quinta-feira, 29 de abril de 2010

Bombas explodem em instrução da PM e deixam cinco alunos-soldados feridos

Acidente teria acontecido em instrução no curso de formação de soldados; comando garante que vai apurar ocorrência
Alunos-soldados estariam tendo suportar pressão além do que podem suportar
Duas bombas de efeito moral podem ter causado rompimento dos tímpanos de dois e feriram outros três alunos do curso de formação de soldados da Polícia Militar do Estado do Acre, no último sábado, 24. O que era para ser apenas um treinamento de rotina no curso de formação de soldados acabou se tornando uma tragédia para os alunos do 6º Pelotão do Curso de Soldados da PM.
A denúncia foi feita a esta Agência Agazeta.net, na tarde desta quinta-feira, 29, e informa que pelo menos dois alunos-soldados tiveram complicações nos ouvidos, enquanto que outros três foram feridos nos braços e nos joelhos, com os estilhaços dos artefatos.
O acidente teria acontecido quando eles se preparavam para encerrar a disciplina de Controle de Distúrbios Civis, ministrada pelo subtenente Rogério.
A denúncia é a de que o subtenente estaria terminando a instrução quando “resolveu jogar duas bombas de efeito moral no meio dos alunos do 6º pelotão do Curso de Soldados da PM”.
Artefato teria explodido durante instrução “Mas o tiro saiu pela culatra e o que era para ser o encerramento da instrução virou uma tragédia”, narram os denunciantes.

Bombas explodem em instrução da PM e deixam cinco alunos-soldados feridos
Conforme os relatos, por volta das 18 horas, o instrutor que já havia liberado seus auxiliares resolveu colocar os alunos ao redor de tambores de treinamento, protegidos com escudos para que pudessem observar o “potencial dos explosivos”.
“Mas ao jogar a primeira bomba, ela não detonou. Então o policial resolveu jogar uma segunda, mas ela não caiu dentro do tambor. A bomba caiu próxima de alguns alunos”.
Foi então que o instrutor teria pego o artefato e jogado novamente no tambor, mas ele tornou a cair fora, dessa vez, a apenas alguns metros dos alunos-soldados.
Neste momento, ela explodiu. “Foi um tumulto com estilhaços da bomba atingindo os alunos.
Alguns ficaram gravemente feridos”, narram os denunciantes.
Cinco alunos teriam sido lesionados. Dois deles teriam tido parte do braço atingido pelos estilhaços, enquanto que outro teve um dos joelhos atravessados pelos destroços do artefato.
A reportagem teve acesso aos nomes das vítimas, mas não vai divulgá-los para evitar que sofram retaliações. “Os alunos B. e P. ficaram surdos de um dos ouvidos cada um”, diz a denúncia.
 Tentativa de ocultação – Na opinião dos denunciantes, “o que chama a atenção não é oacidente grave sofrido pelos alunos, mas a atitude da Coordenação do Curso de Soldados da PM”.
É que os alunos C. S. e C. O., por exemplo, foram levados às pressas ao Pronto Socorro de Rio Branco. “Mas tiveram que retirar suas fardas e se vestir com roupa comum para só então serem encaminhados ao Pronto Socorro”.
Outro fator é que “todos os alunos foram proibidos de falar sobre o assunto”.
“Tentamos contato com alguns alunos, mas muito apreensivos, eles não quiseram se identificar com medo de serem punidos”.
“Um aluno nos informou que no CIEPS (Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança), há instruções de policiamento, mas que mais parecem que eles estão sendo enviados a uma guerra”, protesta.
Ainda segundo a denúncia, “um dos alunos-sargentos já tinha acusado de público a coordenação do CIEPS de praticar tortura contra eles, em uma ocasião no auditório do Tribunal de Justiça do Acre, quando houve em palestra com instrutores de outras polícias”.
Existe a informação de que alunos-soldados entraram com ação contra o tratamento recebido durante instruções.
“E, agora, alunos soldado são vitimados e proibidos de dar declarações públicas sobre o ocorrido”, protestam os denunciantes.



