Caindo aos pedaços. Assim pode ser descrita as guaritas e a muralha das unidades penitenciárias Francisco de Oliveira Conde (FOC) e Antonio Amaro em Rio Branco. A denúncia foi realizada por policiais militares, na tarde desta quinta-feira, dia 28, ao Blog A 4de Maio.
Outro problema denunciado está relacionado ao pouco efetivo. Muitas das bases distribuídas ao longo do grande muro estão desativadas e favorecem as fugas de presos como a ocorrida na última segunda-feira, dia 25, quando dois detentos aproveitaram o descuido dos agentes penitenciárias e pularam a muralha no horário do banho de sol.
Estrutura física
De acordo com os militares, um relatório foi realizado em abril informando a administração e a secretaria de segurança sobre o problema, mas nada foi feito. O comandante da Companhia Penitenciária, major Cleudo, segundo os denunciantes, chegou a conversar por diversas vezes com seus superiores e não obteve qualquer melhoria que sanasse ou dirimisse o problema.
O deputado eleito major Rocha conversou com o diretor geral do Instituto de Administração Penitenciário (IAPEN), Leonardo Carvalho, na manhã desta quinta-feira, dia 28, e recebeu a informação de que os problemas não eram prioridades para sua administração.
“Esse é o retrato dos cuidados que o governo tem para com os militares. Eles sabem do problema formalmente desde abril deste ano e até agora nada fizeram. Os militares já convivem há muito tempo com esses problemas e não suportam mais tanto desprezo pelos poderes públicos”, disse o major Wherles Rocha.
Pela a intensa exposição ao sol, um dos sargentos que realizam a segurança na muralha está com câncer de pele.
“Aqui nós estamos sujeitos ao sol, a chuva e ao frio. Não nos oferecem boas condições de trabalho, mas nos acusam quando algum preso foge. É só olhar em volta de nosso posto e todos perceberão o descaso. Aqui nós estamos sujeitos a emboscadas e até a contrair doenças pelas péssimas condições de nossas instalações”, declarou um sargento que não quis se identificar por medo de perseguição.
Em todas as guaritas não existe uma porta que proteja os militares do mal tempo. Dentro espaço do presídio, um imenso matagal toma do “cenário selvagem” e oferece uma boa oportunidade de esconderijo para presos em fuga.
Falta de efetivo
Mesmo com a contratação de 592 PM’s neste ano, o que tudo indica é que foram poucos frente à realidade da segurança pública do Acre. Os policiais militares reclamam da falta de efetivo para desenvolver seus trabalhos na colônia penal. Hoje, várias guaritas encontram-se sem policiamento.
Com base na escala de serviço dos policiais da penal, constatamos vários postos desativados por falta de efetivo como se percebe nas imagens em anexo.
A realidade da penal é apenas mais uma daquilo que está ocorrendo em todas as unidades da capital. De acordo com um militar que não quis se identificar, nos últimos oito anos 598 policiais saíram das fileiras da PM, esse número computado em junho deste ano inclui policiais que morrem, se aposentaram e pediram para sair da instituição por terem passado em outro concurso público.
“Não pretendemos apenas denunciar na imprensa, vamos levar essa situação deplorável ao conhecimento do Ministério Público e recorreremos aos Direitos Humanos a fim de termos soluções concretas para nossa situação. Os militares ainda acreditam que esses órgãos podem ajudar em alguma coisa em favor deles”, finalizou major Rocha.
Trabalho no presídio já faz 7 anos lá nunca mudou, a escala sempre foi 25 por 47, pois devido os atrasos na rendição sempre perdemos horas semanais. Tem semanas que trabalhamos é 72h semanais dai eu pergunto cadê as horas extras? Com relação às guaritas não tem jeito mesmo. É só olhar as guaritas de todos os presídios em todos estado do país que são boas até mais altas do que a muralha e aqui é esse descaso. O Maj. Cleudo faz até o que não pode só para nos ajudar mais infelizmente ele estar sozinho. A direção e o governo só querem o bem do preso o pavilhão todo ano tem reformas milionárias já às guaritas...
ResponderExcluirConhecemos bem essa história do tratamento dado aos policiais militares que prestam serviços naquela unidade prisional. Em troca de uma mísera gratificação e sob vigilância de um RDPMAC RETRÓGADO, os policiais se sujeitam a condições de trabalhos desumanos.Falo porque conheço desde 1993 quando estivemos lá com TC PM Jordão, depois com Maj Azevedo e, ainda, com Maj Mendes e, por fim,já na reserva da PMAC, na era Drª LAURA. O desrespeito começa pelas instalações físicas do local de trabalho, guaritas desprotegidas e em más condições de uso; alojamentos abafados, banheiros quebrados, camas quebradas, colchões insuficientes e em mal estado de conservação. Nesses tempos assistir PM tentando repousar dividindo um colchão de solteiro para dois ou 2 para 3, e até alguns deitados no piso do alojamento. A alimentação sempre foi um problema, além da péssima qualidade, o PM comia comidas feitas por detentos; discriminação: PM comia uma comida, PC outra e Adm outra bem diferente. Armamento insuficiente e ultrapassado, falta de munição. E tinha mais quem reclamasse estaria ameaçado de sair e perder a gratificação, ou seja, os próprios Comandantes da Unidade de guarda penitenciária, com raríssima exceção, fomentam tudo isso. Sendo que aquele que se manifesta por melhores condições para o policial, já é substituído. PRECISÁVAMOS DE ALGUÉM PARA DENUNCIAR COM MAIS VEEMÊNCIA tudo isso. Agora se aguentem! Temos o Deputado ROCHA. PARABÉNS MAJOR
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