quinta-feira, 8 de abril de 2010

Até a polícia quer segurança

Estado vai pagar R$ 5,7 milhões por vigilância de delegacias
É claro que a segurança pública é um calo em qualquer governo. Qualquer briga de bar e confusão de vizinhos que acabam em morte são atribuídas à falhas no setor. Mesmo assim, guardadas as devidas proporções, não há como esconder o clima de insegurança vivido no Estado.
Há exatos 22 dias, a Policia Civil não consegue desvendar o seqüestro seguido de morte do jovem Fabrício Costa, de 16 anos. A família do seqüestrado, que tem um tio Policial Civil, reclama de falta de investigação e até de inteligência do sistema de segurança pública. Até hoje não foram dadas respostas as declarações do policial. A Secretaria de Segurança anunciou um contrato milionário com uma empresa privada, para a vigilância das Delegacias. Ato que esquentou os debates na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac). A bancada de oposição fala em desmoralização do setor.
O principal argumento do líder do governo na Assembléia Legislativa, o deputado comunista Moisés Diniz, na defesa do contrato efetivado com a empresa Norsegel é a falta de policiais nas ruas.
- Lugar de policial é na rua investigando e protegendo a população, não fazendo proteção de prédios públicos e é isso que estamos garantindo – disse Diniz.
Para oposição, a medida é uma desmoralização da segurança pública do Estado. Na opinião do deputado Calixto (PSL) “qualquer valor pago para vigilância de delegacias é uma desmoralização ao sistema de segurança pública”.
- Quem vai para as ruas é o policiamento ostensivo e não os policiais civis. Essa tarefa é judiciária e empreende serviços muitas vezes dentro das delegacias. O Estado tenta desviar a atenção da opinião pública, com o argumento de que na Policia Federal também tem segurança particular – acrescentou o socialista.
Em resposta as declarações do deputado governista Walter Prado (PSB), que esclareceu ser o contrato de R$ 92 mil e de vigência de 60 meses, Calixto pediu a demissão do gerente dos atos oficiais do Governo que segundo ele, “está publicando gato por lebre”.
- Se todos nós estivermos errados, vamos pedir a demissão do gerente que está falsificando o teor dos contratos – voltou a comentar Calixto.
Um requerimento solicitando maiores explicações da Secretaria de Segurança Pública foi aprovado por unanimidade pelos deputados. Moisés Diniz assegurou que o governo não tem o que esconder.
Diferentemente daquilo que acontece nos grandes centros, não há registros de ações inusitadas de assalto ou ataques as delegacias do Estado do Acre.
Jairo Carioca – Da Redação de ac24horas

2 comentários:

  1. A que ponto chegou a Segurança Pública no Estado do Acre, Delegacias vigiadas por pessoas estranhas à instituíção. Quartel e Delegacia devem ser policiada pelos próprios policiais, são áreas restritas em que nem todos devem ter acesso. É bom lembrar que a PC não é composta só por investigadores, existem outras funções específicas de serviços internos.
    Governador é fácil resolver a defasagem de policiais, edital de concursos, temos muitos jovens desempregados.
    SUGESTÃO: Crie o cargo de Agente de Segurança Patrimonial do Estado, com as atribuições de vigiar as instalações dos órgão públicos, pagando 2 salários, que se tornará mais barato e contribuirá com a redução do índice de desemprego, e é uma boa campanha eleitoral. Tem que ser mais criativos!!!

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  2. Ai está a prova cabal da incomPeTência dos Estados no assunto Segurança Pública!
    E vai piorar: Segurança é um tipo de política apartidária, ou seja, é política de Sociedade ou de Estado que JAMAIS deve ser confundida com as cores deste ou daquele partido político!!!
    Sem estrela vermelha no helicóptero!
    Sem civis realizando trabalho de policiais ou agentes administrativos! Ofereçam uma carreira própria (neste ponto discordo do Ilustre Cap Mário!) para os agentes administrativos!
    Sem pagamento de salário mínimo para eles!
    Como os governantes vão fortalecer a polícia se um dia ela pode chegar ao ponto de prendê-los???

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