Bombas explodem em instrução da PM e deixam cinco alunos-soldados feridos
“Existe ainda a notícia de que os alunos acidentados não tiveram o devido tratamento. O aluno atingido no joelho continua recebendo instruções no CIEPS, só que de muletas”.
Os outros dois, que teriam tido problemas nos ouvidos, estão prejudicados nas instruções e, segundo a denúncia, “o CIEPS até hoje, quase uma semana depois, não providenciou o “atestado de origem” para os policiais”.
Este documento permite que seja oficializado o acidente em instrução. Sem ele, os alunos podem ser dispensados a qualquer momento do curso, por incapacidade física.
“Esperamos que nossa gloriosa Polícia Militar tome ciência dos fatos e instrua seus bravos policiais baseada nos princípios que regem os Direitos Humanos”.
“Se queremos uma polícia melhor, precisamos tratar com mais respeito os profissionais da segurança pública que nós instruímos e que nos protegem quando deles precisamos”, finaliza o texto da denúncia.

Comando desconhecia acidente e garante que vítimas não serão prejudicadas
Comandante da PM, coronel Romário Célio Barbosa, anuncia que caso será apurado.
O comandante da Polícia Militar, coronel Romário Célio Barbosa, afirmou ter tomado conhecimento deste fato por meio da reportagem desta  Agazeta.net “Eu desconhecia até então este fato. No entanto, ele será apurado com toda a certeza”, garantiu. “Normalmente, em qualquer treinamento, alguém pode se machucar. Sei que de vez em quando alguém se machuca, mas não nos comunicaram este fato. No entanto, vamos apurar em que circunstância isso aconteceu”, afirma Célio Barbosa.
Segundo o comandante, uma sindicância será instaurada para apurar o que houve.

Bombas explodem em instrução da PM e deixam cinco alunos-soldados feridos
Paralelo a isso, o atestado de origem também será garantido aos alunos-soldado que, eventualmente, precisarem, para não que não sejam prejudicados.
“O laudo resguarda o aluno-soldado e em outra esfera, iremos apurar por meio de sindicância o que houve”, afirmou o comandante da PM.
Romário Célio Barbosa afirmou desconhecer todos os pormenores do fato, mas tornou a enfatizar que tudo será apurado e que não haverá sanções contra ninguém.
 Resley Saab, da Agência Agazeta.net

13 comentários:

  1. É UM ABSURDO NÃO O VACILO DO ST MAS O FATO DO CIEPS TENTAR ESCONDER O FATO. É MUITA BURRICE QUERER VARRER A SUJEIRA PARA BAIXO DO TAPETE. QUANDO É QUE VÃO APRENDER QUE NÃO SE DEVE ESCONDER NADA DA POPULAÇÃO? AINDA MAIS NA PM, QUE, QUANDO UM PEIDA, TODO MUNDO FICA SABENDO.

    ResponderExcluir
  2. É isso que a polícia militarizada produz: excesso e dano aos futuros policiais e à sociedade.
    E o pior é que os coordenadores civis do CIEPS orientados pelos "caveiras", acreditam que estão fazendo um "ótimo curso de (de)formação policial", isso até serem processados por tortura e outros delitos correlatos!
    Abre o olho, governador, o diretor do CIEPS é o mesmo oficial PM que permitiu o espancamento de um policial num "Curso de ações táticas" em que o mesmo saiu urinando sangue e a esposa dele fez a denúncia à imprensa!
    Fim do militarismo, já!
    Polícia não é Exército!
    Soldado não é policial!
    Soldado não é tratado como cidadão!

    ResponderExcluir
  3. è senhores, esta na hora de rever conceitos, há cerca de 20 dias militares do 7º BEC surtaram, semana passada um SD PMBA, morreu em instrução de tripulante operacional na força nacional, afogados por "tubarões", e agora essa, 05 alunos Soldados se "Fuderam", vão sofrer perseguição no curso, pq dependem desse emprego para sustentar suas familias e como todos sabem que este comando é como o governo que temos eles sofrerão a lei da mordaça e vão ter que falar que tudo foi normal, abaixo o PT e junto com ele esta cupúla.

    ResponderExcluir
  4. É isso que acontece diariamente no CIEPS, TORTURA contra os alunos. ONDE ESTÃO OS DIREITOS HUMANOS? OU SERÁ QUE OS ALUNOS NÃO SÃO HUMANOS. E o cara-de pau do CMT GERAL ainda tem coragem de dizer que não sabia de nada.
    PERGUNTO: COMO É QUE ESSES ALUNOS IRÃO TRATAR A POPULAÇÃO, DEPOIS DE UM TREINAMENTO DESSES?

