Procuradoria Geral do Estado (PGE) emitiu parecer favorável a pedido do Comando de promover PMs que tenham processo transitado em julgado. Elevações já devem acontecer na próxima semana

Segundo William, o ato tem o aval da Procuradoria-geral do Estado (PGE). Na próxima semana, as primeiras elevações já devem acontecer. ``A PGE perguntou: - porque não?-. E nós concordamos``, disse. Até então, quem respondesse a processo ficava impedido de galgar novas posições.
Apesar da confirmação de uma solenidade para os próximos dias, ele não soube precisa quantos homens serão beneficiados. Ponderou apenas que, quem tiver o perfil, solicite a promoção no gabinete do Comando Geral.
A concessão, porém, ainda não integra a reivindicação das associações da categoria que, desde o mês passado, pedem a criação de um plano permanente de promoções. Movimento esse que acompanhou de perto o ``festejo`` de ontem. E protestou.
Em frente ao Theatro, um grupo de 15 mulheres empunhava faixas indagando: ``Polícia Militar 175 anos: comemorar o quê?``. Elas criticavam o adiamento de encontros com o coronel para tratar justamente do assunto. Se diziam preocupadas. Pela lei eleitoral, um projeto desta natureza só pode ser aprovado na Assembleia Legislativa até 30 de junho.
Existe a expectativa de que uma reunião aconteça na próxima terça-feira, 25. ``Pode ser uma manobra do governador, porque ele sabe que vai ter impacto no orçamento``, especula a presidente da Associação das Mulheres de PMs, Nina Carvalho. Estima-se que esse reflexo no Tesouro Estadual chegue a R$ 1 milhão por mês. Até 4.200 militares seriam promovidos.
Contudo, o comandante-geral e o secretário da Segurança Pública, Roberto Monteiro, rechaçaram essa tese. Ambos garantiram que a PGE já tem o plano praticamente pronto. Asseguram ainda que o documento será aprovado pelos deputados estaduais antes mesmo do limite legal. ``O maior crime que se pode cometer é congelar ou demorar num processo de promoção``, ponderou Monteiro.
50 punições ou mais
O subcomandante da PM, coronel Hélio Severiano, por sua vez, rebateu as acusações de que o Quartel esteja retaliando policiais que participaram da ``greve branca`` de abril. Só entre 13 e 18 de maio, foram 75 transferidos. Ele admitiu, no entanto, que sindicâncias foram abertas para investigar possíveis excessos.
Pelo menos 50 homens estariam passíveis de punições. ``Mas esse número pode aumentar. Estamos verificando quem não trabalhou de propósito`` .
Bruno de Castro
No Acre, contrariando a Constituição brasileira, policiais e bombeiros militares processados não são promovidos

“Isso causa um grande prejuízo pra gente e para as nossas famílias, sem contar com no prejuízo para o serviço. Os policiais correm das ocorrências com medo de responder processos. A justiça, o ministério público e a imprensa preferem acreditar nos bandidos, até mesmo dentro da polícia é assim”, declara um sargento que trabalha nas ruas.
“Só quem está passando pela mesma coisa que eu estou é que sabe o que é ser discriminado, só porque um promotor achou que eu fiz algo que eu não fiz. Só quem sofreu na pela a injustiça, que dói mais quando vemos os nossos colegas serem promovidos e a gente ficar pra trás. Hoje trabalho só no expediente, dá pra ver que quem trabalha na assim não corre risco de não ser promovido. Qual o estímulo que temos para trabalhar nas ruas?”, indaga um aluno sargento.
Esse prejuizo é uma coisa que só acontece compoliciais e bombeiros militares. Em outras categorias como policiais civis, agentes penitenciários e servidores que continuam gozando de todos os seus direitos enquanto não são condenados definitivamente.
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