terça-feira, 4 de maio de 2010

4 de maio, faz um ano que os militares acreanos promoveram o maior movimento reivindicatório dos últimos 12 anos

Cansados de serem tratados com descaso pelo governo e pelos comandos das corporações, centenas de policiais militares, bombeiros militares e familiares promoveram uma das maiores manifestações da história do nosso estado, a maior já enfrentada pela administração petista. O movimento dos militares acreanos serviu para reacender a chama do movimento sindical, que estava apagada pelo medo das perseguições e pela cooptação de grande parte das lideranças, que hoje gozam de vários privilégios concedidos pelo governo, tais como cargos comissionados para dirigentes sindicais e seus familiares. Policiais e bombeiros mostraram que, mesmo com uma legislação penal militar arcaica e um regulamento disciplinar em grande parte inconstitucional, era possível romper as barreiras do medo e do silêncio. Que era possível levantar a voz contra o descaso e o desrespeito com que os servidores públicos, em especial os militares, estão sendo tratados no Acre.
Mais o movimento dos militares não passou impune. O governo usou todo o seu arsenal de maldades para tentar amordaçar os militares que ousavam lutar por melhores condições de trabalho e de salário.
Ameaças de 20 anos de prisão e expulsão das fileiras das corporações militares foram lançadas por representantes do Ministério Público Estadual.
Liminares judiciais supersônicas, bem ao estilo “The Flash”, foram expedidas para impedir novas manifestações.
Oficiais que apoiaram a luta dos seus irmãos de farda foram exonerados de seus cargos e viraram exemplos de dignidade para toda a tropa. Cel BM Henrique e Maj PM Espindola foram penalizados por ficarem do lado de seus comandados.
Inquéritos e sindicâncias foram instaurados para tentar incriminar os militares que organizaram o movimento.
Perseguições, humilhações, transferências, intimidações e até mesmo prisões foram usadas para acabar com a chama de liberdade que começava a brilhar no coração de cada homem e de cada mulher que integra a verdadeira família militar acreana. Criaram um mártir. Uma nova liderança começava a ser forjada no calor das lutas, das prisões e das perseguições. Seu nome, Wherles Fernandes da Rocha, ou simplesmente major Rocha.
O movimento dos militares causou grande repercussão em toda a sociedade acreana que, segundo uma pesquisa encomendada pelo próprio governo, apoiou a manifestação.

Veja agora uma retrospectiva das matérias que foram publicadas sobre a manifestação dos militares no dia 4 de maio.

Porque o governo humilha nossos soldados?
Porque estão torturando os nossos soldados?
A Polícia Militar é o exército estadual, uma tropa fiel e disciplinada, historicamente injustiçada e momentaneamente escolhida como alvo dos tiros e borrachadas dos que deveriam protegê-la. Porque estão torturando os nossos soldados? Porque democratas de esquerda agem assim?
Esta semana assistimos ao revés da história.
Os ex- manifestantes chamam a Justiça e o Ministério Público, usam a mídia e suas fitas gravadas para intimidarem os soldados do Acre. Uma vergonha!
E um paradoxo que poderia ser evitado puramente com o uso da humildade, tanto de um lado como de outro, é bem verdade.
O que ocorre, porém, é que os soldados estão sendo humilhados enquanto categoria e o conjunto dos trabalhadores empregados do Estado, enquanto classe social. Há outras greves anunciadas.
Eles chamam as autoridades estaduais à negociação e são esnobados, têm sua importância estratégica à governabilidade aviltada- pasmem!- pelos antigos manifestantes que se especializaram em fazer das greves e paralizações do trânsito da cidade uma arma nem favor dos seus direitos.
Leia o artigo na integra:
Antonio Klemer – Artigo publicado no site www.ac24horas.com