    ResponderExcluir
  5. Jogar bomba, seja de qualquer natureza, em direção aos alunos é uma irresponsabilidade, sem dizer que é uma molecagem por parte do instrutor.
    Já conhecemos essa turma da caveira, querem ser os caras, mas são uns merdas irresponsáveis.
    O pior que ainda querem tampar o sol compeneira e intimidando os alunos. Essa prática foi aceita até 1989, de lá prá cá o nível intelectual melhorou e com isso o esclarecimento. VCS não estão com analfabetos dos anos 70... burros!!!

    ResponderExcluir
  6. Estava previsto a instrução, até então é um fato normal, porém, no mínimo o instrutor foi irresponsável diante dessa "gracinha". Impressionante, é afirmar para a mídia que o Senhor Comandante Geral não sabia sobre os fatos. Ora bolas, você não sabe sobre o andamento da rotina da caserna, tenha paciência!
    Meu caro, instaura o procedimento, dê ciência ao público interno e externo. É sensatez!

    ResponderExcluir
  7. Companheiro não foi vacilo do Sb Tenente não, foi irresponsabilidade, ou melhor gaiatice, todos nos sabemos que ele gosta de humilhar as pessoas e que é a única hora que ele se sente homem é quando tem homens ao seu comando, nçao por ser bom policial, mas porq o militarismo obriga isso.

    FIM DO MILITARISMO JÁ...

    ResponderExcluir
  8. Comando que não sabe o que se passa à sua volta é descomando...

    ResponderExcluir
  9. POR QUE ESSE INSTRUTOR NÃO ENFIA O ARTEFATO NO C. SÓ PARA VER SE A CAVEIRA DELE AGUENTA? COITADA DA POPULAÇÃO. E ESSE COMANDANTE APRENDEU DIREITINHO COM O LULA "NÃO VIU NADA, NÃO SABE DE NADA!" PT NUNCA MAIS!!! ROCHA NELES. BANDO DE FDP!!!

    ResponderExcluir
  10. Merda é quem crítica sem saber realmente dos fatos!!! A polícia deve formar pessoas capacitadas a lidar com o mais próximo possível da realidade e não engomadinhos e teoricões. Aposto que os "críticos" numca foram a uma rebelião em presídio ou reintegração de posse e quem nem sabem o que é técnica de CDC. Ô "crítico" acidentes acontecem... e todo profissional é passível de erro, VC deve ser da última turma e nem sabe que um oficial perdeu os três dedos por causa de uma granada de efeito moral em uma rebelião aqui na URFOC. O que é passado nas instruções não chega nem perto do terror de uma rebelião de verdade. Experimenta ô "crítico" ir a uma rebelião, para o Sr. ver o que vão jogar contra tí. Pesquisa seu "crítico" pra ver quantos policiais se feriram ou morreram em distúrbios civis. A polícia não precisa de profissionais de ar-condicionado não! más de pessoas capacitadas ou que tenham pelo menos a noção da realidade.

    ResponderExcluir
  11. É Sr anônimo, mas a ultima turma de PMs que o sr tanto discrimina, é a que segura a PM nas costas desde 2002, tendo em vista que sargentos analfabetos nada fazem (nem um BO direito sequer), e quem toma conta intelectualmente da ocorrencia nem sempre é o mais feroz, e sim, o mais sábio, sabendo conversar e não produzir outra ocorrência diante da situaçao... somos policiais militares tão capacitados como qq outra turma, é só olhar quantos antigoes foram expulsos por falcatruas e corrupçao e analisar o percentual da turma de 2002. De fato, o sr é um fanfarrão!

    ResponderExcluir
  12. Meu velho anônimo, vamos pensar em profissionais formados segundo a sua visão. Imagine os médicos tendo que adoeçer pra saber como a doença ataca o organismo? E o legista, terá que morrer pra saber ser legista? Para de baitolagem cara, tu deve ser um engomadinho ou um estrela que gosta de dar rala em praça sem ralar junto.

    ResponderExcluir
  13. É O COMANDO ESTILO "LULA", NÃO SEI, NÃO VI E TENHO RAIVA DE QUEM SABE!

    ResponderExcluir

Evite palavrões. Dê seu apoio, faça a sua crítica, mas com respeito a todos.