil homens. Segundo os grevistas, 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência.

Os policiais militares informaram que ficarão em seus respectivos batalhões e não atenderão a nenhuma ocorrência. "A partir de agora, a segurança é de responsabilidade da Guarda Nacional ou do Exército", disse o cabo da PM Wellington Machado, do 22º BPM (Maré) ao microfone, após perguntar quem estava a favor da paralisação e todos os presentes levantarem as mãos e gritarem "sim".
Já os bombeiros também ficarão aquartelados, mas afirmam que 30% do efetivo vão atender os casos de emergência, assim como os policiais civis. Eles frisaram que não vão deixar "a população à deriva".
Segundo os manifestantes, a greve é por tempo indeterminado. Eles disseram que só voltarão à ativa quando o cabo Benevenuto Daciolo, que está preso em Bangu, for liberado e as reivindicações de reajuste salarial forem atendidas.
Após a confirmação da greve, o cabo Machado deu instruções aos policiais presentes na Cinelândia. "Todos devem seguir direto e estar aquartelados em seus respectivos batalhões", disse. "Atenção, é importante, quem está de folga aquartela, de férias aquartela, quem está de licença aquartela. Todos juntos, não tem distinção, se puderem levar as esposas, levem junto. É importante", completou.
A greve foi decretada por volta das 23h30, meia hora antes do previsto. De acordo com os líderes do movimento, no entanto, a decisão já estava acertada. Eles explicam que a antecipação do anúncio da paralisação ocorreu porque os manifestantes estavam cansados. A assembleia teve início por volta das 18h.
Fonte: G1

3 comentários:

  1. Olá parabéns pelo seu Blog, eu me chamo Saulo Prado tenho um Blog de noticias Policiais denominado Plantão de Policia JTI, o qual te convido a conhecer.
    Agora serei vista constante aqui; aproveito e me coloco a sua disposição.

    Um abraço…

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  2. TRECHO DE CARTA DO DEPUTADO ESTADUAL PAULO RAMOS À PRESIDÊNCIA DA ALERJ:
    ( http://www.deputadopauloramos.com.br/?p=3319 )

    (...) E aí, marcada para hoje, quinta-feira, dia 9, uma assembleia geral na Cinelândia, mobilizando policiais civis e militares e bombeiros militares, sob a influência, queiramos ou não, do que vem acontecendo na Bahia – os policiais militares em greve ocupando a Assembleia Legislativa. Uma parcela ocupando a Assembleia Legislativa, e a parcela maior, que não ocupava, mas atividades paralisadas, no âmbito de todo o Estado. E aí, o Cabo Daciolo, que tem o direito de ir e vir, que não está obrigado por força de nenhum regulamento a comunicar que vai para qualquer outra unidade da Federação, só tem a obrigação de comunicar deslocamentos para fora do país, ele, que participou ativamente da luta em defesa da PEC 300, tendo interlocução com policiais militares e bombeiros militares de outras unidades da Federação, decidiu que tinha o direito de fazê-lo e ir à Bahia, e vai à Bahia. Vai lá para dizer da solidariedade em relação ao movimento. Trazer informações até acumular experiência.
    E aí, Sr. Presidente, vem a quebra do estado democrático de direito. Eu preciso saber qual foi o juiz, e com qual motivação quebrou o sigilo telefônico do cabo Daciolo. Quem pediu a quebra desse sigilo? Para investigar o quê? Isso significa que qualquer cidadão, mesmo que esteja no exercício do mandado, pode ter seu sigilo telefônico quebrado.
    Como explicar o fato de ter sido gravada uma conversa do cabo Daciolo com a Deputada Janira, como depois se tomou conhecimento? Como? Era o telefone da Deputada que estava grampeado? Que telefone estava grampeado e quem determinou a quebra do sigilo telefônico?
    Sr. Presidente, o Estado democrático de direito vai sendo atingido e aí vêm arbitrariedades sucessivas, como a que ocorreu na chegada do cabo Daciolo ao aeroporto. O cabo Daciolo, mesmo pelo que foi gravado, não cometeu nenhum ilícito, rigorosamente nada. Dizer que se a PEC 300 ou a PEC sucedânea for votada antes do Carnaval contribui para arrefecer os ânimos não é uma avaliação feita por todo mundo?...

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  3. essa greve do rio esta mais fraca do q a do acre,,,fala serio

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