Não é crime, é direito!!!
A paralisação da Polícia Militar do Acre por melhores salários e condições de trabalho é legítima e legal, não constituindo crime algum o direito de reivindicação, mormente levado a cabo de forma pacífica, como tem decidido os tribunais militares.
O que é vergonhosa é a aparição ameaçadora e pressurosa de setores do Ministério Público dando a entender que uma simples manifestação dos policiais possar levá-los para cadeia por quase duas décadas.
Dizem, ainda, por aí, vindo do discurso binhesco, rastaquera, que o esquadrão da morte quer ressurgir por meio do movimento dos militares.
Onde tem governo tem que ter verdade, cumprimento das leis e da palavra, liberdade institucional, Judiciário independente, Ministério Público livre, imprensa combativa, Parlamento sem amarras.
Não cabe a setores do Parquet agirem como verdadeiros guarda-costas do governo do PT, isso fica para os procuradores do estado, que legitimam servilmente as vergonhosas aposentarias dos ex-governadores, em troca de benesses salariais abusivas. Isso fere a imagem da instituição e à partidariza ainda mais, levando-a ao descrédito e à exposição ridícula.
Qualquer processo criminal contra os militares, neste caso, será uma aventura política para agradar o Rei, uma temerária acusação, uma atitude lamentável por parte da honrosa, mas mal pautada, instituição Ministério Público.
Sanderson da Silva Moura
Advogado criminalista

Pérola apresentada pelo líder do governo na Assembléia Legislativa
Moisés Diniz foi à tribuna na sessão desta terça-feira, 5, baseado em dados que só ele conhece, relatou que temos o sétimo (7º) melhor salário do Brasil. Segundo levantamento realizado pela AME/AC os Militares acreanos estão na 17ª colocação. Será que o Deputado obteve essa informação da mesma pessoa que disse para o Governador que o salário inicial de um soldado era de R$ 2100,00 (dois mil e cem reais)? Na mesma sessão o líder do governo disse ainda que não entraria no debate miúdo da falta de armamento. Ora Deputado, falta de armamento para a Polícia Militar nunca foi debate miúdo.

GOVERNO DO ESTADO, ATRAVÉS DO COMANDO DA POLÍCIA MILITAR, BAIXA PORTARIA CAÇANDO OS DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS POLICIAIS MILITARES
Como forma de retaliar os Policiais Militares em razão da participação maciça no movimento do dia 4 de maio, o governo do Estado do Acre, através do comando da Polícia Militar, baixa portaria com o intúito de caçar os direitos assegurados pela Constituição Federal. O documento lembra o famigerado AI-5 que foi utilizado para reprimir e caçar os direitos de toda a população brasileira. A AME/AC irá buscar na justiça o reestabelecimento dos direitos dos Policiais Militares. Tal documento, mostra a verdadeira face de um governo que se intitula democrático.

Carioca afirma que governo irá punir Militares Estaduais
Quanto a manifestação dos Militares Estaduais, realizada no último dia 4 de maio, o assessor do Governador Arnóbio Marque, Francisco Nepomuceno “Carioca” afirma que poderá haver punições para os manifestantes, tendo o governador chamado de baderna, Carioca foi claro durante a entrevista. “A Polícia Militar tem um diferencial dos demais servidores do Estado.
Quando é a própria PM que faz um protesto armado, fecha uma rua importante do Centro e prejudica a população, cria uma situação complicada, pois é a PM que deveria oferecer segurança e ordenar o protesto. Quem tira a polícia armada da rua? E se, por causa do fechamento da rua, o Samu não puder buscar um paciente no Segundo Distrito e esse paciente morrer, a culpa será deste protesto. O regimento da polícia é bem claro e, se for comprovado que houve infrações, haverá também as punições previstas, pois a PM tem como norma hierarquia e disciplina”, comentou.
Veja a entrevista completa clicando no link abaixo:

COMANDANTE GERAL DA PMAC PRENDE MAJOR ROCHA E IMPOE TRATAMENTO DIFERENCIADO QUE É DISPENSADO SOMENTE A BANDIDOS DE ALTA PERICULSODADE
Além da prisão imposta ao Major PM Rocha, um dos líderes da AME/AC, por ter reivindicado melhores condições de trabalho e um salário mais digno para os policiais e bombeiros militares do Acre, o comandante geral da PM nesta sexta-feira dia 12, baixou a Portaria de nº 013/GC/2009 que dispensa ao Major o mesmo tratamento a criminosos de alta periculosidade.
Apesar de a Corporação dispor de alojamentos novos como os da Companhia e Transito e o do Batalhão localizado no Conjunto Universitário, o Coronel eivado de rancor e ódio determinou que o Major cumprisse a pena no alojamento do BOPE (antigo CFAP), onde as condições são precárias e iguais a presídio Francisco de Oliveira Conde.
Vale ressaltar que até a presente data não há nenhuma acusação criminal contra o ilibado Major Rocha, ou seja, tal prisão refere-se uma sansão disciplinar imposta por esse “comando”. No entanto quando o Major fora preso nesta sexta-feira, foi tratado como prisioneiro de guerra, ele mais parecia um soldado do regime talibã capturado pelo exercito americano chegando a prisão de Guantanamo. O oficial superior-de-dia já tinha até providenciado marmitex do presídio.
Em menos de duas horas o comando elaborou esta portaria, que se assemelha ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) onde apenas criminosos como Fernandinho Beira-Mar, Marcola e Membros do PCC são submetidos a esse tipo de tratamento.
Do acontecido ficamos perplexos. Não podemos permitir que uma posição de Secretario de Estado esteja sendo usada para satisfazer um sentimento de vingança. Sabemos que a maioria dos que conduzem o Estado já foram de certa forma, em tempos passados, hostilizados pela policia, mas nunca foram presos ou mesmo submetidos a tratamento desumano. Não podemos aceitar que a razão seja encoberta pelo sentimento de perseguição, de ódio e de rancor. O major é apenas “uma voz que clama no deserto”, comprometido e acima de tudo leal com a Corporação, virtude que nesses tempos estão escassas. Entendemos que usar os regulamentos da PMAC e código penal militar para silenciar a voz que denuncia o descaso com a Segurança constitui um erro gravíssimo. Nossos congênitos problemas jamais serão resolvidos com repressão individualizada. É preciso uma atitude nobre por parte das autoridades em colocar uma pedra no passado e reconhecer que merecemos a exemplos dos demais servidores, tratamento igual. Por fim, querem uma dica: substituam o RDPMAC por colete novo, mais viaturas nas ruas e um salário digno. Substituam o Código Penal Militar pela contratação de mais 1.000 novos policiais militares. A população agradece.

Militares promovem carreata para saudar major Rocha
O major da Polícia Militar, Wherles Rocha, detido desde a sexta-feira, 12, foi levado em carreata pelo Centro de Rio Branco, nesta manhã, após cumprir cinco dias de detenção no prédio da Companhia de Operações Especiais (COE). Rocha seguiu até a Assembleia Legislativa em movimento organizado pela Associação dos Militares do Estado do Acre. Ao descer do veículo, se emocionou.
O major foi preso sob acusação de liderar o movimento militar de 4 de maio por melhores condições de trabalho na Polícia Militar do Acre.
Rocha estava detido na sede da Companhia de Operações Especiais, (COE) onde fazia uma greve de fome. Ele chegou a ser avaliado em um hospital particular.
Postado no Site Gazeta.Net.

4 comentários:

  1. Parabéns pela matéria e pela lembrança. Não podemos esqueçer o que aconteceu naquele dia. Não podemos esqueçer quem estava contra nós. A resposta está próxima. Fora PT já!!!

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  2. Major Rocha e Ilderley Cordeiro. PT nunca mais.

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  3. PT VÁ PRA PT QUE PARIU.

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  4. pessoal vamos usar esse meio de comunicaçao com sabedoria vamos mostrar que temos conhecimento e isso que eles querem para dizer que nao samos capazes de realizar uma negociaçao,como e que queresmo aumento. (MILICIANA C/HUMILDADE

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